A saúde não espera
O sedentarismo é inimigo da beleza, do bem-estar, físico e emocional, e da longevidade saudável

Uma pele saudável depende de um corpo saudável. Um corpo saudável depende de uma mente sã. E vice-versa. Esse é o que eu chamo de círculo virtuoso da beleza e do bem-estar – uma dupla inseparável.
De nada adianta tratar, pontualmente, a pele, se não dermos atenção à saúde como um todo. Um reflete diretamente no outro. E isso inclui cuidar da qualidade do sono, gerenciar o estresse, ter uma alimentação colorida e equilibrada, um intestino funcionado regularmente,se hidratar abundantemente e praticar exercícios físicos.
Os tratamentos estéticos e as cicatrizes cirúrgicas respondem melhor quando o organismo está menos “inflamado”, quando o aporte proteico é adequado. Acne, melasma, queda de cabelo e sinais de envelhecimento também podem ficar mais acentuados quando o organismo está em desequilíbrio.
O sedentarismo é tão inimigo da beleza quanto do bem-estar físico e emocional. Claro que cada um deve tentar escolher a atividade que melhor atenda aos seus objetivos, que combine melhor com seu estilo de vida e que dê mais prazer. Pode ser o beach tennis, a corrida, a bike, o remo, a natação, a ginástica, a musculação. O que não dá é para ficar parado. E trabalhar os músculos é muito importante para qualquer esporte que queiramos praticar, assim como para uma longevidade saudável e com autonomia.
E como motivar a se exercitar quem não gosta de musculação ? Ou quem tem mais de 40 anos e nunca praticou atividade física regularmente? E após os 50 anos, só musculação traz ganho de massa muscular ? Conversei sobre isso, recentemente, com o educador físico Renato Lobão, professor da Bodytech, que criou um método justamente pensando “nas mulheres que não aguentam mais sofrer com dietas muito restritivas que acabam comprometendo a massa muscular e não conseguem manter uma rotina de treinos, porque se sentem desmotivadas”.
O método criado por ele, em 2012, é o Wolffit, uma adaptação da ginástica localizada. Os treinos são baseados em quatro pilares: cardio (circulação e respiração), core (estabilidade e postura), mobilidade (performance funcional e eficiência motora) e força (massa muscular, hipertrofia e explosão). E ele garante que as aulas, além de resultados impressionantes, proporcionam “bem-estar e deixam as alunas com mais energia”.
Lobão recomenda treinar de três a seis vezes por semana, para obter bons resultados, como ganho de massa muscular, queima de gordura, mobilidade, força, equilíbrio, flexibilidade, melhora na capacidade cardiovascular. O foco do programa é a dificuldade do movimento. E a obsessão do professor é manter as alunas motivadas. Não só por se olharem no espelho e se sentirem orgulhosas dos resultados. Mas por descobrirem que essa transformação pode acontecer “sem sofrimento”. Entre aspas porque, como aluna, posso dizer que tem muito sofrimento… mas bom!
Até as que não eram adeptas da musculação pesada acabam descobrindo prazer no treino de força. “É um trabalho de consciência”, diz Lobão. “Uma questão de aprender a se movimentar”. Ele afirma que mesmo mulheres 40+ que nunca praticaram atividade física conseguem acompanhar as aulas, presenciais ou online, e evoluem muito. “Tenho várias alunas com mais de 50 anos”, diz. Segundo ele, o maior desafio é conquistar a geração mais jovem. “Mas quando a necessidade bater, elas vão recorrer à boa e velha ginástica carioca”.
Para as que estão começando, uma boa ideia é optar por aulas coletivas. O grupo nos estimula a não desistir e a seguir em frente. Bora começar?
