O teste dos museus do Rio

Avaliamos os 25 principais centros culturais da cidade em quesitos que vão da conservação das instalações ao atendimento dispensado aos visitantes

Por Rafael Teixeira e Cibele Reschke
Atualizado em 2 jun 2017, 12h38 - Publicado em 25 abr 2015, 01h00
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Infográfico (Felipe Fittipaldi/)
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Entre as inúmeras iniciativas que fazem parte do calendário de  comemoração dos 450 anos do Rio está um programa, lançado há duas semanas, que se propõe a atrair os cariocas aos museus e aos centros culturais da cidade. A ideia é estimular a população a frequentar as 43 instituições participantes, quase todas dotadas de portentosas coleções de arte ou de objetos históricos. Para isso, criou–se um passaporte que garante o acesso gratuito às galerias de exibição e, ao mesmo tempo, permite ao usuário colecionar o carimbo dos locais por onde passa. “Nossa aposta é na promoção da rede como um todo, na formação de público, atraindo sua atenção para os lugares menos conhecidos por meio do interesse natural pelos mais famosos”, avalia Vera Mangas, coordenadora do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que lançou a iniciativa em conjunto com a prefeitura.

Os museus e os centros culturais do Rio vivem uma espécie de paradoxo. Contamos com opções que não fazem feio diante de congêneres internacionais, com exposições de primeiríssima linha e um assombroso afluxo de público, categoria em que se enquadram o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e o Museu de Arte Moderna (MAM). Há ainda as instituições que possuem instalações novíssimas, recursos modernos, conforto e são capazes de garantir cultura e diversão para toda a família, como é o caso do Museu de Arte do Rio (MAR) e da Casa Daros, ambos inaugurados em 2013. Ao mesmo tempo, temos complexos monumentais, com acervos gigantescos e de relevância inquestionável, mas que se veem cronicamente acometidos pela falta de verbas e com dificuldade para conservar seu inestimável patrimônio, situação em que se encontram o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, e o Museu Nacional de Belas Artes, ambos pertencentes ao governo federal.

Na última semana, a reportagem de VEJA RIO esmiuçou os 25 museus e centros culturais mais importantes da cidade. Foram analisados aspectos como qualidade da programação, apuro na montagem das exposições, preparo da equipe, serviços adicionais, conservação e facilidade de acesso. O panorama encontrado é tão heterogêneo quanto os lugares visitados. Alguns problemas, no entanto, são frequentes mesmo em grandes museus, como a carência de informações ou de funcionários bilíngues e sinalização deficiente. “Museus são as âncoras de uma comunidade. Ao preservá-los e protegê-los, ajudamos a sociedade a entender melhor e apreciar a diversidade cultural”, avalia Julie Hart, diretora da American Alliance of Museums, organização que congrega 21 000 instituições nos Estados Unidos. Esperamos que o levantamento publicado nas próximas páginas estimule os cariocas a embarcar nessa fascinante viagem pela cultura e pela história.

PROGRAMAÇÃO

O APELO DAS GRANDES MOSTRAS

Programação instigante e bem estruturada é a principal estratégia das instituições campeãs de visitação na cidade

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Se o conceito de qualidade artística traz em si uma grande dose de subjetividade, os números são frios: desde 2011, quando a mostra O Mundo Mágico de Escher, no CCBB, se tornou a mais vista do mundo, o centro cultural vem realizando pelo menos uma exposição por ano em que o público ultrapassa 500 000 visitantes. A mais recente, em 2014, foi uma individual de Salvador Dalí, que atraiu 978 000 pessoas. O marco do CCBB, porém, é anterior: em 2001, por ocasião de uma coletiva dedicada à arte surrealista, pela primeira vez a instituição recebeu filas que davam a volta no quarteirão. De lá para cá, o endereço tem alternado nomes canônicos — neste ano, já recebeu Kandinsky e ainda terá Picasso — e autores menos conhecidos, mas ainda assim relevantes, como o chinês Cai Guo-Qiang e o inglês Antony Gormley. “O ecletismo da programação sempre foi uma das nossas principais metas. Exibindo grandes artistas, promovemos também os menores”, diz Marcelo Mendonça, gerente-geral da unidade carioca do CCBB. Nesse sentido, instituições que contam apenas com exposições permanentes — geralmente com um acervo muito específico, voltado para um tema em especial, caso do Museu Aeroespacial ou da Casa de Rui Barbosa — padecem de rotatividade: a sensação é que apenas uma visita basta para conhecer tudo no lugar. Lacunas na programação, como ocorre atualmente na Caixa Cultural, sem uma mostra desde o fim de março, também desestimulam o público.

