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Coronavírus: restaurante La Mole demite mais de 80 funcionários

"Doeu muito mas não tivemos outra escolha", diz a gerente geral da marca que, com portas fechadas, afastou os empregados que trabalhavam no salão

Por Cleo Guimarães
11 jun 2020, 12h19
La Mole
La Mole: mais um restaurante em crise, reflexo da pandemia do coronavírus (Fernando Veiga/Reprodução)
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Fechados há quase três meses, hotéis e restaurantes da cidade começam a dispensar funcionários em massa, em meio à crise econômica causada pelo Coronavírus. Depois do Othon Palace (leia aqui Coronavírus: Othon Palace, em Copacabana, demite mais de 100 funcionários), outro tradicional estabelecimento da cidade demitiu quase uma centena de empregados. Aberta há 62 anos e com 11 filiais no Rio e duas em Niterói, a rede La Mole afastou, de uma só vez, 85 funcionários das três lojas próprias – Barra, Leblon e Tijuca. Todas elas pertencem ao fundador do restaurante, Francisco Aldemir Rego. As outras são franquias.

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“Doeu muito mas não tivemos outra escolha”, diz Rosane Lima, representante de Francisco e gerente geral da marca. Ela conta que a crise, “sem precedentes”, fez com o faturamento da casa caísse 70% desde o início da pandemia e que, com portas fechadas, foi tomada a decisão de demitir todos os funcionários que trabalhavam no salão dos restaurantes. Um dos afastados afirma que o La Mole não estaria honrando com os pagamentos das dívidas trabalhistas – segundo ele, a multa indenizatória de 40% do FGTS não foi paga e o valor das rescisões, parcelado.

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Rosane confirma que a multa não foi paga, “por total impossibilidade financeira”. “Não conseguimos pagar, infelizmente. Mas sabemos que este é um direito dos trabalhadores, inegociável, e vamos honrar nossas dívidas”. Sobre o parcelamento da rescisão, “em função da excepcionalidade da situação”, ela afirma que a empresa fez uso do direito de parcelar as rescisões conforme Aditivo a Convenção Coletiva celebrada entre Sindicato Laboral e o Sindicato Patronal.

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