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Preso, delegado Rivaldo Barbosa pede ao STF para depor sobre caso Marielle

De acordo com as investigações da PF, ex-chefe da Polícia Civil agiu para proteger os supostos mandantes da morte da vereadora que também vitimou motorista

Por Da Redação
30 abr 2024, 16h12

O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para prestar depoimento à Polícia Federal. Na petição, Barbosa afirma que, embora tenha havido a determinação do magistrado à autoridade policial para que ouvisse os investigados tão logo fossem realizadas as prisões, isso ainda não ocorreu. Barbosa está preso por, segundo as investigações, ter atuado para proteger os mandantes dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

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No documento, o delegado pede também que seja ouvida sua mulher, Érika Andrade de Almeida Araújo, e solicita a revogação das medidas cautelares impostas à advogada. Para a PF, ela teria em seu nome empresas de fachada que teriam auxiliado em suposta lavagem de dinheiro e atuado como “testa de ferro” de Barbosa. Os advogados Marcelo Ferreira de Souza e Felipe Dalleprane também enviaram ao STF documentos e afirmaram, segundo o jornal O Globo, não haver “qualquer lastro probatório ou ao menos indiciário” no sentido de que tenha havido práticas ilícitas na prestação dos serviços realizados pelas empresas de Erika, tampouco que sua evolução patrimonial tenha relação com rendas ilegais. “Destacamos o caráter essencialmente misógino e machista do relatório da Polícia Federal no tocante à figura de Erika Andrade, porque a despeito do conhecimento inequívoco de sua qualificação profissional, ela é absolutamente desprezada e subjulgada por parte da autoridade policial, simplesmente por ser mulher”, diz a nota enviada ao jornal pela defesa.

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Além do delegado, foram alvos dos mandados cumpridos em 24 de março o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). Todos negam os crimes. Em um acordo de delação premiada firmado com a PF e a Procuradoria-Geral da República, o ex-policial militar Ronnie Lessa relatou que Barbosa foi uma peça-chave para que os homicídios fossem consumados a mando dos Brazão. Ao delegado, caberia garantir uma espécie de imunidade aos envolvidos, ou seja, de alguma forma o inquérito que se sucederia não poderia chegar nos responsáveis pelo crime. O ex-PM está preso desde 2019 sob a acusação de ser o autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson, em março de 2018, no Centro.

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