ATENDIMENTO

A ARTE DE TRATAR BEM

Mais da metade das instituições apresentou problemas de atendimento. A Casa Daros é uma exceção

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Em uma cidade que, de maneira geral, sofre com a carência de mão de obra qualificada, a Casa Daros é um oásis de excelência. O alto investimento na reforma do casarão do século XIX que sedia a instituição, de cerca de 67 milhões de reais, visivelmente também se aplica ao atendimento. Detalhes ínfimos como um bom-dia dado pelo segurança ou um sorriso da moça responsável pela chapelaria compõem um quadro em que o visitante se sente acolhido. A equipe da instituição conta com aproximadamente 100 funcionários, 50% deles contratados diretos e os demais terceirizados. “Oferecemos treinamentos semanais aos nossos empregados, não apenas àqueles que lidam com o visitante como os das áreas administrativas. Eles percorrem as exposições, conhecem o que está sendo feito, e, assim, conseguem se identificar com o trabalho. Os empregados indiretos também passam por programas de capacitação toda semana”, diz Maria Luiza Sacknies, gerente de comunicação da Casa Daros. Curiosamente, as visitas realizadas por VEJA RIO demonstraram que a qualidade das equipes não está necessariamente associada ao porte da instituição. Enquanto na Casa de Rui Barbosa, por exemplo, todos os funcionários se mostraram atenciosos e preparados, no CCBB parte dos profissionais revelou desconhecimento das exposições em cartaz e dos serviços oferecidos pelo espaço.

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ACESSO

TÁXI, METRÔ, ÔNIBUS OU CARRO?

Museus afastados ficam em desvantagem na atração de visitantes

Entre os diversos fatores que podem arruinar um programa cultural, um deles se impõe antes mesmo de sair de casa: o acesso ao lugar. Instituições atendidas por transporte público, táxis e com estacionamento têm vantagem na preferência das pessoas. Por reunir todas essas facilidades e estar fora da zona de obras do centro da cidade, o Oi Futuro Flamengo obteve a melhor avaliação. “Nas pesquisas de satisfação que fazemos com os visitantes, a questão do acesso é um dos pontos mais elogiados”, diz Roberto Guimarães, diretor de cultura da casa. Museus afastados, sem opção de linhas de ônibus e com deslocamento por trajetos mal sinalizados, têm o prestígio comprometido. Com acervo de mais de 100 aviões históricos, o Museu Aeroespacial, no Campo dos Afonsos, Zona Oeste, é um exemplo de local que, pela distância e pela dificuldade para chegar lá, acaba esquecido nos programas de cariocas e turistas.

CONSERVAÇÃO

CONFORTO PARA OS VISITANTES

Instituições com instalações exemplares convivem com construções obsoletas e com equipamentos precários

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Símbolo da revitalização da Zona Portuária da cidade, o Museu de Arte do Rio consumiu 80 milhões de reais na restauração completa de dois edifícios: o eclético Palacete Dom João VI e seu vizinho, um antigo terminal rodoviário. O resultado do trabalho é nítido em cada aspecto da infraestrutura do museu. As filas da bilheteria são organizadas, o guarda-volumes surge imediatamente após a compra do ingresso, os elevadores (cujo acesso é orientado por funcionários) são novos e há boa disponibilidade de bebedouros. No que diz respeito à acessibilidade para deficientes, o MAR brilha: rampas em todos os ambientes, banheiros apropriados para cadeirantes, faixas em alto-relevo no chão para orientação de cegos e informações em braile garantem a democratização do espaço. “O MAR já foi idealizado segundo padrões internacionais de qualidade que se adéquam à proposta de oferecer um equipamento de primeira linha”, explica Carlos Gradim, presidente da instituição. Tal apreço pela conservação do espaço não é percebido em alguns museus de grande valor histórico. A beleza da arquitetura do Museu Nacional e da paisagem da Quinta da Boa Vista, onde está localizado, contrastam tristemente com a decrepitude do edifício, a começar pelas paredes, com pintura descascada ou esmaecida. Escadas de mármore exibem degraus lascados e há banheiros interditados ou com instalações quebradas. Alguns endereços, em construções antigas, são inacessíveis a deficientes, caso do Museu Internacional de Arte Naïf. Outros, como o Museu da República, até enfrentaram o problema e construíram um elevador, mas este não funcionava no dia da visita.

