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Ribalta virtual: sete peças de teatro para assistir sem sair de casa

Herson Capri e Leandro Luna estrelam A Vela ao vivo nesta quinta (19). O grupo Os Satyros cria versão digital de aclamado espetáculo

Por Marcela Capobianco
Atualizado em 20 ago 2021, 11h25 - Publicado em 17 ago 2021, 17h16
A Vela: o reencontro de um pai preconceituoso com o filho drag queen (Caio Gallucci/Divulgação)
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Como a variante Delta do novo coronavírus vem colocando “água no chope” de quem tinha planos para voltar a uma vida parecida com o que existia até meados de março de 2020, os espetáculos on-line seguem sendo uma ótima opção para se divertir em casa, em segurança.

Confira, abaixo, as opções.

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Pão e Circo.

Pedro Henrique Monteiro, vestido de goleiro, com uma bola na mão
Pão e Circo: traumas de um goleiro no palco virtual (Beto Roma/Divulgação)

Dirigido por Isaac Bernat, Pedro Monteiro interpreta Edu, um goleiro campeão que resolve mudar de vida depois de uma partida histórica. O futebol é, na verdade, pano de fundo para abordar o abandono parental e as cicatrizes causadas por esse trauma.

Sex. a dom., 18h. R$ 20,00. Ingressos e acesso pelo sympla.com.br. Até 3 de outubro.

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A Vela.

Herson Capri e Leandro Luna no palco, sentados à mesa, com uma vela no meio do móvel
A Vela: peça com Herson Capri e Leandro Luna expõe machismo e preconceito (Caio Gallucci/Divulgação)

O solitário professor Gracindo (Gerson Capri) está de mudança para um asilo quando é surpreendido pela visita do filho gay que expulsou de casa há vinte anos. Cadu (Leandro Luna) agora é a drag queen Emma Bovary, para o choque ainda maior do pai. Em meio a uma queda de energia, os dois têm apenas o tempo de uma vela para acertar as contas. A direção é de Elias Andreato.

Transmissão ao vivo na quinta (19), às 20h30, pelo canal do YouTube do Teatro Claro Rio. Grátis. O vídeo fica disponível até 3 de setembro.

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Pessoas Perfeitas.

Dois atores em cena, com os rostos pintados e maquiados
Pessoas Perfeitas: premiada peça do grupo paulista Os Satyros ganha versão on-line (Andre Stefano/Divulgação)

Vencedora dos prêmios APCA (melhor espetáculo) e Shell (melhor texto), a aclamada peça da companhia paulista Os Satyros ganha versão on-line a partir desta sexta (20). O espetáculo foi construído a partir de entrevistas com moradores da cidade e gira em torno de questões familiares e solidão. O trabalho integra A Trilogia das Pessoas, série de montagens inspirada em personagens anônimos de São Paulo, sede do grupo.

Sex. e sáb., 21h. Dom., 20h. Grátis. Ingressos e acesso pelo sympla.com.br. Até 10 de outubro.

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Helena Blavatsky, A Voz do Silêncio.

Bete Zalcman no palco como Helena Blavatsky
Helena Blavatsky: monólogo mostra o último dia pensadora russa (Marlon Maycon/Divulgação)

A atriz Beth Zalcman encarna a escritora russa que confrontou correntes ortodoxas da ciência e influenciou nomes como Einstein e Gandhi. No último dia de vida, a intelectual revisita memórias e se depara com as consequências de suas escolhas. O texto do monólogo é assinado por Lucia Helena Galvão e a direção fica a cargo de Luiz Antonio Rocha.

Estreia no domingo (22). Ter., 20h e dom., 19h30. A partir de R$ 30,00. Ingressos e acesso pelo sympla.com.br. Até 28 de setembro.

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Te Falo com Amor e Ira. 

Branca Messina sobre uma cadeira, de lado
Te Falo com Amor e Ira: monólogo com Branca Messina analisa a relação homem-mulher (Ana Alexandrino/Divulgação)

O experimento cênico on-line da atriz Branca Messina ganhou segunda temporada este mês. O texto, escrito a quatro mãos por Branca e pela diretora Fernanda Bond narra o encontro de uma mulher e um homem através de uma videochamada. A relação atravessa dimensões de tempo e espaço e expõe as engrenagens das relações homem-mulher ao longo da história.

Seg., 21h. Grátis. Acesso pelo canal do YouTube da peça. Até 30 de agosto. 

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Filho Homem.

Ator com uma peça perto dos olhos
Filho Homem: monólogo suscita discussão sobre homofobia e machsimo dentro de casa (./Divulgação)

O monólogo estrelado pelo ator Bernardo de Assis tem a forma de um documentário ficcional que aborda as diferenças e proximidades entre dois irmãos. Um deles é criado para ser homem e o outro para ser mulher. Assis, que também assina o texto, afirma que o intuito do experimento é incentivar o público a consumir e a debater sobre temas importantes, como homofobia e machismo.

Sáb. (21), 19h. Grátis. Acesso pela Sympla. Haverá debate após o espetáculo. 

Anjo Negro.

Ator negro e atriz branca na cama
Anjo Negro: Deo garcez e Joana Lima Silva em cena (Flávio Colker/Divulgação)

Baseada no texto de Nelson Rodrigues, a tragédia grega ambientada no Rio mescla teatro e cinema, com trechos ao vivo e intervenções em vídeo, traz à tona o racismo estrutural. O ponto de partida é o velório de uma criança negra morta de forma misteriosa. Os pais do garoto são um problemático casal: Ismael, médico negro, e Virgínia, mulher branca que é mantida pelo marido em cárcere privado. Ao longo da peça, o suspense vai sendo revelado e outros conflitos humanos vão aparecendo. A direção é de Antonio Quinet.

Dom. (22), 13h30. Grátis. Acesso pelo canal do YouTube do Festival de Inverno de Campina Grande. Haverá um debate após a apresentação.

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