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Pedra do Sal: a bagagem cultural do berço do samba carioca

Documentário feito por alunas de jornalismo da PUC-Rio destaca as tradições e os festejos mantidos até hoje na região

Por Débora Resels Ashton*
Atualizado em 9 ago 2022, 16h57 - Publicado em 9 ago 2022, 16h50
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  • A Pedra do Sal é o tema do documentário Berço de Pedra, produzido pelas alunas de Jornalismo da PUC-Rio Mariana Fontes, Luísa Gevaerd e Nathália Araújo. A produção gira em torno da bagagem cultural e simbólica da região, localizada na Zona Portuária, para o samba e para os cariocas, além de destacar sua importância para as noites ativas e cheias de vida do Rio de Janeiro nos dias atuais.

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    A Pedra do Sal, antes chamada de Pedra da Prainha, era o local onde ficava um ponto de embarque e desembarque de sal e também um grande mercado de escravos, entre os séculos XVII e XIX. Além disso, lá se concentravam moradias de muitos estivadores, devido à sua proximidade com o Cais do Porto.

    Depois, no século XX, após a abertura da Av. Presidente Vargas, sambistas, como Donga, Pixinguinha e João da Baiana, se mudaram para o local e a Pedra do Sal ganha o seu marco como ponto de reunião do samba urbano carioca e da cultura negra. Não é à toa que essa parte da zona portuária também é conhecida como “Pequena África”. 

    Em Berço de Pedra, a produção do documentário mesclou tradição, originalidade e festejos contemporâneos em volta do samba. As autoras se inspiraram em narrar uma experiência apreciada por elas de frequentar a Pedra do Sal, em conjunto à temática “memória”.

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    “O samba nasceu ali, e ali ainda é feito samba após muitos anos. Aquele berço já ninou milhares, viu tantos crescerem, recebeu artistas, já enterrou gerações e permanece sendo ocupado e festejando sua cultura. Acaba que falar da história da Pedra é uma mistura das nossas próprias memórias e também das de muitos que passam e passaram por lá”, afirma Gevaerd.

    O grupo conseguiu compor os matizes da memória, da festividade e da importância da Pedra do Sal a partir de conversas com especialistas, de samba como Luíz Felipe de Lima, que aparece no documentário, e de História, junto a filmagens do local.

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    Mais do que isso, entrevistas com os frequentadores da região mostraram que a tradição dessa parte da Zona Portuária não é somente reconstruída, mas também construída para os dias atuais. “Acho muito bonito a juventude carioca estar resgatando essa tradição e ocupando esse espaço. Esse sentimento parece ser compartilhado por quem trabalha la há anos e do público fiel”, aponta Luisa.

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    Entre as cenas mais marcantes, está a filmagem de um menino, Rafael, sambando em meio a multidão da Pedra do Sal, cena final do documentário. A juventude carioca em meio a história e o marco do samba.  “Acho que falamos por todas nós quando digo que o momento favorito é o final. Isso amarrou o nosso trabalho”.

    *Débora Resels Ashton, estudante de Jornalismo da PUC-Rio, com orientação de professores da universidade e revisão final de Veja Rio.

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    Este conteúdo integra o conjunto transmídia que reúne produções em texto, áudio e vídeo sobre memória. Foram feitas por estudantes de Comunicação da PUC-Rio, com a orientação dos professores Alexandre Carauta, Creso Soares Jr., Chico Otavio, Felipe Gomberg, Luís Nachbin e Mauro Silveira.

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