A cruzada para manter a vocação do Teatro Leblon para as artes
Resta uma esperança ao espaço comprado por igreja frequentada por Bolsonaro: convenção do condomínio veta atividade que não seja comercial no local
A história do Teatro Leblon ainda não chegou ao último ato. Das três salas iniciais do concorrido espaço cultural, inaugurado há 29 anos, só restava a Marília Pêra (a Tônia Carrero foi desmembrada em lojas e a Fernanda Montenegro há muito está fechada). Pois o palco dedicado à diva falecida em 2015, que ganhou sobrevida ao ser rebatizado de PetraGold em 2019, também acabou encerrando as atividades em 2022.
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Depois de passar por um leilão extrajudicial sem interessados, a sala remanescente acabou sendo anunciada como nova casa da Igreja Batista Lagoinha, frequentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas não pode abrigar cultos, segundo parecer do advogado Marcos Moura Messias, contratado pelo condomínio: “A convenção estabelece que ali é um espaço de atividade comercial, o que não é o caso de serviços religiosos”.
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Para o antigo curador da programação local, André Junqueira, isso é o que ainda deixa uma esperança. “Temos um projeto de recuperação pronto, à espera de um patrocinador”, diz ele, buscando renovar a fé.