Museu Nacional prevê conclusão de obras na sede ainda em 2021
No mês em que o museu celebra 203 anos, também foi recebida a doação de 27 peças que datam dos períodos grego e romano
O cronograma das obras de reconstrução do Museu Nacional prevê entregas já para este ano. Em julho, terminam os trabalhos de higienização e proteção para recuperar os elementos históricos e artísticos do Palácio de São Cristóvão e do Jardim das Princesas que resistiram ao incêndio em 2018.
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Entre esses bens em trabalho recuperação estão pisos, tronos, fontes, guirlandas, pinturas, murais, ornamentos de salas e jardins históricos. Em agosto, será a vez do início das obras nas fachadas e coberturas do Palácio São Cristóvão, o bloco 1 do museu, que pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
As obras nos jardins históricos e o desenvolvimento do projeto de museografia começam ainda no segundo semestre. Já para novembro, está previsto o fim da reforma da Biblioteca Central do Museu Nacional, considerada uma das mais importantes do Brasil, com um acervo de 500 000 livros, sendo 1 500 peças raras.
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A reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, afirma que espera em 2022 que toda área acadêmica esteja funcionando em um novo campus de ensino. “Em 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil, fazermos a entrega das obras da fachada e da cobertura do bloco 1 e dos jardins. Apesar de um pequeno atraso, a gente ainda tem isso como meta e vamos conseguir atingir”, assegura.
Para 2023, a reitora espera o término das fachadas e cobertura dos blocos 2, 3 e 4, para que a obra do interior do Palácio de São Cristóvão comece a ser executada em 2024 e posterior entrega do prédio restaurado em 2025.
Novas peças
Nesta quarta (9), o Museu Nacional recebeu a doação de 27 peças datadas dos períodos clássicos grego e romano pelo diplomata aposentado e escritor gaúcho Fernando Cacciatore de Garcia.
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O acervo foi formado entre 1974 e 2004, a partir de aquisições feitas pelo diplomata no Rio de Janeiro, em São Paulo, Nova Iorque, Londres, Paris, Amsterdã e Berlim.
Entre elas, há peças em mármore, cerâmica, vidro, bronze, prata e terracota, todas de importante valor histórico e científico. A peça mais antiga, de 550 a.C., é um tijolo arquitetônico que ornamentava um templo na Grécia Oriental, território que, atualmente, pertence à Turquia.
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