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Por Fabiano M. Serfaty, clínico-geral e endocrinologista, MD, MSc e PhD.
Saúde, Prevenção, Tratamento, Qualidade de vida, Bem-estar, Tecnologia, Inovação médica e inteligência artificial com base em evidências científicas.
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Quais as verdades sobre o surto de caxumba no Rio De Janeiro?

Dr. Daniel Soranz, Secretário municipal de saúde, explica tudo que você precisa saber sobre o assunto: – Quantos casos de caxumba ocorreram na cidade do Rio de Janeiro em 2015? – 554 casos desde o início do ano distribuídos em 30 surtos em estabelecimentos fechados (escolas, creches, clubes, empresas, etc). – A Caxumba é grave? […]

Por fernanda
Atualizado em 25 fev 2017, 17h58 - Publicado em 23 jul 2015, 21h52

Dr. Daniel Soranz, Secretário municipal de saúde, explica tudo que você precisa saber sobre o assunto:

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– Quantos casos de caxumba ocorreram na cidade do Rio de Janeiro em 2015?

– 554 casos desde o início do ano distribuídos em 30 surtos em estabelecimentos fechados (escolas, creches, clubes, empresas, etc).

– A Caxumba é grave?

– A caxumba é uma doença infecciosa, de evolução benigna, que na maior parte das vezes se manifesta na infância, nos períodos de inverno e início de primavera. É transmitida de pessoa a pessoa, pelo contato com as secreções respiratórias (gotículas de saliva ou secreções nasais devido a espirros e tosses). Por isso é importante manter os calendários de vacinação das crianças sempre em dia e orientá-las aos cuidados adequados de higiene, como lavar sempre as mãos e não compartilhar copos, talheres, etc.

Trata-se de uma doença endêmica no país. No município do Rio de Janeiro, assim como em diversos outros municípios brasileiros e em outros países, há registro de surtos em estabelecimentos fechados, como em escolas e clubes.  A caxumba não é doença de notificação compulsória individual. Os casos só são notificados quando se configurar um aglomerado – ou seja, dois ou mais casos – para que sejam imediatamente adotadas as medidas de controle.

– Quem deve se preocupar? 

– A eficácia da vacina da caxumba é de 97%, desde que a situação vacinal esteja completa. Portanto, é importante manter os calendários de vacinação das crianças sempre em dia e orientá-las aos cuidados adequados de higiene, fundamentais para a prevenção, não só da caxumba, mas de diversas outras doenças.

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Em caso de dúvida se a criança deixou de tomar alguma das vacinas, o responsável deve buscar orientação em uma unidade de Atenção Primária (clínicas da família ou centros municipais de saúde), levando a caderneta de vacinação. Se necessário, a situação vacinal da criança será regularizada com as doses que não tiverem sido aplicadas na época indicada.

– Qual vacina tomar? Quantas doses?

– A vacina contra a caxumba compõe as vacinas Tríplice Viral e Tetra Viral e faz parte do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. É aplicada nas crianças em duas doses: aos 12 meses de vida (Tríplice Viral) e aos 15 meses (Tetra Viral). São necessárias as duas doses para a imunização completa.

– Quem já tomou precisa tomar novamente?

– A vacina é aplicada em duas doses (na Tríplice e na Tetra Viral) e deixa o indivíduo protegido por toda a vida. Não existe comprovação científica que aponte necessidade ou eficácia de dose de reforço, além das duas que compõem o esquema vacinal recomendado pelo Programa Nacional de Imunizaçõe.

A rede pública oferece esse tipo de vacina?

– Sim, a Tríplice Viral e a Tetra Viral fazem parte do esquema vacinal do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, e estão disponíveis, no município do Rio, em todas as unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde). Para saber qual a unidade mais próxima de sua residência, basta consultar pelo link: https://www.rio.rj.gov.br/web/sms/onde-ser-atendido

– Qualquer um pode chegar ir ao posto e tomar?

– Todas as crianças de 12 e de 15 meses recebem as vacinas Tríplice Viral e Tetra Viral, respectivamente.

Para indivíduos de outras faixas etárias que tenham dúvida se tomaram as duas doses necessárias da vacina, recomenda-se que procurem uma unidade de Atenção Primária, com a caderneta de vacinação, para verificação da situação vacinal. Caso constatado que falte alguma das doses ou a situação vacinal seja desconhecida, a vacina indicada será aplicada, conforme esquema recomendado para cada faixa etária: para quem NUNCA foi vacinado ou sem nenhuma informação sobre a situação vacinal, até 19 anos recomenda-se duas doses com 30 dias de intervalo; acima de 20 anos, recomenda-se dose única.

Para quem for viajar, principalmente para o Exterior, e tiver dúvidas sobre sua situação vacinal, recomenda-se que procure uma unidade de saúde para tomar as vacinas necessárias, pois na viagem poderá entrar em contato com os vírus eventualmente circulantes naquele país.

 

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Daniel Soranz

Secretário Municipal de Saúde da Cidade do Rio de Janeiro

Medico de Família e Comunidade

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Professor/Pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz.

Mestre em Políticas Públicas pela Escola Nacional de Saúde Pública.

 

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