Cariocas com mais de 60 anos podem se livrar de bengala em placas de locais reservados a idosos
Projeto de lei que modifica pictograma será votado em segunda discussão semana que vem na Câmara. Se aprovado, segue para sanção do prefeito
A velha imagem que retrata idosos nas placas que identificam lugares reservados à terceira idade em espaços públicos, como estacionamentos, ônibus, metrô, bancos e estabelecimentos comerciais, pode estar prestes a passar por uma plástica. Se for aprovado em segunda discussão na Câmara – marcada para a próxima quarta-feira (27) – e sancionado pelo prefeito, o projeto do vereador Alexandre Isquierdo (DEM) que dá uma nova cara aos maiores de 60 anos se torna lei e derruba o estereótipo de que quem vira sessentão está condenado a ter dor nas costas e andar de bengala.
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A proposta do vereador é que o novo pictograma mostre uma pessoa que caminha normalmente, ao lado de do número 60 acompanhado de um sinal positivo: 60+.
“Uma pessoa maior de 60, hoje, dificilmente está nesta posição agachada e precisando de apoio para andar”, defende Isquierdo, de 49 anos, que ri quando é questionado se está legislando em causa própria: “É por todos nós. Mas quando apresentei o projeto pela primeira vez, em 2015, tinha 43”.
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Votado em primeira discussão apenas nesta quarta (20), quando passou por unanimidade, se sancionado pelo prefeito o projeto de lei entre em vigor 90 dias depois.
“Mas quem sabe algumas empresas não correm na frente e já começam a usar? Acho que daria uma imagem positiva também para elas”, sugere o vereador.
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Na justificativa da proposta, ele explica que o novo ícone foi escolhido depois da intensa campanha, na internet principalmente. “A luta foi para substituir o atual símbolo, completamente ultrapassado, por algo mais moderno, mais de acordo com os sexagenários, septuagenários e octogenários que estão aí, firmes e fortes, gastando o seu tempo de maneira ativa, trabalhando e querendo aproveitar a vida”, diz o texto. Outro argumento é o que a imagem com a bengala “ainda contribui negativamente para a manutenção de boa autoestima pelos idosos e pode estimular atitudes de preconceito ou discriminação contra eles em razão unicamente de sua idade mais avançada”.