Dra. Danielle Negri Por Danielle Negri, pediatra especializada em neonatologia formada pela Universidade Federal Fluminense Saúde
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Transtorno Obsessivo Compulsivo na infância: como identificar?

De 70% a 80% das pessoas que possuem a doença também sofrem com depressão

Por Danielle Negri
Atualizado em 29 abr 2024, 19h15 - Publicado em 26 abr 2024, 16h45
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  • Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 4 milhões de pessoas sofrem com o Transtorno Obsessivo Compulsivo, que atinge mulheres, homens e na maioria dos casos, pode surgir nos primeiros anos da adolescência. Mas é necessário alertar que essa condição psiquiátrica afeta pessoas de todas as idades, inclusive crianças. Apesar de ser mais comum em adultos, o TOC na infância apresenta desafios específicos e requer abordagens adaptadas para o diagnóstico e tratamento.

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    No Brasil, de uma pessoa entre 50 é atingida com o transtorno obsessivo compulsivo e em torno de 30% dos que têm se recusam a passar pelo tratamento. Outro fato que chama atenção é que de 70% a 80% das pessoas que têm a doença também sofrem com depressão, de acordo com números divulgados pela Pfizer. É importante ressaltar que o TOC na infância é caracterizado por pensamentos obsessivos e compulsivos que causam significativo desconforto e interferem nas atividades diárias da criança. Esses pensamentos intrusivos podem estar relacionados a temas como limpeza, organização, segurança, simetria ou até mesmo agressão.

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    Identificar o TOC em crianças pode ser desafiador, pois os sintomas podem ser confundidos com comportamentos típicos da infância. No entanto, sinais como rituais repetitivos, preocupações excessivas e dificuldades em lidar com a ansiedade podem indicar a presença do transtorno. Este cenário pode impactar significativamente o desenvolvimento social, emocional e acadêmico, levando a dificuldades de concentração na escola, isolamento social devido a atitudes compulsivas e ansiedade generalizada.

    O tratamento do TOC com crianças geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, que inclui terapia cognitivo-comportamental (TCC), psicoterapia, orientação familiar e, em alguns casos, medicação sob supervisão médica. Além do tratamento profissional, é essencial que pais e cuidadores aprendam estratégias para apoiar a criança no enfrentamento da doença, o que inclui a criação de um ambiente seguro, a promoção de hábitos saudáveis de sono e alimentação, e a participação ativa na terapia e na gestão dos sintomas.

    O Transtorno Obsessivo Compulsivo na infância é uma realidade que demanda atenção e cuidado especializado. Com diagnóstico precoce, intervenções adequadas e suporte familiar, é possível ajudar as crianças a superarem os desafios e alcançarem uma melhor qualidade de vida. O mais indicado é que ao notar os sintomas, os pais procurem primeiramente o pediatra e um psicólogo especializado neste trabalho com crianças.

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