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Fabiano Serfaty

Por Fabiano M. Serfaty, clínico-geral e endocrinologista, MD, MSc e PhD. Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Saúde, Prevenção, Tratamento, Qualidade de vida, Bem-estar, Tecnologia, Inovação médica e inteligência artificial com base em evidências científicas.
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Como a medicina de precisão está mudando o tratamento do câncer ?

Combate agora pode ser feito com base nas características moleculares específicas de um tumor ou de seu micro ambiente

Por Fabiano Serfaty Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 7 fev 2023, 19h18 - Publicado em 6 fev 2023, 15h01
Imagens de exames clínicos, raio-x e do setor de saúde sob influência do 5G
A chegada do 5G no Brasil promete transformar o setor de saúde.  (Shutterstock/Reprodução)
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Na última década, o tratamento de pacientes com câncer evoluiu do que era feito com base no tipo de tumor para o que se baseia nas características moleculares dele ou de seu micro ambiente. Esta abordagem é definida como medicina de precisão e está mudando positivamente o tratamento do câncer e a perspectiva de muitos pacientes.

A avaliação da eficácia dos medicamentos  é uma parte fundamental no tratamento bem sucedido do câncer. Cada vez mais modelos in vitro e in vivo têm sido usados para avaliar os efeitos das drogas, e o organoide derivado do paciente (PDO – do inglês “ patient derived organoid”) é, sem dúvida, o modelo mais promissor e que já pode ser utilizado na prática clínica pela primeira vez na América Latina. Por isso, convidei Dra. Danielle Ferreira, biomédica com mestrado e doutorado em neurociências pela Universidade Federal Fluminense (UFF), além de pós-doutorado realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ). Ela é responsável técnica pela Invitrocue Brasil, que pela primeira vez na América Latina traz para prática clínica a utilização dos organoides derivados de pacientes (PDO – “ patient derived organoid “) para auxiliar no tratamento câncer.

Dr. Fabiano M . Serfaty: A medicina de precisão na oncologia agora é uma realidade, na prática clínica. O que são os organoides derivados de pacientes (PDO – “ patient derived organoid “) e quais as suas vantagens ?

Dra. Danielle Ferreira: Os organoides derivados de pacientes (PDO – “ patient derived organoid “) são um tipo de cultivo de células 3D a partir de células extraídas do tumor do próprio paciente. Em relação a outros modelos preditivos para o câncer, os organoides derivados de pacientes evitam o uso de linhagens celulares, que muitas vezes não representam adequadamente os estados da doença e evitam o uso de tecido animal.

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Dr. Fabiano M . Serfaty:  Embora muitos sucessos tenham sido relatados com base no sequenciamento de DNA, também é claro que ainda há uma alta necessidade não atendida de tratamentos efetivos na maioria dos pacientes com câncer. O foco nas aberrações genéticas em algumas regiões específicas de codificação tem limitações significativas e não retrata a complexidade de cada doença de um paciente específico. Os organoides derivados de pacientes (PDO – “ patient derived organoid “) podem identificar o impacto direto da quimioterapia em células cancerígenas? Quais as vantagens para o paciente desta utilização?          O laudo deste exame pode funcionar como uma ferramenta para a tomada de decisões clínicas do médico no tratamento do câncer?

Dra. Danielle Ferreira: A Vantagem está na possibilidade de avaliar a  resposta individualizada de cada paciente à quimioterapia. Portanto esta metodologia auxilia na escolha racional das drogas quimioterápicas, o que pode reduzir substancialmente a incidência dos efeitos colaterais relacionados ao tratamento.

Dr.Fabiano M . Serfaty: Como solicitar este exame na prática clínica?

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Dra. Danielle Ferreira: O médico deve solicitar o exame que se chama : “Onco-PDO”, o site explica em detalhes: https://invitrocuebrasil.com.br/. Na solicitação do exame, o médico poderá indicar quais medicamentos serão testados no organoides derivados do seu paciente com câncer e assim avaliar a resposta individualizada de cada paciente ao tratamento.

Profissional convidada:

Dra. Daniella Ferreira

Biomédica com mestrado e doutorado em neurociências para Universidade Federal Fluminense(UFF)

Pós-doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ)

Responsável técnica pela Invitrocue Brasil: https://invitrocuebrasil.com.br/

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Fontes:

1. Tumor organoids: Opportunities and challenges to guide precision medicine. Veninga V, Voest EE. Cancer Cell.                       2021 Sep 13;39(9):1190-1201. doi: 10.1016/j.ccell.2021.07.020. Epub 2021 Aug 19. PMID: 34416168

2. Tumor organoids: applications in cancer modeling and potentials in precision medicine. Xu H, Jiao D, Liu A, Wu K. J Hematol Oncol. 2022 May 12;15(1):58. doi: 10.1186/s13045-022-01278-4. PMID: 35551634

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3. Tumor Organoids as a Research Tool: How to Exploit Them.Booij TH, Cattaneo CM, Hirt CK.Cells. 2022 Oct 31;11(21):3440. doi: 10.3390/cells11213440. PMID: 36359838

 

 

 

 

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