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Helen Pomposelli

Por Helen Pomposelli, jornalista, terapeuta integrativa sistêmica e criadora do Per Vivere Bene Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Bem-estar
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Conheça os segredos dos CEOs para melhorar sua saúde física e mental

Alimentação, meditação, Tênis e ioga: caminhos possíveis que auxiliam na transformação dos comportamentos dos líderes e na mudança organizacional

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Atualizado em 3 dez 2024, 11h05 - Publicado em 3 dez 2024, 11h03
Tenda da Lua com Helen Pomposelli (Divulgação/Divulgação)
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Cuidar da saúde vai além de evitar doenças. Envolve a adoção de uma alimentação equilibrada, a prática regular de atividades físicas, a manutenção de uma boa qualidade do sono e o cuidado com a saúde mental. Esses hábitos são essenciais para uma vida mais longa e com qualidade. Essas práticas estão sendo procuradas cada vez mais por pessoas que precisam estar mais presentes em empresas, se responsabilizando não só pela parte financeira mas também por famílias que precisam desses empregos. Para ajudar nessa busca, resolvi escutar algumas pessoas que mantêm na sua rotina práticas para alcançar o máximo de eficiência e equilíbrio no dia a dia. 

O que os CEOs fazem para se desconectar da rotina de trabalho? Diante de tantas responsabilidades, quais os segredos para melhorar a própria rotina equilibrando a saúde física e mental?

“A fluidez dos atuais modelos de trabalho e o entendimento de que somos seres integrais elevaram o bem-estar e a saúde mental a uma questão coletiva e sistêmica, de alta prioridade para a gestão”, define Vinicius Ciccarelli, cofundador do Transform Lab, consultoria de inovação consciente e design cultural e organizacional que cria experiências de aprendizagem transformadoras e projetos especiais para o desenvolvimento de pessoas e empresas, com uma rede de consultores experientes em áreas complementares.

”Há uma demanda por alta performance em um ambiente de pressão focado em resultados e a própria estrutura e modelo de gestão levam para a compressão. Mais do que ações que atuam na descompressão, é necessário agir onde está comprimido. Ou seja, não apenas oferecer programas de incentivo e benefícios à saúde e bem-estar, mas também contratar palestrantes para orientar sobre como manter sua saúde”. 

Cada US$ 1 investido no tratamento para depressão e ansiedade gera um retorno de US$ 4 por meio de melhorias na saúde e na capacidade de trabalho do paciente, de acordo com estudo conduzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Sabe-se também que 44% dos colaboradores acreditam que bem-estar é tão importante quanto o salário (fonte: WellHub 2022).

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O desenvolvimento de habilidades sócio-emocionais, assim como o fomento de ambientes de relações de confiança e segurança psicológica nas organizações, diminui o estresse, aumenta a produtividade e gera mais engajamento e satisfação pelo próprio trabalho. A liderança tem papel fundamental na realização e promoção destas ações.

É importante e essencial atualizar o sistema operacional da gestão, promovendo times com mais conexão, confiança e segurança psicológica. E, mais do que isso, remodelar as estruturas organizacionais (processos e regras), como por exemplo estruturar canais de atendimento para saúde mental, rever como as metas são definidas, como os colaboradores são avaliados e até mesmo as crenças do que é trabalho e saúde, entre outras. Ainda há muita incoerência na busca por equilibrar resultados com gestão. Muitos líderes reconhecem a importância da saúde, mas não conseguem de fato implantar na prática.

A boa notícia é que existem caminhos possíveis para que isto seja feito, com técnicas e metodologias que auxiliam na transformação dos comportamentos dos líderes e consequentemente na mudança organizacional.

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“Em 2018, eu entrei num burnout, esgotamento mental total, e procurei terapia quântica e autoconhecimento para começar a entender os prazeres da vida fora do trabalho, que já é um prazer, mas não absoluto. E foi no esporte que eu me encontrei, melhor dizendo, jogando tênis.” ( Renato Antunes ) (Divulgação/Divulgação)

Renato Antunes, fundador e CEO da Braé Hair Care, nasceu em Sorocaba e é engenheiro de formação. Ele nos conta um pouco sobre seu processo de transformação: “ Em 2018, eu entrei num burnout, esgotamento mental total, e procurei terapia quântica e autoconhecimento para começar a entender os prazeres da vida fora do trabalho – que já é um prazer, mas não absoluto. E foi no esporte que eu me encontrei, melhor dizendo, jogando tênis.”. Renato gosta do jogo porque além de criar um hábito, trabalha o foco e, ao mesmo tempo, o corpo. 

