Por que a prefeitura vetou shows de Bruno Mars em semana de eleição
A produtora do evento, Live Nation, anunciou que a venda dos ingressos para o show do dia 5 de outubro foi adiada, mas ainda não falou sobre o dia 4
Por
SEGUIR
SEGUINDO
9 Maio 2024, 15h55
Causou surpresa entre os fãs de Bruno Mars o anúncio do prefeito do Rio, Eduardo Paes, de que os shows do artista na cidade, previstos para os dis 4 e 5 de outubro (o primeiro, já com os ingressos esgotados) no Engenhão, não poderão acontecer nesta data.
A produtora do evento, Live Nation, anunciou, então, em suas redes, que a pré-venda e venda geral para a segunda apresentação, que foi divulgada após a primeira esgotar, foram adiadas. A empresa não se pronunciou ainda sobre o espetáculo do dia 4.
+ Golpe milionário: suspeitos de enganar viúva de colecionador são presos
Paes afirmou que a organizadora foi notificada no dia em que foi divulgada a apresentação do dia 4. Mesmo assim, realizou a venda de ingressos. “A prefeitura do Rio de Janeiro não deu e não dará a autorização para o referido espetáculo na semana das eleições. Se os avisos dados não foram suficientes, que essa publicação sirva para não se imaginar que vai se criar uma situação irreversível”, escreveu ele em suas redes sociais.
O processo eleitoral exige uma mobilização muito grande de servidores para acontecer. Isso se dá principalmente em relação às forças policiais e à Guarda Municipal. Imaginar que vai se fazer qualquer grande evento no Rio de Janeiro (diria até que no Brasil) às vésperas das…
— Eduardo Paes (@eduardopaes) May 8, 2024
Em seguida, o prefeito publicou um vídeo em que diz que “aqui não é casa da mãe Joana, não é terra de ninguém” e explica que não é possível realizar um evento desse porte às vésperas das eleições, porque o contingente de segurança estará todo comprometido não só na fiscalização no próprio dia da votação, mas nos dias que a antecedem.
Sobre o show do @BrunoMars pic.twitter.com/KIl5xwo6LR
— Eduardo Paes (@eduardopaes) May 9, 2024
“Na antevéspera, na véspera da eleição, na semana da eleição, dado as condições, é impossível garantir que dezenas de milhares de pessoas se desloquem à noite, de madrugada até o Engenhão, com esquema de segurança e ordenamento urbano adequados, devido ao processo eleitoral, que acontece a partir da manhã de domingo, poucas horas após o show. Não precisa ser nenhum gênio para compreender isso”, mandou.
Ele ainda fez uma terceira postagem, contando que havia recebido uma notificação sobre venda de ingressos para o show pelo aplicativo de seu banco e afirmando que iria acionar a policia e os órgãos de defesa do consumidor. “Estão vendendo o que não podem entregar. Nesses dias não acontecerá o show no Rio de Janeiro. E mesmo assim insistem em vender”, disse Paes.
+ Socialite Regina Gonçalves não paga condomínio e IPTU há 20 meses
Com o aviso do adiamento das vendas do show do dia 5 de outubro, a Live Nation afirmou também que trabalhará “em estreita colaboração” com o gabinete do prefeito para encontrar uma solução para os fãs. “Todas as informações de pré-venda e venda serão divulgadas em breve junto com atualizações sobre as datas do evento”, diz o comunicado.
Paes, então, compartilhou a públicação da empresa, adicionando um comentário. “Estão começando a entender. Aqui tem respeito aos cidadãos e ao processo eleitoral. E tem comando também. Não é terra de ninguém. Tenho certeza de que Bruno Mars virá ao Rio para alegria de seus muitos fãs. Só que na data oportuna”, frisou.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Asilo é passado: cariocas 60+ contam com opções de residência 5 estrelas
Pré-estreia: novo Canecão só abre em 2026, mas tem programação até lá
BarraShopping complica a vida de motoristas e recebe chuva de críticas
A proposta do governo para retomar as obras da estação Gávea do metrô
Bons ventos: o tradicional Marimbás elege a primeira comodora do Brasil
