Fábio Barbirato Psiquiatra infantil
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Dia dos Pais: o que a pandemia fez pela relação entre pais e filhos?

Pais tiveram 18 meses para estreitar os laços com os filhos (ou se afastar deles)

Por Fabio Barbirato
Atualizado em 6 ago 2021, 14h34 - Publicado em 6 ago 2021, 13h59
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  • Que a pandemia foi um strike em potencial na saúde física e mental, pouca gente questiona. Atravessar os últimos meses não foi tarefa fácil. Todavia, as oportunidades implícitas na pandemia também foram se revelando aos poucos. A eterna falta de tempo para conviver com os filhos caiu por terra. Houve tempo de sobra. Vale ressaltar que por convívio mais próximo não se deve entender, necessariamente, mais pacífico. Os últimos meses foram severamente intensos e, por vezes, os ânimos podem ter aflorado.

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    Porém, se o convívio familiar no confinamento foi árduo – acumulado com home office e crianças sem aula por longos meses -, por outro lado possibilitou uma rara oportunidade de estreitamento de laços. Segundo pesquisa da Escola de Graduação de Educação da Harvard, pais demonstraram que suas relações com seus filhos estavam “mais próximas” e “muito mais próximas” durante a pandemia.

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    Não são poucas as crianças e adolescentes que chegam aos consultórios relatando um convívio mais próximo com os pais. Foram muitas as ações compartilhadas neste período: das pequenas tarefas do lar, como cozinhar ou participar das aulas online das crianças, até a prática de esportes e atividades de lazer.

    Ouvimos relatos de pais e filhos que montaram quebra-cabeças, outros que ensinaram aos filhos jogos que pertencem à sua memória afetiva e que julgavam esquecidos. Quem pôde, viajou para a serra ou para a praia. Viajar é sempre uma grande oportunidade para se criar um repertório de lembranças familiar.

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    Alguns pais relatam que o maior tempo em casa possibilitou testemunhar o desenvolvimento dos filhos, momentos que seriam impossíveis em tempos da vida “normal”, pré-pandemia: as primeiras palavras balbuciadas por um bebê, os primeiros traços escritos no papel e o aprendizado da leitura, ambos os casos na alfabetização.

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    Estamos passando por um dos momentos mais adversos e traumáticos da nossa história. Seguramente, as crianças terão memórias muito vivas deste período. Pense bem que tipo de lembrança você gostaria que seu filho tivesse de você e desta época daqui a alguns anos.

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    No mais, Feliz Dia dos Pais neste domingo!

    Fabio Barbirato é psiquiatra pela ABP/CFM e responsável pelo Setor de Psiquiatria Infantil do Serviço de Psiquiatria da Santa Casa do Rio. Como professor, dá aulas na pós-graduação em Medicina e Psicologia da PUC-Rio. É autor dos livros “A mente do seu filho” e “O menino que nunca sorriu & outras histórias”. Foi um dos apresentadores do quadro “Eu amo quem sou”, sobre bullying, no “Fantástico” (TV Globo).

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