Banca do André tenta juntar R$ 120 mil em vaquinha on-line para seguir aberta
Em cinco dias, campanha de financiamento coletivo arrecadou 20% da meta. As recompensas vão de cerveja a aulas de surf e violão
Conforme VEJA Rio informou na última semana, a banca do André, reduto de boêmios na Cinelândia, que em tempos pré-Covid promovia rodas de samba e encontros culturais com aglomerações festivas, está fazendo uma vaquinha on-line para seguir aberta, apesar da pandemia.
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O proprietário do espaço, André Breves, tinha decidido vender a banca mas, ao anunciar a decisão nas redes sociais, recebeu uma onda de apoio de clientes e amigos. Ele, então, mudou de ideia e, em parceria com o site de financiamento coletivo Benfeitoria, resolveu lançar uma campanha para, pelo menos neste primeiro momento, pagar as contas, garantir salários para o funcionário Matheus e para si mesmo, além de ter um dinheiro circulando em caixa.
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A primeira fase da campanha, lançada esta semana, pretende arrecadar R$ 120 mil. Até esta quarta (16), ele já tinha conseguido juntar quase R$ 25 mil, o que equivale a 20% do total. Ainda há mais 27 dias pela frente.
“Fiquei muito feliz com esse primeiro resultado. Os primeiros a apoiar foram amigos, mas espero que grandes empresas também possam entrar no financiamento, até para chamar mais atenção para a campanha”, diz André.
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Entre as recompensas para quem ajudar, estão cervejas da Three Monkeys (uma long neck para pessoas que contribuírem com R$ 50,00), moela da Casa Porto (para aquele que desembolsarem R$ 60,00), aulas de cavaquinho e violão (ajuda de R$ 150,00) e até uma roda de samba com moqueca cabixaba para vinte pessoas depois da vacina (cota de R$ 5 mil).
Durante a pandemia, o espaço se apoiou no iFood para vender produtos de tabacaria, o que corresponde a 10% do faturamento. A banca, no entanto, é aberta em alguns dias da semana, principalmente à tarde.
Para além da pandemia e da sobrevivência do negócio, André sonha com a revitalização da Rua Pedro Lessa, onde fica a banca, bem perto de uma das entradas da estação Cinelândia do metrô. “O Centro do Rio está abandonado, ainda há muitas empresas em home office, mas não vai ser assim para sempre. A longo prazo, precisamos ocupar culturalmente essa região. Tenho projetos nesse sentido”, conta o proprietário da banca.
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