Seus primeiros passos na gastronomia ocorreram na adolescência, quando ajudava nas refeições familiares. Porém, só viria a despertar mesmo para o tema durante o curso de hotelaria, anos depois, ao fazer um levantamento dos principais chefs da cidade. Viu quem eram ?os caras? e foi à luta. Bateu à porta de José Hugo Celidônio e conseguiu no Clube Gourmet seu primeiro emprego. Depois, trabalharia com Flávia Quaresma no Carême e com Roland Villard no Le Pré Catelan. Nesse sofisticado salão do Hotel Sofitel, Pedro de Artagão conheceu o empresário Arthur Sendas Filho, que viria a ser fundamental para sua guinada na carreira. A convite dele, preparou um jantar em domicílio, e a propaganda boca a boca tratou de fazer o resto. Resultado: passou a enfileirar encomendas de socialites. ?Foi então que descobri minha veia empreendedora e decidi trilhar meu próprio caminho?, conta. Ao sair da sombra dos chefs, implantou um restaurante em um hotel da Barra até que, em 2007, foi chamado para comandar o Laguiole, no Museu de Arte Moderna. Lá, notabilizou sua culinária, repleta de referências brasileiras, sem, no entanto, ficar preso às fronteiras. No ano passado, sentiu-se seguro para alçar voo mais alto e abriu, em dezembro, sua primeira casa, batizada de Irajá. Entre as dezenas de delícias, vale provar a receita que leva glacê de galinha, curau de milho e crocante de canjica (R$ 18,00) ou o sensacional bolo de chocolate recheado de brigadeiro (R$ 24,00). Por essas e outras criações, ele acabou eleito o chef revelação, aos 34 anos.