“ O dinheiro tem que garantir bem-estar”

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Uma das dicas que Renato dá é encontrar com pessoas de qualidade que tenham os mesmos trabalhos e objetivos e que possam trocar com você. “ Posso deixar aqui como sugestão, além de praticar exercícios físicos, evitar o perfeccionismo, porque ser amante dos detalhes gera muito estresse. Também ter reuniões mensais com seus times, separar o pessoal do trabalho e, por fim, não acumular funções”.

Edmar Mothé, CEO da Bio Mundo, também é um exemplo de dedicação à saúde. Adepto do esporte, pratica futebol desde jovem e não consegue viver sem atividade física. “O futebol sempre fez parte da minha vida. Não consigo imaginar um dia sem me exercitar. A prática regular de esportes me trouxe disposição e melhorou minha saúde e imunidade”, conta Mothé. Ele também ressalta a importância da alimentação saudável: “Adotar uma dieta equilibrada fez uma enorme diferença na minha vida e na vida da minha família. Sentimos uma melhora significativa na disposição ao longo dos anos, e fiz disso o meu negócio mais lucrativo”. A nutricionista Fernanda Larralde, da Bio Mundo, destaca a relevância de uma alimentação balanceada como pilar fundamental para uma vida saudável. “Uma dieta rica em nutrientes é crucial para o bom funcionamento do organismo. Alimentos naturais e minimamente processados fornecem vitaminas e minerais essenciais que ajudam a prevenir doenças e a manter a energia e disposição ao longo do dia”, afirma Larralde.

Ela ainda reforça a importância de escolher alimentos frescos e variados, priorizando frutas, verduras, legumes, proteínas magras e grãos integrais. “A alimentação saudável não precisa ser complicada. Pequenas mudanças, como reduzir o consumo de açúcar e sal, evitar alimentos ultraprocessados e incluir mais vegetais nas refeições, já fazem uma grande diferença na saúde a longo prazo”, recomenda a nutricionista.

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Além da alimentação, a prática de atividades físicas é fundamental. Segundo Fernanda, exercícios regulares ajudam a controlar o peso, melhorar a circulação sanguínea, fortalecer o sistema imunológico e promover a sensação de bem-estar. “Encontrar uma atividade física que você goste e praticá-la regularmente é uma das melhores formas de cuidar da saúde. Pode ser uma caminhada, andar de bicicleta, nadar ou até dançar. O importante é se movimentar”, sugere.

Tentar meditar, na maioria das vezes, não é uma tarefa fácil. As distrações e especialmente a ansiedade que assombra a geração atual – e as mais antigas também – tornam o simples ato de meditar um desafio. Justamente por isso, a meditação ou mindfulness pode ser considerada um exercício físico, assim como a corrida ou a musculação. Daniel Sandy, educador físico especializado em Atividade Física Ocupacional, mestre em Ciência da Motricidade Humana, membro da Sedentary Behavior Research Network (SBRN) e do Prêmio Nacional de Qualidade de Vida da ABQV, é fundador da Pausa Ativa Ocupacional, única startup especializada em gestão de tempo sentado. Para ele, a meditação gera estresse fisiológico e exige rotina, repetição, resiliência e persistência para se tornar uma prática saudável e promotora de bem-estar. “Caso contrário, é apenas mais uma atividade na qual se investe sem, de fato, praticar”, conclui.

No panorama atual, em que a saúde mental nunca foi tão discutida, há uma valorização das práticas como ioga e outras atividades holísticas em que, como a principal solução para o manejo do estresse, está a estagnação física. Essas práticas ajudam, sim, e muito. No entanto, é importante destacar que, para alguém sedentário, que passa boa parte do tempo sentado e em contato com telas, inserir a prática de meditação convencional na rotina, daquelas em que o praticante fica sem se mover, é um desafio muito maior.

É preciso pensar fora da caixa e desenvolver estratégias que realmente façam a diferença, ao invés de continuar investindo em soluções que acabam esquecidas na prateleira. Para reverter o mal-estar geral, a proposta é buscar práticas que, de fato, ajudem a dominar a mente, promovam equilíbrio e estejam fundamentadas na ciência. 

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