Um adolescente de cerca 15 anos foi apreendido por policiais militares nesta terça (28) na Escola Municipal Manoel Cícero, na Gávea, por ter tentado esfaquear colegas. Contido por estudantes e funcionários, ele teve um corte no supercílio e precisou ser atendido no Hospital Miguel Couto, antes de ser levado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, para passar por audiência com um juiz. E poderá responder por fato análogo à tentativa de homicídio. Uma menina foi levada para o Instituto Médico-Legal para fazer exames de corpo de delito porque teria sido ferida próximo à axila esquerda. Mas, segundo a polícia, ela não foi cortada pela faca, e sim ficado com marcas da agressão. Uma professora teve uma queda de pressão e foi levada pelo Corpo de Bombeiros para uma unidade de saúde.
+ Após descumprir medida judicial, Cabral é absolvido em mais um processo
Os bombeiros foram acionados às 14h35 da terça (29) para o caso, registrado como agressão por arma branca. Segundo relatos, a diretora da escola foi o primeiro alvo do estudante, mas conseguiu se defender com uma mesa. Ele teria ainda tentado acertar uma aluna que estava perto, mas a faca acertou apenas a jaqueta dela. Um caderno em cima de uma mesa da sala de aula chegou a ficar com marcas de sangue. O adolescente teria ido, então, para outra sala, no mesmo corredor, e tentado esfaquear a barriga de outra aluna, mas foi dominado por pedreiros que trabalhavam no local.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
O secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, esteve na escola após o caso. Segundo ele, a diretora da unidade notou um comportamento estranho no agressor. “A diretora entrou na sala e viu uma movimentação diferente acontecendo, por parte dele. Esse aluno, assim que confrontado, negou qualquer coisa que estava acontecendo e, após isso, sacou uma faca“. Ferreirinha disse ainda que o estudante ingressou recentemente na escola da Gávea. Ele foi transferido de uma unidade de ensino em Ipanema após atacar um professor com ofensas racistas. O caso foi registrado na 14ª DP (Leblon) por injúria racial. “Sempre que observamos uma situação indesejada por parte de um aluno, temos um espaço para entender e adequar. Não foi percebida nenhuma postura que pudesse levar a um caso como esse”, disse o secretário.