SERVIÇOS

PARA ALÉM DAS GALERIAS

Quase metade das instituições tem loja de suvenires e de livros

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Uma mostra pode trazer um artista expressivo, com obras relevantes dispostas com apuro e planejamento. Mas a experiência de visitar um museu ou centro cultural não se resume (ou não deveria se resumir) ao espaço expositivo em si. Livrarias, lojas de obras de arte e suvenires, cafeterias, restaurantes e até a paisagem do entorno compõem o programa. Nesse quesito, a cidade tem uma série de instituições exemplares: Paço Imperial, Casa Daros, MAR, Museu Histórico Nacional e Instituto Moreira Salles são algumas delas. A oferta de atrações além das obras exibidas, porém, é especialmente interessante no MAM. Já no térreo, em frente à bilheteria, há uma livraria focada em títulos de arte, que também vende os catálogos das exposições. No lado oposto à entrada do museu, há uma loja de design que tem como anexo uma cafeteria pertencente ao sofisticado restaurante do 2º andar, o Laguiole. Coroando tudo, a feliz associação entre o projeto arquitetônico de Affonso Reidy e os jardins de Roberto Burle Marx. “Nossa ambição é oferecer ao público um serviço completo”, afirma Carlos Alberto Chateaubriand, presidente do MAM. Se em museus de menor porte é compreensível a ausência de outras atrações além das galerias, em estabelecimentos reputados isso é especialmente decepcionante. O Museu Nacional de Belas Artes e a Caixa Cultural são dois dos endereços em que, percorrida a exposição, só resta ir para casa.

AMBIENTE

INFORMAÇÃO COM ORGANIZAÇÃO

Contextualizar as mostras para o público é quase tão relevante quanto as obras em si — uma regra que poucos seguem

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Um artista de ponta e um acervo relevante são um bom começo para tornar uma exposição bem-sucedida. Mas, sem uma boa montagem, todo o esforço inicial provavelmente pareça em vão. Nos últimos anos, a atuação do Instituto Moreira Salles, na Gávea, tem sido exemplar nesse quesito. Localizada em um imóvel originalmente residencial, a instituição adapta suas exibições a espaços que não foram pensados para tal finalidade. Atualmente, há três mostras em cartaz e todas têm ambientação própria, iluminação impecável, textos claros e legendas precisas, em português e inglês. O percurso pelas mostras flui com naturalidade. “O que singulariza o instituto é que ele tem certo grau de autonomia na montagem das exposições, característica que conquistou por meio de diálogos constantes com os artistas”, diz Flávio Pinheiro, superintendente executivo do IMS. Na outra ponta, ficam os espaços que, mesmo dedicados a nichos específicos, nem sempre contextualizam adequadamente a importância do acervo exibido. No Museu Internacional de Arte Naïf, por exemplo, faltam explicações mais detalhadas sobre o movimento que ele se propõe a apresentar. Há ainda casos de problemas de planejamento, como o do Museu da Chácara do Céu, no qual obras de Jean-Baptiste Debret, de valor histórico imensurável, ficam armazenadas em gavetas que dificultam sua apreciação.

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AVALIAÇÃO DE CADA UM

Confira o desempenho, as principais atrações e os problemas de cada museu detectados no teste

<o>  O que ver

>>    Atenção

CASA DAROS * * * * *

Rua General Severiano, 159, Botafogo, ☎ 2138-0850. Inteira: 14 reais

<o> Está em cartaz Made in Brasil, a primeira mostra da instituição dedicada exclusivamente a artistas brasileiros.

>> Os produtos ofertados na loja podem ter preços salgados.

INSTITUTO MOREIRA SALLES * * * * *

Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea, ☎ 3284-7400. Grátis.

<o> Em A Cor Americana, 172 obras de William Eggleston estão reunidas na maior exposição do trabalho do fotografo já realizada no mundo.

>> O local é de difícil acesso por transporte público.

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL (CCBB) * * * *

Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. Grátis.

<o> Uma retrospectiva com mais de 100 obras do mineiro Carlos Bracher ocupa o primeiro piso.

