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Os dez blocos de rua mais descolados do Rio

Entre eles está o reduto de malhados Bunytos de Corpo e o selvagem Amigos da Onça

Por Renata Magalhães
Atualizado em 16 fev 2017, 18h55 - Publicado em 15 fev 2017, 17h02

1- Ilha da fantasia. Cercado de mistério, o delicioso cortejo com ares de antigamente do bloco Pérola da Guanabara leva foliões animados e fantasiados ao sossego de Paquetá. Tradicionalmente, o desfile passa pela Praia da Moreninha e chega à Praça São Roque. A farra começa já no trajeto da balsa que leva os músicos e o público da Praça Quinze à bucólica ilha. A produção faz segredo, mas, segundo a Riotur, o bloco deve sair no sábado (18), com concentração às 16h.

2- No ritmo do maracatu. Criado em 2012 por alunos do percussionista pernambucano Alexandre Garnizé, o Tambores de Olokun tem como referência a tradição do maracatu. O bloco encanta pela qualidade da batucada, feita sem amplificação. Neste domingo, 12, às 16h, há uma espécie de ensaio aberto perto da Igreja do Rosário (Rua Uruguaiana, 77, Centro). No sábado (18), a partir das 16h, o conjunto se concentra, mas não sai, no Aterro, na altura do Boteco Belmonte (Praia do Flamengo, 300). Aviso: vai haver bis, na mesma hora e local, no dia 4 de março.

3- Na raça e na vontade. Criado em 2006, o Cordão do Boi Tolo surgiu do encontro de foliões do Cordão do Boitatá: eles chegaram fantasiados a um desfile que acabou não acontecendo naquele ano. Hoje, é reconhecido como um dos blocos de maior fôlego no Carnaval carioca. A folia com duração de rave, levada sem o apoio de carros de som, costuma atravessar o dia inteiro e chegar à madrugada do dia seguinte. O bloco, que não é oficial, ainda não confirmou o local de saída, mas tradicionalmente se concentra no domingo de Carnaval, dia 26, de manhã cedo, antes de fazer seu passeio pelo centro histórico.

4- Dissidência. Setenta integrantes de variados blocos cariocas uniram forças no ano passado e, já na estreia, conquistaram os foliões com repertório que embola clássicos do axé e do samba-reggae dos anos 80 e 90, funk da antiga e marchinhas eternas. Em 2016, o Vem Cá, Minha Flor ocupou os pilares do MAM. Neste Carnaval, como é praxe em um bloco descolado, o local e a data só serão divulgados em cima da hora, pelas redes sociais e no site https://www.vemcaminhaflor.com. Até lá, para quem quiser se enturmar, há ensaio na Praça Paris, sempre às quartas, a partir das 19h30.

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5- Luz própria. A BananoBike é uma bicicleta dotada de vistoso equipamento de som e luz. A bordo desse acontecimento sobre rodas, a banda carioca Biltre animou o Carnaval de 2013, em concentrações de foliões moderninhos, a exemplo do Bunytos de Corpo e do Viemos do Egyto. Deu tão certo que o grupo lançou o próprio bloco, o Minha Luz É de LED. Sucessos do tecnobrega e fantasias iluminadas embalam o desfile, que acontece no dia 23. Como eles são moderninhos, você vai ter de dar duro nas redes para descobrir local, trajeto e horário. UPDATE: a produção ainda não divulgou mais detalhes por ainda estar em negociação com a prefeitura, mas tudo será devidamente informado com antecedência nas redes sociais para ninguém perder o bloco.

6- Selvagem. Não confunda com o histórico Bafo da Onça, fundado no Catumbi, no ano da graça de 1956: o Amigos da Onça surgiu em 2008 e, mais heterodoxo, abriga no repertório de marchinhas a axé music, passando por Mamonas Assassinas e Tim Maia. Uma orquestra de sopros e percussão segue a co­reo­grafia da comissão de frente, toda fantasiada de onça — mas, como o nome sugere, valem fantasias de amigos felinos, como leão ou tigre. O cortejo-surpresa, em geral de madrugada, ainda tem data e local desconhecidos. Fique atento às redes sociais.

7- Elas em foco. O Multibloco surgiu em 2008, a partir da iniciativa dos sócios e funcionários da Editora Multifoco, na Lapa. Liderada pelos músicos Thaís Bezerra e Lino Amorim, a bateria escolhe um tema a cada ano. No próximo cortejo, serão homenageadas as mulheres da música brasileira. Prepare-se para cantar em coro sucessos de Elis Regina, Maria Bethânia, Elza Soares e da caçula Karol Conka. Dia 25, 10h, Rua do Senado (altura da Rua Dídimo).

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8- Brasil com o Egito. Como em Ralando o Tchan, antigo hit do grupo baiano de Carla Perez, Compadre Washing­ton e cia., a cultura do Egito Antigo encontra a axé music no bloco Agytoê. A galera capricha na maquiagem à moda de Cleópatra para participar do desfile, que costuma acontecer na terça-feira gorda. Segundo a produção, para descobrir hora e lugar, é preciso desvendar o enigma da esfinge. Dica: alguma pista há de encontrar quem comparecer, no sábado (18), ao ensaio na Praça Marechal Âncora, a partir das 13h. UPDATE: O desfile já foi confirmado pela produção no dia 28, ainda sem horário.

9- Seu cabelo não nega, Chewbacca. Foliões cinéfilos decidiram misturar duas paixões no bloco Quero Exibir Meu Longa. As composições fazem alusão a grandes personagens da tela grande, as melhores fantasias concorrem ao prêmio Longa de Ouro e a musa carnavalesca é eleita Lady Incentivo. Na ausência de cinemas de rua na Tijuca, o bloco exibe sua produção em via pública: o desfile acontece no dia 28, às 11h, na Praça Gabriel Soares. Antes, neste domingo, 12, às 16h, há ensaio grátis na quadra do Raízes da Tijuca (Rua Potengi, s/nº).

10- Flashdance. As polainas de Jane Fonda, pioneira musa fitness, servem de inspiração para os adereços usados no desfile do Bunytos de Corpo. Criado em 2010, no Recife, o bloco trazido dois anos depois para o Rio, pelo produtor cultural Gigante César, brinca com os vídeos de malhação lançados pela atriz americana na década de 80. A trilha sonora, garantida por uma bicicleta adaptada como carro de som, mistura pop dos anos 90 com bandas como É o Tchan!. A cereja do bolo moderninho é a de sempre: o lugar exato do desfile, no Centro, e a data ficam em segredo até as vésperas do grande dia. Olho nas redes.

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