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Como investigação de fraude em vacinação leva a pistas do caso Marielle

Polícia Federal interceptou conversa em que militar envolvido em adulteração de dados da vacinação contra a Covid-19 diz saber quem mandou matar a vereadora

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 Maio 2023, 17h58 - Publicado em 4 Maio 2023, 17h56

Preso na operação da Polícia Federal (PF) contra fraude em dados vacinais nesta quarta (3), Ailton Gonçalves Moraes Barros, major da reserva e candidato a deputado estadual pelo Partido Liberal (PL) nas eleições do ano passado, afirmou, em mensagens interceptadas pela PF, saber quem mandou matar Marielle Franco, em 2018.

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Em uma conversa com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens Jair Bolsonaro, que também foi preso nesta quarta (3), Barros diz, em áudio, que o ex-vereador do Rio Marcelo Siciliano intermediou a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde em benefício de Gabriela Santiago Cid, esposa de Mauro Cid.

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Barros conta que o ex-vereador Siciliano estava enfrentando dificuldades para entrar nos Estados Unidos, devido ao envolvimento de seu nome no caso Marielle, e solicita, como uma troca de favores, que Mauro Cid consiga um encontro entre Siciliano e o cônsul dos Estados Unidos no Brasil para resolver um problema relacionado ao visto do ex-vereador no país. Na época do assassinato, Siciliano chegou a ser investigado, mas a participação dele no crime foi descartada.

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Na conversa, que aconteceu no dia 30 de novembro de 2021, Ailton Gonçalves Moraes Barros afirma que Siciliano estava de “bucha” no caso, ou seja, levando uma culpa que não era dele. “Se não tivesse de bucha, irmão, eu não pediria por ele, tá de bucha. Eu sei dessa história da Marielle toda, irmão, sei quem mandou. Sei a p*** toda. Entendeu? Está de bucha nessa parada toda aí”, diz o major.

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Após tomar conhecimento sobre informação, a força-tarefa da Polícia Federal que investiga a morte de Marielle Franco tomou o depoimento do militar sobre o caso. As investigações seguem em andamento. Marielle Franco e seu motorista na ocasião, Anderson Gomes, foram mortos a tiros quando a vereadora voltava de um evento, em 14 de março de 2018.

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Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz foram presos acusados de executar o crime, mas o mandante e a motivação ainda não foram esclarecidos, cinco anos depois.

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Enquanto isso, a investigação que aponta uma suposta falsificação dos dados vacinais de Jair Bolsonaro e pessoas próximas ao ex-presidente ganhou mais um elemento: uma servidora do município de Duque de Caxias afirmou à Polícia Federal que foi coagida a entregar a própria senha para que o banco de dados da vacinação no município fosse adulterado.

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Segundo a investigação, servidores da prefeitura da cidade inseriram no Sistema Único de Saúde (SUS) informações falsas de vacinação contra a Covid-19 de Bolsonaro, de sua filha Laura, de dois assessores e do deputado Gutemberg Reis (MDB). Seis pessoas foram presas até agora.

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