>> Os funcionários nem sempre sabem informar os visitantes sobre os detalhes da programação.

MUSEU CBF EXPERIENCE * * * *

Avenida Luis Carlos Prestes 130, Barra da Tijuca, ☎ 3572-2006. Inteira: 22 reais.

<o> Mais de 200 troféus de vitórias da seleção brasileira estão em exibição, entre eles réplicas das cinco taças das Copas do Mundo que o Brasil levou.

>> O preço do ingresso é o mais elevado entre os cobrados em todas as instituições visitadas e a cafeteria deixa a desejar.

MUSEU DE ARTE DO RIO * * * *

Praça Mauá, 5, Centro, ☎ 3031-2741.Inteira: 8 reais.

<o> A mostra Rio — Uma Paixão Francesa traz uma seleção de75 fotografias sobre a cidade, provenientes de acervos renomados da França como o Centro Georges Pompidou.

>> As obras de revitalização da região portuária dificultam o acesso ao museu.

MUSEU DE ARTE MODERNA DO RIO DE JANEIRO * * * *

Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, ☎ 2240-4944.Inteira: 14 reais.

 <o> A exposição Poucas e Boas…! exibe uma coleção de obras internacionais do acervo do MAM.

 >> A sinalização para chegar às instalações do edifício é insuficiente.

CASA FRANÇA-BRASIL * * *

Rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro, ☎ 2332-5120. Grátis.

<o> A exposição Tombo, de Rodrigo Braga, retrata a relação entre as palmeiras- imperiais e a história do Brasil

>> O restaurante da casa encontra-se fechado..

CENTRO  CULTURAL DOS CORREIS * * *

Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro, ☎ 2253-1580. Grátis.

 <o> Uma galeria de obras do pintor francês Jean Baptiste-Debret retrata fatos históricos e o cotidiano do Rio no século XIX.

>> Catálogos são distribuídos somente em ocasiões específicas.

FUNDAÇÃO CASA DE RUI BARBOSA * * *

Rua São Clemente, 134, Botafogo, ☎ 3289-4600.Inteira: 2 reais.

 <o> A biblioteca de Rui Barbosa armazena uma coleção de 37 000 volumes, mantidos na disposição original, montada pelo próprio diplomata.

>> A casa e o jardim passam por reforma.

FUNDAÇÃO EVA KLABIN * * *

Avenida EpitácioPessoa, 2480,Lagoa, ☎ 3202-8550.Inteira: 10 reais.

 <o> O closet de Eva Klabin, que exibe vestidos de festa e outros utensílios de uso pessoal da colecionadora de arte.

 >> A visita não conta com o apoio de legendas explicativas do acervo, o que torna fundamental a presença de um guia.

MUSEU AEROESPACIAL * * *

Avenida Marechal Fontenelle, 2000, Campo dos Afonsos, ☎ 2108-8954. Grátis.

<o> Réplicas do Demoiselle e do 14 BIS, de Santos Dumont, podem ser vistas no salão Velhas Graças.

>> O museu está localizado dentro do Campo dos Afonsos, distante do centro, e a sinalização para encontrá-lo é precária.

MUSEU BISPO DO ROÁRIO * * *

Estrada Rodrigues Caldas, 3400, Edifício Sede, Taquara, ☎ 3432-2402. Grátis.

<o> A cela onde viveu Bispo do Rosário, artista que dá nome ao museu, na Antiga Colônia Juliano Moreira.

>> As visitas à cela e ao setor histórico demandam longas caminhadas.

MUSEU HISTÓRICO NACIONAL * * *

Praça Marechal Âncora, s/nº, Centro, ☎ 3299-0324. Inteira: 8 reais.

<o> Coleção de 29 carruagens, transporte que teve amplo uso na cidade do Rio de Janeiro a partir da chegada da corte portuguesa, em 1808.

>> Apesar de estar em uma área central, o acesso é difícil por transporte público. Melhor ir de carro.

OI FUTURO FLAMENGO * * *

Rua 2 de Dezembro, 63, Flamengo, ☎ 3131-3060. Grátis.

<o> Vídeos da artista contemporânea finlandesa Eija-Liisa Ahtila estão expostos pela primeira vez no Brasil.

>> Apesar de ter um projeto premiado em concursos de arquitetura, suas escadas de vidro podem assustar visitantes.

