Mais brechó, menos plástico: as dicas sustentáveis de Giovanna Nader

Apresentadora e ativista ambiental está lançando o livro Com Que Roupa?, com ações práticas para a adoção de um estilo de vida verde e consciente

Por Marcela Capobianco
Atualizado em 24 Maio 2021, 15h28 - Publicado em 24 Maio 2021, 11h51
Giovanna Nader sentada num banco de mandeira com uma das pernas em cima do móvel
Giovanna Nader: apresentadora e ativista ambiental lança livro com dicas de consumo sustentável (Theodora Duvivier/Divulgação)
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A apresentadora e ativista ambiental Giovanna Nader está lançando o livro Com Que Roupa?, pela editora Paralela, sobre consumo sustentável e dados – arrepiantes – sobre o mercado da moda atual.

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A pedido de VEJA Rio, a mineira de 35 anos listou dez dicas para quem quer reduzir o consumo e adotar uma postura mais responsável em relação ao meio ambiente, mas não sabe por onde começar.

Confira a seguir:

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1 – “Você precisa mesmo disso? Vivemos num sistema que nos faz consumir o tempo todo. E em grande parte das vezes compramos algo de que não precisamos tanto assim. Antes de ser tomada pelo impulso da compra, faça uma reflexão sobre suas motivações de compra e se realmente precisa daquilo na sua vida”.

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2 – “Abra a sua consciência para o universo dos usados: já existem coisas demais produzidas no mundo e podemos tranquilamente passar anos e anos vivendo com o que já existe. Isso vale para roupa, móvel, decoração, meios de transporte, eletrodomésticos. O produto usado, além de ser mais barato, é o que faz mais sentido no momento pois é circular e não agride o planeta, afinal ele já foi produzido”.

3 – “Reflita sobre o seu descarte: sinto um prazer enorme em separar meu lixo corretamente e dar a destinação correta a cada coisa. Resíduos orgânicos são compostados, já o lixo seco reciclado é destinado diretamente aos catadores. O lixo eletrônico, por exemplo, junto numa caixinha e levo no lugar correto. E as roupas são ressignificadas”.

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4 – “Diminua seu uso do plástico único: a sacolinha, o copinho descartável, a garrafinha de água, o garfinho, a colherzinha, o canudinho… São itens que usamos uma única vez e ficam no mundo pra sempre. Tenha a sua própria garrafa de água, um copo reutilizável ou uma ecobag sempre a mão”.

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5 – “Qualidade é melhor que quantidade: em vez de ter cinco blusinhas que vão se desgastar em poucas lavagens, é melhor optar por uma só, um pouco mais cara, que vai durar por anos a fio. Hoje em dia as coisas são feitas pra durar pouco, justamente para que compremos outro o mais rápido possível. Atente-se para a durabilidade e, assim, evite descartes desnecessários”.

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6 – “Informe-se: a emergência climática é um fato e o planeta, em breve, vai esquentar 1,5ºC o que tornará o mundo um lugar mais hostil. Isso já vai acontecer devido à ação inconsequente do ser humano sobre a natureza. Melhor do que fingir que isso não está acontecendo é saber o que fazer com essa informação. Temos que direcionarmos nosso olhar e estar abertos a expandir a consciência sobre o assunto. É um caminho sem volta”.

7 – Diminua drasticamente o consumo de carne: a maior parte do desmatamento no país – e no mundo – acontece por causa da criação de gado ou para plantação de soja que alimentar esses animais. Essa maneira de consumo já se tornou insustentável. Podemos, perfeitamente, manter uma alimentação rica baseada em grãos, legumes e verduras”

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8 – “Apoie o pequeno produtor: nosso consumo é um ato politico. Uma vez que o dinheiro é o que rege o mundo atual, então cabe a nós comprar do local, do pequeno e apoiar essa cadeia brasileira de produtores e criativos que queremos ver crescer mais e mais”.

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9 – “Descubra o segredo da terra: vale plantar ervinhas em algum espacinho do seu apartamento ou uma horta de verdade caso tenha mais espaço. Entender o tempo do plantio e o manuseio da terra é uma experiência enriquecedora. Fomos descolados dessa realidade e esse resgate nos conecta com a vida. É muito prazeroso ingerir um alimento que você mesmo plantou”.

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10 – “Prefira orgânicos sempre que possível: temos uma quantidade gigantesca de agrotóxicos nos alimentos convencionais. Por outro lado, temos uma cadeia de pequenos produtores agroecológicos que ainda é invisibilizada. Precisamos apoiá-la para que conquiste cada vez mais espaço”

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