Continua após publicidade

Miguel Pinto Guimarães lança livro de entrevistas; ou melhor, conversas

Arquiteto bateu papo com 44 personalidades de várias áreas, como Gilberto Gil, FHC, Sonia Guajajara, Regina Casé, Pedro Malan, Vik Muniz e Luciano Huck

Por Cleo Guimarães
Atualizado em 13 nov 2020, 17h29 - Publicado em 13 nov 2020, 17h03
Miguel Pinto Guimarães: conversas com os amigos são tão interessantes que ele decidiu fazer lives e transformou o material em livro  (Leo Aversa/Divulgação)
Continua após publicidade

O que você tem feito durante o isolamento social? O arquiteto Miguel Pinto Guimarães optou por usar o tempo em casa para continuar exercitando um de seus esportes favoritos: socializar, trocar ideias e bater papo com os amigos – gente como Luciano Huck, Gilberto Gil, Antonio Prata, Vik Muniz. Impedido de continuar a encontrá-los pessoalmente, Miguel, consciente de quão interessantes são essas conversas, decidiu democratizá-las e passou a fazer lives no Instagram.

Analu Prestes: “Teatro depende da presença, experiências on-line são uma nova arte”

São papos deliciosos e eu vi que outras pessoas também poderiam gostar”, diz. As entrevistas, algumas com humor, outras com um tom mais analítico, têm um ponto em comum: a informalidade. É papo de gente sem pé atrás, que esteve ali, na frente da tela do computador, para falar com Miguel sobre assuntos que muitas vezes fogem da sua área de atuação. Elas se deixaram levar, e o resultado pode ser conferido em “Quarenta e quatro em quarentena” (Intrínseca), um registro de tudo o que foi debatido de meados de março ao início outubro entre o arquiteto e seus convidados. Por telefone, Miguel concedeu a seguinte entrevista a VEJA RIO:

Pode-se dizer que se trata de um livro de entrevistas? Eu acho que mais do que entrevistas, são conversas. É uma troca, eu também dou as minhas opiniões, as minhas impressões. Não sou um jornalista, que tem que ficar isento enquanto entrevista. O papo com o Gregorio Duvivier e o Antonio Prata, por exemplo, foi mais ou menos como se a gente estivesse tomando um chope. Somos amigos há muito tempo. Com o Vik (Muniz) também. A gente sempre teve altos papos, nos conhecemos há séculos. Não são entrevistas formais mas têm muita informação, me preparei bastante antes de cada uma.

Brewteco chega ao Baixo Gávea com a missão de honrar o Hipódromo

Continua após a publicidade

Você conversou com 44 pessoas influentes de várias áreas, nem todas suas amigas. Ficou inseguro em algum momento, com alguém? Os economistas não me deixam relaxado porque eu não tenho tanto conhecimento desta área, então tentei buscar também assuntos que fossem além da economia. O Gustavo Franco, por exemplo, falou muito sobre Shakespeare, por quem ele é louco, apaixonado. Com o Francisco Bosco eu fiquei tenso porque ele é inteligente demais, faz muitas citações, fala de vários filósofos. Com ele eu realmente não consegui relaxar em momento algum.

‘Alienado!’, diz Zezé Motta, sobre Sérgio Camargo, da Fundação Palmares

Os papos não são entrevistas mas têm uma pegada jornalística, não? Tem muito assuntos quentes. Com o André Trigueiro, por exemplo, eu conversei logo depois da morte do Sirkis, que ele conhecia há muito tempo; a Flavia Oliveira e o Pitanga falaram sobre racismo estrutural no auge das manifestações pela morte de George Floyd. Todos os papos passam pela pandemia, mas tentei levar fatos e interesses ligados ao assunto dos entrevistados. E procurei também falar sobre questões que não são de suas áreas específicas de atuação.

Como funciona o golpe do almoço grátis

Continua após a publicidade

O Luciano Huck conversou contigo em abril, e você perguntou sobre uma possível candidatura dele a presidente, assunto que voltou com força agora. Sim. E eu acho que, no momento da entrevista, ele não pensava em ser candidato. Hoje em dia, lendo as notícias sobre isso, eu já acho que é uma possibilidade real.

+ Para receber VEJA Rio em casa, clique aqui

Todas as pessoas com quem você pretendia conversar estão no livro? Consegui todos os que eu quis, menos um: a Luiza Trajano (empresária, dona do Magazine Luiza). Tentei uma conversa com ela, mandei e-mail mas não obtive resposta. Adoraria ter feito.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.