Prefeitura cassa alvará e fecha bar Jurubeba, de Elia Schramm, em Botafogo

Sócios alegam que pagam taxas de uso de área pública e que Prefeitura cassou o alvará "de forma arbitrária e sem qualquer motivação legal clara"

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 1 jul 2025, 18h45 - Publicado em 1 jul 2025, 17h56
Jurubeba
Jurubeba: bar de Elia Schramm é fechado pela SEOP (Reprodução/Instagram)
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Sucesso em Botafogo, o Jurubeba, bar do chef Elia Schramm, teve seu alvará de funcionamento cassado na segunda (30) e está de portas fechadas. A decisão da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) veio após diversas denúncias de perturbação do sossego e ocupação irregular do espaço público.

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De acordo com o órgão, foram sete multas por uso indevido da calçada — com mesas e cadeiras espalhadas sem autorização da Prefeitura e pagamento de taxa obrigatória.  Foi explicado ainda que a medida atende a queixas da vizinhança e tem como objetivo garantir o ordenamento do bairro, que tem vários estabelecimentos passando pelo mesmo problema.

A assessoria de imprensa do bar divulgou uma nota sobre o assunto:

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“O Jurubeba nasceu do desejo genuíno de empreender em uma cidade complexa, mas apaixonante. A despeito da violência, da corrupção e de tantos outros males que assolam o Rio de Janeiro, ainda acreditamos no seu imenso potencial — especialmente no seu povo, na sua cultura vibrante, na sua vocação para a boemia e para a boa gastronomia. Foi essa fé que nos moveu a abrir as portas do Jurubeba, no coração de Botafogo, no dia 6 de janeiro de 2025. Desde então, temos enfrentado uma verdadeira via crucis para manter o bar funcionando, com árvores cortadas em nossa calçada que, diga-se, foi totalmente recuperada às expensas do Jurubeba, com dezenas de fiscalizações — das quais apenas algumas resultaram em autuação, por colocarmos mesas e cadeiras na calçada. Importante dizer: pagamos regularmente a TUAP (Taxa de Uso de Área Pública), mas nosso requerimento foi indeferido pela própria Prefeitura, que agora, de forma arbitrária e sem qualquer motivação legal clara, cassou o alvará de funcionamento que ela mesma havia outorgado. O Jurubeba não é uma casa de festas, não tem som ao vivo, não promove noitadas, não incomoda a vizinhança. Somos um bar de gastronomia e coquetelaria de excelência, e temos feito investimentos importantes em conforto acústico, como a instalação de janelas antirruído, para que nossos vizinhos desfrutem de paz — mesmo estando em uma via movimentada como a Rua Real Grandeza. Temos hoje dezenas de famílias que dependem do Jurubeba para sobreviver. Mantemos uma relação de diálogo respeitoso com o Condomínio Uranus, buscando sempre a boa convivência. Não estamos pedindo privilégios. Queremos apenas o direito de trabalhar. De contribuir para uma cidade melhor. De provar que é possível empreender no Rio de Janeiro com respeito, responsabilidade e visão de futuro. Seguiremos lutando com todas as ferramentas legais e institucionais disponíveis. E contamos com o apoio de quem acredita, como nós, no poder da cultura, da boa comida e da convivência harmoniosa.”

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