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Covid-19: ao menos 1 000 bares e restaurantes fecharam de vez no Rio

Estimativa do SindRio prevê ainda que 30% dos estabelecimentos não conseguirão se manter até dezembro

Por Carolina Barbosa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
9 jun 2020, 15h53

Em quase três meses, a pandemia causada pelo novo coronavírus devastou o cenário da gastronomia carioca. De acordo com levantamento do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio (SindRio), ao menos 1 000 bares e restaurantes fecharam as portas de vez desde o início da quarentena. O número representa 10% do segmento na capital fluminense e cerca de 7% das empreitadas do estado.

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Ainda de acordo com as previsões, pelo menos um terço não deve conseguir manter as atividades até o fim do ano. “Independentemente da data de reabertura (atualmente prevista para 2 de julho) nos preocupa muito as restrições impostas para a retomada, porque da maneira como a Vigilância Sanitária quer vai gerar uma falência em massa. A conta não fecha, os negócios não serão mensalmente rentáveis”, critica o presidente do SindRio, Fernando Blower. “O protocolo exige uma pessoa a cada quatro metros quadrados. Em geral, os estabelecimentos da cidade têm cerca de 20 metros quadrados, espaço que acomodaria cinco pessoas por vez. Que negócio consegue pagar as contas nestas condições? Fica insustentável”, argumenta.

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Ele cita ainda que, do total de endereços dedicado à gastronomia, metade está fechada e a outra metade, que opera no sistema de delivery, tem obtido entre 20 e 25% da receita total da era pré-pandemia. “A conclusão a que chegamos é que o modelo de entregas não tem sido a tábua de salvação que muitos imaginavam. Você tem um quarto do faturamento para pagar 100% da receita”, observa Blower.

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Nos últimos dias, empreitadas como o tradicional Mosteiro, no Centro, Zuka e Fellini resolveram encerrar as atividades. Some a isso endereços como Laguiole Lab, no MAM, Ráscal do Casa Shopping e do RioSul; Bráz Pizzaria, da Barra; Espírito Santa, em Santa Teresa; Puro, no Jardim Botânico; e Yeasteria, em Vila Isabel, para citar alguns exemplos.

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“Qual o sentido de ambulantes e shoppings poderem operar antes dos negócios de alimentação? Se já ficou comprovado que alimentos não transmitem o vírus, por que você pode comprar um sapato, mas não um sanduíche?”, questiona. “Estamos batalhando pela antecipação da reabertura dos bares e restaurantes, desde que se flexibilizem as regras, e por linhas de crédito no âmbito federal, além de programa de reparcelamento dos tributos, pois muita gente ficou devendo. Nossos encargos são muito altos”, diz Blower.

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Para facilitar a retomada, a ANR divulgou um protocolo de procedimentos de boas práticas nas operações de bares, restaurantes e lanchonetes no cenário pós Covid-19, que ainda não teve resposta da Vigilância Sanitária. Entre as sugestões estão o uso de máscaras e protetor facial durante o expediente, luvas descartáveis pelos consumidores ao se servirem em bufês, etc.

 

 

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