PAÇO IMPERIAL * * *

Praça XV de Novembro, 48, Centro, ☎ 2533-4359. Grátis.

<o> Está em cartaz até junho uma coleção de obras de Paulo Roberto Leal (1946-1991) que retrata 25 anosda carreira do artista carioca.

>> Não há ar-condicionado na sala da galeria permanente, que conta a história do palácio.

CAIXA CULTURAL * *

Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, ☎ 3980-3815. Grátis.

<o> A instalação educativa Armorialidades: da Heráldica à Cultura Popular exibe elementos que compõem >> o trabalho do artista pernambucano Ariano Suassuna. 

A instituição não tem outras exposições em cartaz no momento.

CENTRO CULTURAL JUSTIÇA FEDERAL * *

Avenida Rio Branco,241, Centro, ☎ 3261-2550. Grátis.

<o> O espaço faz valer sua amplitude —atualmente, há seis exposições em cartaz por lá, sendo três de fotografia.

>> Com as obras na Avenida Rio Branco, evite ir de carro. A dica é pegar o metrô até a estação Cinelândia, que tem uma saída bem próxima ao CCJF.

ESCOLA DE ARTES VISUAIS DO PARQUE LAJE (EAV) * *

Rua Jardim Botânico, 414, Jardim Botânico, ☎ 3257-1800. Grátis.

<o> A coletiva Encruzilhada abre na quarta (29).

>> O local passa por um processo de reestruturação e a equipe está reduzida.

MUSEU CASA DO PONTAL * *

Estrada do Pontal, 3295, Recreio dos Bandeirantes, ☎ 2490-2429. Inteira: 10 reais.

<o> Por meio de esculturas de barro típicas do sertão nordestino, a mostra Cangaço e a História do Brasil conta de forma bem-humorada esse episódio da memória nacional.

>> Em meio a um paisagismo bem arborizado, os visitantes contam com companhias pouco agradáveis: os mosquitos. Leve repelente.

MUSEU DA CHÁCARA DO CÉU * *

Rua Murtinho Nobre, 93, Santa Teresa, ☎ 3970-1126. Inteira: 2 reais.

 <o> A casa exibe uma vasta coleção de aquarelas dos pintores Jean-Baptiste Debret e Candido Portinari, oriundas do acervo do mecenas Castro Maya.

>> As gravuras ficam armazenadas em gavetas, o que prejudica a apreciação.

MUSEU DA REPÚBLICA * *

Rua do Catete, 153, Catete, ☎ 2127-0324. Inteira: 6 reais.

<o> A mostra em homenagem aos sessenta anos da morte do presidente Getúlio Vargas.

>> O elevador está com problemas de manutenção.

MUSEU INTERNACIONAL DE ARTE NAÏF DO BRASIL * * 

Rua Cosme Velho, 561, Cosme Velh, ☎ 2205-8612. Inteira: 12 reais.

<o> A coleção Memória Olímpica pelo Olhar Naïf apresenta quadros de artistas brasileiros que retratam esportes e atletas ganhadores de medalha em Olimpíada.

>> Os banheiros do estabelecimento não apresentavam padrões de limpeza e organização dignos de um museu.

MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES * *

Avenida Rio Branco, 199, Centro, ☎ 2219-8474. Inteira: 8 reais.

<o> A instituição exibe uma coleção de vinte obras apreendidas pela Receita Federal no Porto do Rio, de autores renomados como Anish Kapoor, Antony Gormley e Victor Vasarely.

>> Guias de áudio estão sem funcionar há meses e não têm previsão de retorno.

CENTRO MUNICIPAL DE ARTE HÉLIO OITICICA *

Rua Luís de Camões, Centro, ☎ 2242-1012. Grátis.

<o> Uma individual resgata a relação entre poesia e artes visuais no trabalho do arquiteto, poeta e artista Osmar Dillon (1930–2013).

>> Os bebedouros estão localizados dentro do banheiro, o que demonstra descaso com a higiene.

MUSEU NACIONAL *

Quinta da Boa Vista, São Cristóvão, ☎ 3938-6900. Inteira: 6 reais.

<o> Exposições sobre a etnologia indígena brasileira e a arqueologia nacional propõem uma imersão na história dos primeiros habitantes de nosso país.

>> O belo conjunto histórico está em condições precárias de manutenção.

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