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Suspensa mais uma vez até a vacina, volta às aulas no Rio gera polêmica

Especialista e sindicato defendem que, respeitando-se as normas, não haveria problemas em regressar neste momento. Time da UFRJ, no entanto, é contra

Por Carolina Barbosa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
11 set 2020, 14h14
A imagem mostra uma pessoa escrevendo num caderno com um celular na outra mão
Volta às aulas: presencialmente no sistema estadual em março para 10% dos estudantes (Pexels/Pixabay/Reprodução)
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Até esta quinta (10), pais e educadores acreditavam que a “novela” da volta às aulas em escolas privadas do Rio poderia ter fim e o retorno se daria na segunda (14). Até que, à tarde, uma decisão da Justiça do Trabalho minguou as expectativas dos envolvidos. O juiz Elisio Correa de Moraes Neto determinou que as escolas não devem reabrir as portas até que todos estejam imunizados ou que se tenha comprovação de que não haverá riscos à sociedade. A decisão, claro, causou polêmica, uma vez que bares, restaurantes e a maioria das atividades comerciais (inclusive voltadas ao público infantojuvenil já tenham sido flexibilizadas). A Procuradoria-Geral do Estado, por sua vez, ficou de avaliar a determinação.

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Para a infectologista Tânia Vergara, presidente da Sociedade de Infectologia do Rio, apesar de dividir opiniões, mesmo entre os especialistas (nesta sexta,11, um grupo da UFRJ manifestou-se desaconselhando o retorno), a retomada pode acontecer neste estágio, diante dos dados oficiais que vêm sendo apresentados, desde que com todos os cuidados.

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“Embora alguns hospitais tenham sinalizado um aumento de casos na última semana, isso ainda não se refletiu nas estatísticas oficiais. Outros, todavia, notaram os atendimentos cair nos últimos dias. A taxa de infecção, em geral, vem se mantendo estável. Dentro deste contexto, de estabilidade aparente, pode-se pensar numa volta às aulas planejada, desde que as escolas procurem as unidades de saúde de sua região e estejam preparadas de acordo com os protocolos”, afirma a médica.

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Tânia reitera ainda que, caso o quadro piore, um passo atrás sempre pode ser dado na reabertura, neste caso. Basta monitorar atentamente os indicadores da pandemia. “Recomenda-se turmas menores, horários mais curtos de aula, rodízios, distanciamento. Agregar psicólogos a ao grupo para avaliar o estado das crianças, distanciamento, tudo o que está nos protocolos criados por especialistas renomados da área para ajudar no retorno. Em qualquer caso de suspeita ou infecção, é possível recuar e suspender as aulas, como ocorre em qualquer atividade que esteja neste processo de retomada”, frisa a médica.

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Em nota, o Sinepe-Rio, que representa os responsáveis pelas escolas particulares, posicionou-se acerca da decisão do juiz: “Embora tenhamos recebido com surpresa a Liminar da Justiça do Trabalho, decisões da justiça devem ser cumpridas. Ressaltamos que a escola particular está pronta para o retorno, seguindo os protocolos exaustivamente discutidos e a permissão das autoridades de saúde”.

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