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Petição on-line pede permanência da Cobal do Humaitá

Lojistas começaram a receber avisos de despejo; fechamento iminente gera comoção nas redes

Por Cleo Guimarães
Atualizado em 24 ago 2020, 14h48 - Publicado em 24 ago 2020, 14h42
Cobal Humaitá
Cobal do Humaitá: 30% dos pontos comerciais do hortomercado estão fechados. (Facebook/Reprodução)
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Cariocas têm a sensação de que já viram este filme antes – mas desta vez a intenção é não aceitar passivamente o fechamento de mais um ponto tradicional da cidade. Quase 13 mil pessoas assinaram, até o fim da manhã desta segunda (24), a petição on-line que pede a permanência da Cobal do Humaitá no espaço ocupado pelo mercado desde 1971, na fronteira do bairro com Botafogo.

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O clima por lá é de incerteza quanto ao futuro desde que lojistas começaram a receber ordens de despejo enviadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), proprietária do espaço. Segundo Milene Bedran, presidente da Associação dos Empresários, a “retirada forçada” dos ocupantes seria o cumprimento de uma ameaça feita em 2019 por uma representante da Conab.

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“Numa reunião com com mais de 30 lojistas, ela disse com todas as letras que eles não tinham mais interesse em hortomercado e que era melhor a gente se preparar para o que viria pela frente”, afirma Milene. “Isso seria um crime com a cidade. A Cobal não pode deixar de existir, é um patrimônio carioca”.

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Comerciantes, que ainda ocupam 32 dos 85 espaços (“o resto está tudo fechado, jogado às traças”, diz) devem receber em breve a notificação para desocupá-los – a previsão é que isso ocorra ao final da quarentena, quando todos os oficiais de Justiça voltarem ao trabalho. A Conab informa que vem movendo ações de despejo ao longo dos anos por inadimplência e não esclareceu o que pretende fazer com o imóvel.

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Leia abaixo a íntegra da petição on-line:

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“Nós moradores do Humaitá, Botafogo e demais pessoas que se juntem ao nosso pleito, diante das notícias divulgadas pela grande mídia sobre a intenção do GOVERNO FEDERAL de se desfazer da Cobal Humaitá , vimos através deste, nos manifestar CONTRA A VENDA desse marco cultural e urbanístico do nosso bairro, que afetivamente consideramos o nosso quintal.”

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