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Caso Marielle: PGR denuncia irmãos Brazão, Rivaldo, ex-assessor e PM

Calixto da Fonseca foi preso pela Polícia Federal do Rio, enquanto Major Ronald já cumpria pena em prisão federal; os demais já estão presos desde março

Por Da Redação
9 Maio 2024, 18h43

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa pelo atentado, em 2018, contra a vereadora Marielle Franco, além de mais duas pessoas, presas pela Polícia Federal (PF) nesta quinta (9): Robson Calixto da Fonseca, o Peixe, que foi assessor de Domingos Brazão, e o policial militar Ronald Alves de Paula, o Major Ronald, apontado como ex-chefe da milícia da Muzema, na Zona Oeste. A peça foi entregue na última terça (7) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo a TV Globo.

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Os irmãos Brazão já estão presos desde o fim de março, assim como Rivaldo. Peixe, denunciado por organização criminosa, foi preso no Rio. Ronald, denunciado por participação no homicídio, já estava encarcerado em uma prisão federal, por homicídio e ocultação de cadáver. Em sua delação premiada, o ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso por matar a vereadora e o motorista Anderson Gomes, afirmou que Ronald participou do monitoramento de Marielle, o que foi confirmado, nas investigações, pelo cruzamento de sinais de torres de celular, registros de ligações e mapeamento de movimentações do PM. Lessa está detido na Penitenciária Federal em Campo Grande (MS) e decidiu colaborar com as investigações seis anos após o crime.

Robson não foi diretamente ligado aos homicídios da vereadora e do motorista, mas, segundo
as investigações, faz parte do grupo dos irmãos Brazão, apontados como mandantes do crime. No documento, a PGR também denuncia Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil, como mandante também do homicídio.

O contexto da execução de Marielle estaria, segundo a PGR, 100% inserido na obsessão pela exploração imobiliária em áreas dominadas pela milícia. Áreas nas quais os irmãos Brazão se fizeram e se fortaleceram política e financeiramente, de acordo com a conclusão da PGR. A denúncia da PGR considera provas decorrentes de dados de movimentação de veículos, monitoramento de telefones e triangulação de sinais de telefonia, além de oitivas de dezenas de testemunhas.

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A defesa de Domingos Brazão considera a narrativa acusatória uma hipótese inverossímil, amparada somente na narrativa do assassino confesso, sem apresentar provas que sustentem a
versão do homicida. Os advogados do deputado federal Chiquinho Brazão preferem não comentar o caso, porque ainda não tiveram acesso à denúncia. Os advogados de Rivaldo Barbosa consideram estranho o fato de nenhum dos investigados ter sido ouvido antes da denúncia da PGR, em total afronta a determinação judicial do STF, de oitiva dos investigados logo após a prisão. Mas também informaram que irão se posicionar oportunamente, tão logo tenham acesso ao teor da denúncia. A defesa de Ronald Paulo Alves Pereira diz que foi surpreendida pela informação da inserção de seu cliente, como acusado, no processo que apura a morte da vereadora Marielle e de Anderson, por considerar que inexistem provas contra ele. Já a defesa de Robson Calixto ainda não se manifestou.

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