Gilberto Ururahy Por Gilberto Ururahy, médico Especialista em medicina preventiva
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Prevenção de câncer colorretal e doença diverticular

Especialista reafirma a importância dos exames de rotina na prevenção do câncer

Por Gilberto Ururahy
Atualizado em 26 jul 2021, 16h24 - Publicado em 26 jul 2021, 15h09
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  • A MedRio Check Up está comemorando 30 anos de funcionamento. Para marcar efeméride tão importante, criamos uma agenda de “Encontros Científicos com a Prevenção”, que acontecem uma vez por mês, abordando diferentes especialidades médicas. Neste mês de julho, o convidado para o nosso encontro foi com o cirurgião-geral José de Ribamar Saboia de Azevedo.

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    Boa leitura! – Gilberto Ururahy

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    Prevenção de Câncer Colorretal e Doença Diverticular

    Um estilo de vida saudável é fundamental na prevenção do câncer colorretal. A afirmação é do cirurgião-geral José Ribamar Saboia de Azevedo, Mestre e Doutor pela UFRJ, Membro Emérito do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Fellow do International College do Surgeons.

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    Conversamos com José Ribamar sobre este e outros assuntos:

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    Qual os principais sintomas do câncer colorretal?

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    Entre os principais sintomas estão dor abdominal e alteração dos hábitos intestinais.

    Em que países e qual o sexo onde a incidência do câncer colorretal é maior? 

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    A incidência e a mortalidade variam ao redor do mundo, mas há mais casos em países da América do Norte, da Europa, Nova Zelândia e na Austrália. Apenas nos Estados Unidos há quase 150 mil novos casos por ano. Tanto a incidência quanto a mortalidade são maiores nos homens do que nas mulheres.

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    Quais são os principais fatores de risco de câncer colorretal?  

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    O histórico familiar, a obesidade, o consumo de álcool e síndrome metabólica. Outros fatores que devem ser considerados são hipertensão, colite ulcerativa, doença crônica renal, sedentarismo e alimentação.

    Quando o paciente deve começar a fazer o monitoramento?

    Hoje o recomendado é que se inicie o rastreamento antes dos 45 anos, o paciente tiver um dos fatores de risco associado. Antigamente a idade para rastreamento era 65 anos e essa idade foi caindo. Nos Estados Unidos, 61% dos pacientes tem uma sobrevida de até 5 anos, independente do estágio da doença. Essa condição melhora se a doença for descoberta ainda no início.

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    E quais são os fatores que acentuam a necessidade precoce de rastreamento?

    Entre os mais significativos estão síndromes genéticas, câncer de mama, doenças inflamatórias intestinais, o consumo de bebida alcoólica e o fumo (associado tanto ao aumento da incidência e da mortalidade, como ao aparecimento de pólipos). Outros fatores são doença coronariana e câncer endometrial.

    O que é possível fazer para se prevenir o câncer colorretal?

    É fundamental ter uma vida saudável, com uma dieta rica em fibras e frutas e se evitar o sedentarismo, com a prática rotineira de exercícios físicos. A prática regular de exames preventivos também é fundamental. Cerca de 90% dos tumores malignos tem grande chance de cura com o diagnóstico precoce da lesão.

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    E a diverticulite?

    A diverticulite é a inflamação dos divertículos, uma protusão na parede do cólon. Ela pode ser aguda ou crônica, embora em muitos casos a doença possa ser assintomática. Quando o divertículo inflama, fica sintomático e dá-se a diverticulite.

    Qual a incidência da doença?

    Cerca de 60% das pessoas com diverticulite tem mais de 60 anos. A incidência cresce significativamente quanto mais idade o paciente tem. Mas a doença caminha também para faixas etárias menores, entre 18 e 44 anos: cerca de 20% dos pacientes. No entanto, 82% dos casos nesta faixa etária exigem internação.

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    Quais são os fatores de risco da diverticulite?

    Obesidade, o cigarro, a cafeína e o álcool (embora não comprovados), os antiinflamatórios, esteróides e os pacientes imunossuprimidos, como os portadores de HIV e em tratamento de câncer.

    O senhor encerrou sua apresentação falando sobre a importância da espiritualidade e da religiosidade para a saúde. Poderia explicar melhor?

    Existe uma relação entre espiritualidade e religiosidade. Uma pessoa que tem espiritualidade lida melhor com o próximo e consigo mesmo, com as suas adversidades. Quando fica doente, atende melhor ao tratamento. A ciência já demonstrou que pacientes com espiritualidade ligada à religiosidade respondem de forma mais eficiente à progressão e gravidade da doença.

     

     

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