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Covid-19: Cientistas projetam pico da pandemia no Rio de 12 a 17 de junho

De acordo com dados do modelo desenvolvido pela Coppe-UFRJ o número de infectados no estado poderá chegar a 71 000 neste período

Por Carolina Barbosa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
5 jun 2020, 20h41
A imagem mostra uma menina sendo examinada com termômetro
Coronavírus: mais de 4 300 diagnósticos em 24 horas no Rio (Kelly Sikkema/Unsplash/Reprodução)
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Cientistas da Coppe/UFRJ e da faculdade de medicina são unânimes em recomendar o lockdown no estado do Rio, caso não haja uma redução rápida na velocidade de transmissão do novo coronavírus. Em nota técnica, divulgada nesta sexta (5), os pesquisadores projetam que entre sexta (12) e quarta (17) o número de infectados chegue a 71 000, o que seria o pico da pandemia por aqui. O modelo computacional levou em conta o fato de que cada pessoa contaminada pode transmitir o vírus para outras 2,02 pessoas, em média.

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“De acordo com o modelo, caso se mantenha o cenário atual, no qual apenas cerca de 40% a 50% da população fluminense segue as orientações de confinamento, o número de óbitos pode chegar a 15 100 pessoas ao final da pandemia”, alerta Claudio Miceli, professor do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe e do NCE.

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Os professores defendem lockdown imediato como forma mais eficaz, no momento, para poupar vidas e também evitar o colapso no sistema de saúde. Para se ter uma ideia, o sistema adotado indica que durante o pico serão necessários 800 ventiladores pulmonares novos funcionando, simultaneamente, sem contar os que já estarão em uso pelos pacientes que adoeceram antes.

O aparente relaxamento no confinamento, observado nas ruas, foi constatado pelo acompanhamento do deslocamento de aparelhos de telefone celular (sem identificação do proprietário), e como resultado o modelo mostra maior número de contágio no período de 16 a 19 dias após o aumento de circulação da população. De acordo com o indicador de mobilidade, o nível de isolamento social que se manteve em média acima de 50% no período de 14 de março a 2 de maio começou a decrescer e chegou a 46,4% na semana de 17 a 23 de maio.

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