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Helen Pomposelli

Por Helen Pomposelli, jornalista, terapeuta integrativa sistêmica e criadora do Per Vivere Bene Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Bem-estar

Bem-Estar: Como lidar com a morte de um PET

Conheça formas que podem ajudar nesse momento tão delicado, livro especializado e cuidados paliativos

Por helen_pomposelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
8 out 2025, 11h22
Hoje, um animal de estimação faz parte da família, está presente na rotina da pessoa e em muitos casos no trabalho. Essa convivência cria um vínculo entre o homem e o pet. (Divulgação/Divulgação)
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A MORTE sempre foi um bom motivo para buscarmos um novo olhar para a vida. No dia 15 de outubro, costumo dizer que comemoro mais do que viver, e sim uma oportunidade para realizar meus propósitos de vida. Eu sofri um “acidente” intestinal há 9 anos atrás e saí dessa bem mais fortalecida. Nesse meio tempo, o tema “morte” me chama atenção e numa dessas andanças de autoconhecimento, descobri o livro “ A morte é um dia que vale a pena viver” de Ana Claudia Quintana Arantes, onde me apaixonei pela maneira da escritora apresentar cuidados paliativos numa perspectiva mais positiva e trabalhando a morte como uma oportunidade de aceitar a essência para que o fim seja apenas o término natural de uma caminhada.

E quando o assunto é a morte do seu pet?

E aí, cai no meu colo, mais uma curiosidade a qual me aprofundei, o livro “Luto – no contexto da medicina veterinária” sobre luto pet que propõe rede de apoio entre tutores e profissionais da veterinária organizado pelas psicólogas Juliana Sato e Louisanne Sanchez. Uma obra bilíngue que reúne especialistas e dá voz às experiências emocionais e clínicas sobre a perda de animais e a saúde mental do médico veterinário.

O livro “Luto - no contexto da medicina veterinária” sobre luto pet que propõe rede de apoio entre tutores e profissionais da veterinária organizado pelas psicólogas Juliana Sato e Louisanne Sanchez.
O livro “Luto – no contexto da medicina veterinária” sobre luto pet que propõe rede de apoio entre tutores e profissionais da veterinária organizado pelas psicólogas Juliana Sato e Louisanne Sanchez. (Divulgação/Divulgação)

Com 21 capítulos assinados por especialistas de diversas áreas, o livro apresenta fundamentos do luto pet, reflexões sobre a comunicação entre médicos veterinários e tutores em momentos delicados, práticas paliativas, além de relatos sobre o impacto emocional vivido por cuidadores, equipes de resgate e profissionais da saúde animal. A obra também discute como diferentes públicos – homens, mulheres, crianças – enfrentam a perda, e quando o luto pode se tornar complicado.

Juliana Sato afirma: “Este é um livro inédito que une psicologia e medicina veterinária para falar do luto em toda a sua complexidade. Ele aborda tanto a dor dos tutores quanto os desafios emocionais dos profissionais, ampliando o debate sobre saúde mental no universo pet vet.”

“O que me levou a escrever e dar dicas sobre esse assunto foi a experiência de viver o luto antecipatório com a minha cachorra Melissa. Quando ela precisou passar por uma cirurgia de hérnia, senti o medo real de que pudesse perder qualidade de vida. Essa vivência despertou em mim o desejo de compreender melhor esse processo e me levou a buscar uma certificação internacional em luto pet. A partir daí, aprofundei meus estudos sobre o luto em diferentes contextos e percebi como ainda há pouca literatura voltada especificamente ao universo pet. Isso reforçou a importância de trazer o tema para a prática clínica, para a comunicação e também para o dia a dia de tutores e profissionais do setor PetVet”, explica Juliana Sato, uma das organizadoras do livro.

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Hoje, um animal de estimação faz parte da família, está presente na rotina da pessoa e em muitos casos no trabalho. Essa convivência cria um vínculo entre o homem e o pet. Por isso, quando um animal que amamos parte fica a dor e sofrimento, que precisam ser legitimados.

Para quem está lidando com a morte de um pet ou quer compreender melhor esse processo, a psicóloga e organizadora do livro, Juliana Sato oferece 5 atitudes que podem ajudar nesse momento tão delicado:

  1. Reconheça o que sente

Tristeza, saudade, confusão, uma sensação de vazio, tudo isso é natural. Não se apresse para esconder ou justificar o que está sentindo. Esse luto fala sobre o vínculo que existia. E sentimentos que vêm desse lugar merecem ser vividos com cuidado.

  1. Dê tempo ao seu processo
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Cada pessoa vive o luto de um jeito, e tudo bem. Há dias em que a saudade pesa mais, outros em que ela se acomoda em silêncio. Permita-se atravessar esse tempo no seu ritmo, sem pressa, sem culpa, com respeito ao que sente.

  1. Fale com quem escuta de verdade

Falar ajuda a organizar a dor. Pode ser uma lembrança, uma foto, uma história que te marcou. Compartilhar com alguém que escuta sem julgamento pode trazer alívio.Você não precisa carregar tudo sozinho.

  1. Crie um ritual de despedida

Rituais ajudam a simbolizar o que palavras não alcançam. Escrever uma carta, montar um cantinho com fotos, acender uma vela ou fazer algo em homenagem ao pet pode ajudar a transformar a dor em presença simbólica.

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  1. Cuide de você com gentileza

Mesmo no luto, o cuidado consigo importa. Tente manter pequenas rotinas: se alimentar, dormir, respirar com calma. O autocuidado não é sinal de esquecimento, é parte do caminho da reconstrução.

Do ponto de vista psicológico da autora, os pets oferecem companhia, rotina e presença afetiva — fatores fundamentais para a saúde mental, especialmente em períodos de instabilidade. Por isso, mais do que um modismo, o crescimento da convivência com animais domésticos reflete uma mudança cultural profunda, que conecta cuidado humano, saúde mental e novos modelos de família.

 “O futuro das relações entre pets e tutores será marcado por novas formas de conexão. Se antes o foco estava em considerar o animal como parte da família, agora cresce o desejo de compreender melhor o que eles sentem e se comunicar de forma mais clara. A ciência do comportamento e a neurociência já revelam avanços sobre emoções e cognição animal, e a tecnologia acompanha esse movimento com dispositivos de monitoramento, coleiras inteligentes e aplicativos que prometem traduzir sinais ou vocalizações”.

Outro caminho é a sustentabilidade. O tutor do futuro será chamado a equilibrar afeto com responsabilidade socioambiental, buscando alternativas como alimentação com proteínas sustentáveis, redução do impacto ambiental e consumo mais consciente. Ao mesmo tempo, aumenta a consciência de que essa relação envolve amor, mas também preparação para lidar com envelhecimento, doenças e perdas — sem reduzir o vínculo apenas à idealização.

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Em resumo, vejo o futuro como um vínculo mais interativo, informado e responsável. Será uma relação em que humanos e animais se conectam não só pelo afeto, mas também por meio da ciência, da tecnologia e de uma escuta mais sensível às formas próprias de comunicação dos pets.

CUIDADOS PALIATIVOS HOLÍSTICOS PARA OS PETS

Mari Tortella, terapeuta holística especializada em Radiestesia e Radiônica, incentiva o uso de radiestesia nos pets e explica que  na Europa, a radiestesia é tão comum como qualquer outra terapia. Existem clínicas específicas sobre a técnica, casas para a compra dos acessórios e até cursos para profissionais especializados. “Aqui no Brasil, ainda estamos engatinhando na propagação da técnica, mas já é possível encontrar uma gama de profissionais qualificados. De toda forma, para quem deseja se aventurar a aplicar a técnica, começar pelo próprio animal de estimação pode ser uma boa pedida”, explica Tortella.

luto pet cao
A taça tibetana é uma poderosa ferramenta de bem-estar. Já tive clientes que usam para os cães ficarem mais calmos. Eles recebem as vibrações e ficam em relaxamento profundo (Divulgação/Divulgação)

Já a terapeuta Olena Khanchych, que trabalha com Sound Healing, traz a vibração das taças tibetanas para uma experiência com os pets que se conectam com o som e sentem as frequências de cura. “ A taça tibetana é uma poderosa ferramenta de bem-estar. Já tive clientes que usam para os cães ficarem mais calmos. Eles recebem as vibrações e ficam em relaxamento profundo”.

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Para quem quiser o livro “Luto no Contexto da Medicina Veterinária” já pode ser adquirido no site da Lucto Editora  por R$169,90.

Fica a dica!

Beijos,

Helen

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