Oi Futuro recebe instalação com os sons da Amazônia
Projeto faz parte da programação do festival Novas Frequências e promete transportar o público para o universo sonoro da floresta
Os sons da floresta amazônica vão invadir o Oi Futuro a partir desta quarta (3), em uma instalação do projeto MIHNA — Museu Imaginário de História Natural da Amazônia, dos artistas e pesquisadores Bruno Garibaldi, Gabriel Verçosa e Luisa Puterman. O trabalho faz parte da programação da 11ª edição do festival Novas Frequências e vai ocupar a galeria 3, no quinto andar do espaço cultural.
+ Trem do Samba e Feira das Yabás: o samba de volta a Madureira
O cenário tem apenas marcações no chão, ao estilo do filme Dogville, de Lars Von Trier: é por meio do universo sonoro da floresta que se dá a imersão do público. “Uma das coisas mais legais do MIHNA é a forma como ele se relaciona com a Amazônia. Especialmente aqui, não é o campo visual o que interessa. A cenografia, por exemplo, é mínima, quase inexistente. Toda a cor, toda a ‘ação’, digamos, da obra, se dá através do som, via fones de ouvido”, explica o curador do Novas Frequências, Chico Dub.
+ Helio de la Peña se apresenta em Ipanema: “O brasileiro está precisando rir”
Essa simplicidade em termos visuais é também um trunfo do MIHNA, como observa Chico Dub. “Outro aspecto fascinante deste museu imaginário e sonoro é que ele é errante. Ele é um Museu site specific que pode compartilhar sua coleção, literalmente, em qualquer lugar. De centros culturais, galerias e museus, a praças públicas, escolas, salas de concerto e lugares inusitados”, analisa ele.
+ Eles voltaram: os shows da retomada da Fundição Progresso
A sala Coleção de insetos traz histórias e ultrassons de de abelhas, borboletas e formigas, que tiveram suas vozes amplificadas. Já Noite reproduz canções e outros sons noturnos da selva. Soja constrói uma narrativa polifônica sobre produção de alimentos, floresta e clima. Rio Negro reúne histórias sobre o ciclo da água e sua função a partir de uma perspectiva local, global e mitológica. E Torre conta a importância desse ecossistema para o equilíbrio climático no planeta.
Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo. Terça a domingo, 11h/20h. Grátis.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui