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Esquinas do Esporte

Por Alexandre Carauta, jornalista e professor da PUC-Rio Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Pelos caminhos entre esporte, bem-estar e cidadania
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Pausas ativas na rotina de trabalho socorrem o bem-estar mental

Estudo comprova que intervalos de 15 minutos para mexer o corpo no escritório aliviam estresse gerado pela maratona em frente ao computador

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Atualizado em 11 out 2024, 12h06 - Publicado em 11 out 2024, 11h55
Turma de jovens joga altinha na praia
Exercícios regulares melhoram o vigor físico e mental, a imunidade, o humor (Peggy e Marco Lachmann-Anke / Pixabay/Reprodução)
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O mundo encara um tsunami de transtornos mentais, alertam os médicos. Enfrentamos, por exemplo, um salto do burnout: cerca de 30% dos brasileiros sofrem com o esgotamento derivado do estresse ocupacional, estima a Associação Brasileira de Medicina do Trabalho.

Grande parte da solução envolve o hábito de se exercitar. Dele não deve se esquivar o ambiente corporativo. Pesquisadores atestam que pausas de 15 minutos no trabalho, para mexer o esqueleto, socorrem os nervos, o vigor cognitivo, a concentração.

Coordenado pelo professor do King’s College (Londres) Brendon Stubbs, com o apoio da Asics, o estudo Desk Break constata um desgaste mental progressivo depois de duas horas em frente ao computador. Intervalos para movimentar o corpo são o antídoto.

“É importante que as empresas incorporem essas pausas, como fazemos aqui no nosso dia a dia. A vida ativa, imprescindível à saúde física e mental, precisa virar uma cultura incentivada por marcas de todos os setores, não só as ligadas à indústria esportiva”, ressalta a diretora de Marketing da Asics para a América Latina, Constanza Novillo. “Sempre que posso, faço reuniões em pé”, completa.

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Cientistas liderados por Stubbs analisaram a rotina de 80 profissionais em escritórios de 16 países, incluindo o Brasil. Comprovaram que pausas ativas, mesmo curtas, melhoram o bem-estar e reduzem o estresse gerado com as horas, na cadeira, de olho na tela. “Podemos deduzir que os benefícios se estendam ao home office. Aliás, muitos passam mais tempo sentados diante do computador em casa do que no escritório”, observa Constanza.

O recém-divulgado Desk Break reforça a ligação estreita entre atividade física e saúde assinalada no estudo global State of Mind. O exercício regular revela-se um grande aliado do rendimento cognitivo, da memória, da concentração, e do relaxamento indispensável para sobrevivermos à maratona contemporânea.

“Nossas pesquisas anteriores já tinham indicado, por exemplo, que o adolescente habituado a se exercitar, acostumado a praticar esportes, tende a uma vida adulta mais saudável. Portanto, devemos estimular a prática de esportes em crianças e jovens”, enfatiza a executiva.

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Constanza lembra que a democratização esportiva implica esforços conjugados de governos, organizações privadas, ONGs. “Isso envolve desde apoio a pesquisas científicas e campanhas de conscientização sobre a importância do exercício regular à saúde até orientações profissionais em espaços públicos, como as que mantemos no parque Bruno Covas, direcionadas a corredores”.

A simplicidade da corrida – o mais coletivo dos esportes individuais – a torna uma potente opção para espantar a inatividade, para resistir ao canto do sofá, da cama. Os ganhos justificam a força de vontade.

Meia hora diária de uma corridinha leve já previne diversas doenças, inclusive as de natureza emocional. Favorece a vitalidade, a imunidade, o humor. Faz milagre, desde que compatível com as características, as necessidades e, digamos, o ritmo de cada um.

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Aquarela de lembranças

Zico levanta o caneco mundial. Maradona levanta a mão divina que ninguém viu. Roberto levanta a torcida na volta ao Vasco. Maurício levanta o título alvinegro depois do longo jejum. O Almanaque Anos 80 escava passagens assim, reluzentes na esquina entre a memória afetiva e a brisa folclórica.

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Publicada em 2004 por Mariana Claudino e Luiz André Alzer, a coletânea de histórias emblemáticas daquela década ganha mais cor e mais curiosidades. As lembranças cativam também novas gerações.

Capa do Almanaque Anos 80
(Divulgação/Reprodução)

Não é preciso ter vivido, por exemplo, a seleção de 82 para entrar no embalo da sua cadência brasileira, sua arte, seu destino triunfal negado pelo danado do Paolo Rossi (1956-2020). Nem a ficção operaria tamanha molecagem.

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O escrete comandado por Telê Santana abre o capítulo dedicado ao esporte. A publicação passeia, com a mesma graça, por filmes, programas de tevê, músicas, livros, revistas, modismos, até por guloseimas. A nova edição do Almanaque será lançada terça agora (15), às 19h, na Cobal do Humaitá.

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Alexandre Carauta é jornalista e professor da PUC-Rio, integrante do corpo docente da pós em Direito Desportivo da PUC-Rio. Doutor em Comunicação, mestre em Gestão Empresarial, pós-graduado em Administração Esportiva, formado também em Educação Física. Organizador do livro “Comunicação estratégica no esporte”.

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