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Quem terá direito à vacina contra a dengue disponibilizada pelo SUS

Público-alvo prioritário será definido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Casos no Rio aumentaram R$ 450,00

Por Redação
22 dez 2023, 16h49
Vacina contra a dengue: novo imunizante pode ser aplicado em pessoas que nunca foram infectadas (José Cruz/Agência Brasil)
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O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer a vacina contra a dengue no sistema público universal. A decisão de incorporar o imunizante no Sistema Único de Saúde (SUS) foi anunciada nesta quinta (21) pelo Ministério da Saúde. Em um primeiro momento, a vacina Qdenga (TAK-003), do laboratório japonês Takeda Pharma, não será utilizada em larga escala, uma vez que a capacidade de fornecimento de doses é restrita.

+ Com nova variante detectada, casos de dengue sobem 450% no Rio

O registro do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março deste ano. Ele é o primeiro liberado no país para quem nunca entrou em contato com o vírus da dengue. Até o momento, a Dengvaxia, fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, era a única vacina disponível no Brasil, recomendada somente para pessoas que já tinham sido infectadas.

Composta por quatro sorotipos diferentes do vírus causador da doença, a Qdenga é indicada para pessoas entre 4 e 60 anos. Ela é aplicada em duas doses, com intervalo de três meses entre cada uma. Ao longo de 2024, o SUS espera disponibilizar 6,2 milhões de doses, permitindo a vacinação de cerca de 3,1 milhões de pessoas. O cronograma da fabricante prevê: 460 mil doses em fevereiro, 470 mil em março, 1.65 milhão em maio e agosto, 431 mil em setembro, e 421 mil em novembro.

“Até o início do ano, faremos a definição dos públicos alvo levando em consideração a limitação da empresa Takeda do número de vacinas disponíveis. Faremos priorizações”, explicou a Ministra da Saúde, Nísia Trindade. O público-alvo prioritário será definido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI).

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Para reduzir o “impacto orçamentário” da disponibilização da vacina pelo SUS, estimada em cerca de R$ 9 bilhões em cinco anos, o Ministério da Saúde tem discutido com a empresa uma transferência de tecnologia. O ministério também afirma que conseguiu uma redução de 44% no custo por dose, de R$ 170,00 para R$ 95,00.

Em 2023, o número de casos de dengue no Rio aumentou 457% em relação ao ano anterior, segundo a última atualização do painel do Observatório Epidemiológico da Prefeitura do Rio de Janeiro. Foi um salto de 4.672 para 21.396 casos registrados. O aumento percentual é o maior desde a epidemia da doença em 2015, quando houve um crescimento de 679% em comparação com o ano anterior. Foram também registradas cinco mortes por dengue neste ano.

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Os principais sintomas da doença são: febre, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça, manchas vermelhas no corpo. Caso alguns desses sintomas sejam identificados, a orientação é buscar apoio médico para diagnóstico e tratamento adequados.

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