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Elegância suburbana

O personagem Iran, de Avenida Brasil, influencia rapazes a usar a gola da camisa polo levantada

Por Carla Knoplech
Atualizado em 5 jun 2017, 14h26 - Publicado em 8 ago 2012, 12h36
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  • Além de hipnotizar os telespectadores em torno da vingança de Nina contra Carminha, Avenida Brasil também está ditando moda. Primeiro foram os vestidos justíssimos de Suelen que ganharam o guarda-roupa das periguetes. Depois, a bolsa com as iniciais do estilista americano Michael Kors, que a vilã da trama das 9 carrega a tiracolo, virou o acessório preferido das cariocas. Tanto que nos camelôs do Centro ou de Copacabana há falsificações de todas as cores, formatos e tamanhos. Agora, é a vez de a camisa polo sair da telinha com a gola levantada para ganhar as ruas, os bares e as boates, da Zona Sul ao subúrbio. Trata-se do figurino do suburbano Iran, um jogador de futebol da terceira divisão carioca, morador do fictício Divino, extremamente vaidoso e mulherengo. “Estava em casa, pensando em como iria montar o personagem, e meu irmão, que joga pelo Nova Iguaçu, veio com essa sugestão porque os amigos dele estavam usando. Achei que seria uma boa para mostrar esse lado metrossexual do Iran”, conta o ator Bruno Gissoni, 25 anos, que, à paisana, prefere usar a blusa da forma tradicional.

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    A origem da polo levantada não é exatamente um modismo dessa estação. Quando a camisa foi criada pelo tenista francês René Lacoste (1904-1996), no início do século XX, a ideia era que ela fosse usada com o colarinho cobrindo todo o pescoço. O objetivo: evitar as queimaduras provocadas pelo sol durante as competições. Só anos depois, quando a peça saiu das quadras de tênis e dos campos de polo para conquistar o mercado consumidor masculino, é que ela passou a ser vestida da forma como se convencionou. “Há uns dez anos, no entanto, a gola reapareceu voltada para cima, principalmente na França e na Itália, onde os rapazes começaram a utilizar esse recurso para dar um ar mais casual ao visual”, explica o pesquisador Marco Sabino, autor do livro Dicionário da Moda.

    A tendência lançada na Europa foi rapidamente importada pelos jovens cariocas de classe A, clientes de grifes como Ralph Lauren e Abercrombie & Fitch. “Sempre havia um ou outro rapaz usando a peça nos clubes frequentados pela alta sociedade, mas, com a novela, esse estilo realmente ganhou uma popularidade nunca vista por aqui”, confirma a consultora de moda Regina Martelli. Por mais que esteja em alta, não chega a ser uma unanimidade entre a ala masculina. O ator Thadeu Torres, de 21 anos, usa e abusa do modelito, mas reconhece que tem muita gente que implica. Rodrigo Peirão, carioca, empresário, 25 anos, é um deles: “Acho uma tremenda cafonice”. Polêmica ou não, ela está em alta.

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