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Por Fabiane Pereira, jornalista
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As boas de uma sexta confinada

Por completa incompetência do governo federal, o confinamento será ainda mais longo. Só nos resta ouvir mais música

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Atualizado em 19 fev 2021, 12h32 - Publicado em 19 fev 2021, 12h26

Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia. Começo esta coluna com os versos de Nelson Motta e Lulu Santos para reafirmar que eles sempre estiveram certos. E desde que a pandemia do coronavírus ganhou protagonismo mundial, nossos hábitos mudaram, mais uma vez e, outros passaram a integrar nosso dia a dia.

O consumo de música, por exemplo, aumentou. A pesquisa realizada pela startup Flow Creative Core em parceria com o pesquisador radicado em Portland (USA), Derek Derzevic, comprovou isso e mostrou também que novos hábitos foram incorporados na rotina dos consumidores de música, ou seja, de todos nós.

Com as campanhas de vacinação paralisadas em todo país por falta de vacina e por completa incompetência do governo federal, sabemos que o confinamento ainda será longo. Então, continuaremos ouvindo, cada vez mais, música. É ela que tem nos mantido sãos. Ao ouvirmos Matheus Aleluia ou Bethânia, só pra citar duas lives recentes, somos tomados pela certeza de que, apesar do negacionismo, sobreviveremos.

Nesta sexta, novos e promissores artistas lançaram singles. E já que o novo sempre vem, vamos a eles:

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BaianaSystem e B.Negão lançam Reza Forte: a banda baiana, que tem a frente uma das mentes mais brilhantes da nova música contemporânea, Russo Passapusso, lançou em parceria com o carioca B.Negão a faixa “Reza Forte”. A música fala sobre a fé ancestral dos povos afrodescendentes e latino-americanos, bem como a resistência cultural inerente em suas práticas religiosas. O clipe gravado na Ilha de Itaparica é pra ver e rever. O novo trabalho da banda, OXEAXEEXU, foi dividido em três partes e tem a produção musical de Daniel Ganjaman. Só feras.

 

Julia Mestre relê música de Di Melo: o single faz parte do EP “Podível Impodível” em homenagem a um dos grandes ícones da black music nacional. O projeto traz oito faixas, sete delas cantada por um expoente da nova cena musical contemporânea e uma faixa cantada pelo próprio homenageado e produzida por Diogo Strausz e do Tó Brandileone. Julia Mestre – que recentemente esteve nesta coluna – criou novos arranjos e emprestou a voz para “Conformópolis”, que ganhou também um clipe. Di Melo se diferenciou de seus demais contemporâneos pela variedade de gêneros musicais de sua obra, incluindo a mistura de elementos da soul music com a psicodelia.

 

Pietá (foto em destaque) lança novo single: o trio formado pela cantora e compositora potiguar Juliana Linhares e pelos cariocas Rafael Lorga e Fred Demarca lançaram a música “Perfume de Araçá”. A linda voz de Juliana abre a faixa, quase a capela. A cantora, que também é atriz, está prestes a lançar seu primeiro disco solo já batizado de “Nordeste Ficção” que tem a colaboração artística de Marcus Preto (Nando Reis, Gal Costa, Anavitória…).

 

Patricktor4 e Mel celebram a dança como ato político: o DJ e produtor Patricktor4 lança a música “Sou como eu quiser” em parceria com a cantora Mel, ex banda Uó. O single que nasceu pras pistas (reais mas nesse momento nos contentamos com as virtuais) é uma resposta ao conservadorismo vigente no Brasil. Dançar sempre foi e continuará sendo – quer queiram ou não – um ato político. Com timbragens influenciadas pela new wave e teclados bem marcados, a música é leve e divertida. Na voz de uma mulher trans, a faixa é uma ode ao prazer e ao direito de cada um ser o que quiser.

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Patricktor4 e Mel no single
Patricktor4 e Mel no single “Sou Como Eu Quiser” (divulgação/Internet)

 

Pappa Jack lançaSentinela”: a banda carioca nos leva pra uma jornada emocional de pólos extremos – da euforia à fúria – com seu novo clipe, “Sentinela”. No registro áudio visual, a atriz Julianna Firme está sob direção de Doug Martins e sua interpretação é envolvente. A letra versa sobre demônios pessoais e questões de saúde mental com uma mensagem positiva de busca pela redenção. No clipe, essa dualidade ganha contornos mais intensos e abraça a ideia de que ninguém é apenas bom ou ruim – todos habitamos uma zona cinzenta. A faixa faz parte do EP “O Mundo Inteiro em Uma Noite”, disponível nas plataformas de streaming. Hoje, às 19h, a banda estará, AO VIVO, comigo no canal Papo de Música. Só colar aqui.

 

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