‘Excesso de Bolsonaro’ leva Justiça a suspender propaganda de Crivella

Pedido foi feito pela candidata adversária Martha Rocha (PDT); campanha do prefeito diz que ainda não foi notificada e que irá recorrer

Por Cleo Guimarães
Atualizado em 12 nov 2020, 13h09 - Publicado em 11 nov 2020, 17h05
Campanha: vídeo de um minuto de duração continha uma fala de 40 segundos de Bolsonaro, excedendo a parcela de 25% do tempo permitida por lei (Veja/Reprodução)
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A exposição excessiva do presidente Jair Bolsonaro numa peça da campanha do prefeito do Rio, Marcelo Crivella,  levou a Justiça a suspender a propaganda, na noite desta terça (10). Com um minuto de duração, o vídeo continha uma fala de Bolsonaro com 40 segundos – o tempo permitido por lei à aparição de apoiadores em conteúdos veiculados no horário eleitoral de TV e rádio não pode exceder 25% de sua minutagem.

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O pedido de suspensão da propaganda foi feito pela candidata Martha Rocha (PDT) – ela alegou que o presidente teria permanecido no ar em mais de 65% do tempo da inserção. Empatada tecnicamente com Crivella no segundo lugar das intenções de voto (ele tem 15%, ela, 14%), Martha entrou com uma Notícia de Irregularidade em Propaganda (NIP) contra a campanha do prefeito. O líder nas pesquisas é Eduardo Paes (DEM), com 33%.

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A juíza Luciana Mocco decidiu que Crivella deve se abster de veicular o conteúdo no horário eleitoral gratuito e em qualquer outro meio de comunicação. “Além de dedicar a maior parte do tempo destinado ao Presidente Jair Bolsonaro, a propaganda não traz o nome do candidato a prefeito e tampouco de seu vice”, escreveu Luciana, em referência ao descumprimento da lei eleitoral que prevê a identificação das propagandas com os principais dados da chapa.

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“Notifique-se o candidato Marcelo Bezerra Crivella e a coligação para se abster de veicular a referida propaganda irregular no horário eleitoral gratuito e em qualquer meio de comunicação”, completou a juíza. Procurada por VEJA RIO, a campanha de Crivella diz que ainda não foi notificada pela Justiça, e que irá recorrer quando isso acontecer.

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