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Onça-parda volta a aparecer no Rio após mais de 80 anos sem ser vista

Segundo artigo científico, a espécie foi identificada no Parque Estadual do Mendanha, no Parque da Pedra Branca e na Reserva Biológica de Guaratiba

Por Luiza Maia
Atualizado em 1 out 2021, 18h24 - Publicado em 1 out 2021, 13h44

Após quase um século sem registros da sua presença, a onça-parda voltou a aparecer nas florestas no Rio. Considerada o segundo maior felino do país, atrás da famosa onça-pintada, a espécie é atualmente classificada como vulnerável pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

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A boa notícia foi dada em um artigo científico publicado revista Check List, realizado por um grupo de seis biólogos. O estudo foi iniciado após o animal ter sido observado no Sítio Burle Marx, em Barra de Guaratiba, no mês de junho de 2020.

Por meio de moldes de pegadas e fotos de arranhões deixados em árvores, os cientistas comprovaram a presença da onça no Parque Estadual do Mendanha, no Parque Estadual da Pedra Branca e na Reserva Biológica de Guaratiba, localizados na Zona Oeste da cidade.

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Imagem mostra evidencias da onça-pintada como arranhões, pegadas e a foto de um animal
Evidências: fotos de arranhões e moldes de pegadas foram coletados (Reprodução/Reprodução)

“Nós já tínhamos registros de 2007 em Guaratiba e de 2008 no Mendanha, mas fomos aos poucos reunindo mais dados que comprovassem o reaparecimento definitivo da espécie, não somente um indivíduo vagando pela região”, diz Jorge Pontes, um dos autores da pesquisa e professor da Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Ambiente e Sociedade da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (PPGEAS/FFP – Uerj).

Segundo o texto, os indivíduos podem ter se dispersado da Serra do Tinguá, primeiro chegando à região do Mendanha, e em seguida ocupando as outras reservas.

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Há mais de 80 anos a onça não era observada no estado e chegou a ser declarada oficialmente extinta na Lista Municipal de Espécies da Flora e Fauna Ameaçadas (2000). Com o nome científico de Puma concolor, a espécie é reconhecida por ser bastante solitária e costuma ser observada com mais frequência à noite e no período de crepúsculo.

“A onça-parda tem uma capacidade elevada de adaptação em ambientes modificados, inclusive se deslocando dentro de áreas totalmente urbanizadas para procurar abrigo, alimentação e água”, explica Jorge Pontes.

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No artigo, os autores reforçam a importância da conservação da onça e de outros mamíferos ameaçados no Rio, com a criação de “políticas públicas estaduais e municipais voltadas para essas espécies, incluindo manejo adequado e vigilância”.

Atualmente, o Rio possui um Programas de Proteção e Conservação da Fauna Silvestre e Flora Nativas, decretado em setembro deste ano pelo prefeito Eduardo Paes, que prevê ações para identificar e monitorar a vida selvagem do município.

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