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Por Fabiano M. Serfaty, clínico-geral e endocrinologista, MD, MSc e PhD.
Saúde, Prevenção, Tratamento, Qualidade de vida, Bem-estar, Tecnologia, Inovação médica e inteligência artificial com base em evidências científicas.
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Dengue, Febre Chikungunya e Zika vírus, como pode ser feito o diagnóstico através de exames laboratoriais.

Tanto a Dengue, a Febre Chikungunya, como o Zika vírus, são doenças que têm em comum muitas características, a começar pelo vetor transmissor, que é o mosquito Aedes aegypt. Além disso, as três doenças podem apresentar sintomas bem parecidos; o que dificulta o diagnóstico clínico. Em relação ao diagnóstico através de exames laboratoriais, não é […]

Por fernanda
Atualizado em 25 fev 2017, 17h43 - Publicado em 16 dez 2015, 18h27

medico

Tanto a Dengue, a Febre Chikungunya, como o Zika vírus, são doenças que têm em comum muitas características, a começar pelo vetor transmissor, que é o mosquito Aedes aegypt. Além disso, as três doenças podem apresentar sintomas bem parecidos; o que dificulta o diagnóstico clínico. Em relação ao diagnóstico através de exames laboratoriais, não é muito diferente. O vírus da Dengue e da Zika pertencem à mesma família, ambos são Flavivirus; este fato faz com que os exames laboratoriais também sejam dificultados, pois acaba ocorrendo reações cruzadas entre os exames. Abaixo, descrevemos os exames atualmente disponíveis para o diagnóstico das três doenças.

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Existem praticamente 3 tipos de exames:

1)     Antígeno NS1 para Dengue: Trata-se de uma proteína que é produzida durante o metabolismo do vírus da Dengue, e, portanto, reflete a atividade viral. Ou seja, se estiver positiva, significa que existe vírus ativo no sangue e isso serve como evidência para o diagnóstico da doença. O Antígeno NS1 pode ser detectado a partir do 1º. Dia após o início dos sintomas até aproximadamente o 10º. dia.

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2)     Os anticorpos dos tipos IgG e IgM correspondem à resposta de defesa do nosso organismo à invasão dos vírus. Os anticorpos se aderem aos vírus na tentativa de neutraliza-los e, portanto, quando presentes no sangue, são evidências de infecção pelo vírus específico para o tipo de anticorpos. Os anticorpos do tipo IgM aparecem logo no início da doença, entre o 4º. e o 7º. dia, permanecendo detectáveis no sangue em torno de 15 a 30 dias. Já os anticorpos do tipo IgG aparecem um pouco mais tarde no sangue e podem permanecer detectáveis por um tempo muito maior, que varia de meses até muitos anos, dependendo do tipo de doença. A limitação da pesquisa de anticorpos é que, dependendo da semelhança entre os vírus, podem apresentar reações cruzadas; ou seja, podem estar positivos para mais de um tipo de doença, apesar de somente uma estar acontecendo.

3)     RNA PCR: O RNA é o material genético dos vírus. Este tipo de teste captura um fragmento do RNA do vírus e amplifica para que possa ser detectado com maior facilidade. A sequência genética dos vírus é única e por este motivo não apresenta reatividade cruzada, sendo o teste mais específico e eficaz para o diagnóstico destas três viroses. O problema é que este fragmento genético dos vírus não permanece detectável no sangue por muito tempo, mas apenas no início da doença, até o 5º. dia após o início da sintomatologia, o que deixa o teste limitado ao período para a colheita da amostra. Recentemente, foram desenvolvidas técnicas para a pesquisa do vírus na urina, em especial para o Zika vírus. Os estudos mostraram que na urina o material genético do Zika vírus pode permanecer detectável por um período mais prolongado, até o 10º. dia.

Uma importante mensagem diz respeito às indicações específicas para a realização de cada teste. Qualquer teste diagnóstico só terá valor se trouxer algum benefício para o paciente. Neste sentindo, os testes devem ser solicitados e interpretados pelo médico que examinou o paciente, pois ele será a pessoa mais indicada para a correta interpretação do resultado.

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Helio Magarinos Torres Filho

Médico Patologista Clínico

Diretor Médico do Laboratório RICHET

 

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