Lista: dez novelas de sucesso para rever no streaming
Seleção conta com clássicos como O Rei do Gado, de 1996, O Cravo e a Rosa, de 2000, e sucessos recentes como Cheias de Charme, de 2012
As novelas são patrimônio do Brasil e os tempos de quarentena são propícios para ‘maratonar’ diversas séries e, por que não, novelas? VEJA Rio selecionou dez novelas que estão disponíveis no Globoplay para serem assistidas de cabo a rabo. Confira:
A Favorita.
Já faz doze anos que os embates entre as ex-cantoras sertanejas Flora (Patricia Pillar) e Donatela (Claudia Raia) prendiam os telespectadores em frente à TV. A Favorita foi a primeira novela de João Emanuel Carneiro na faixa das 21h e marcou época por não mostrar, logo de cara, quem era a vilã e quem era a mocinha. O resultado surpreendeu muita gente.
Enredo: Donatela perdeu seus pais num acidente de carro e foi adotada pela família de Flora. As duas cresceram como irmãs. Elas sempre tiveram talento para o canto e chegaram a formar uma dupla sertaneja: Faísca e Espoleta. As cantoras fizeram sucesso mas sua carreira foi interrompida depois que conheceram os amigos Marcelo (Flavio Tolezani) e Dodi (Murilo Benício). Donatela casou-se com Marcelo e Flora com Dodi, mas o casamento da primeira foi conturbado. No pior momento de discórdia entre as duas, Marcelo é assassinado, e a culpa recai sobre Flora, que foi pega com a arma do crime, sendo sentenciada a dezoito anos de reclusão, separando-se assim de sua filha, que é adotada e criada por Donatela. Ao sair da prisão, Flora quer provar sua inocência, com a ideia de que a verdadeira culpada foi sua ex-amiga.
Cheias de Charme.
Escrita por Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, a novela chacoalhou, em 2012, a audiência da faixa das 19h, que vivia um período ‘morno’. Esta foi a primeira vez que Miguez e Oliveira assinaram uma novela como autores principais. Antes, eles já tinham colaborado em alguns títulos.
Enredo: as empregadas domésticas Cida (Isabelle Drummond), Rosário (Leandra Leal) e Penha (Taís Araújo), por um golpe de sorte, vão parar na mesma cela, presas. As três compartilham o mesmo sonho: o de se tornar cantoras. Elas se tornam amigas e, despretensiosamente, gravam um vídeo cantando a música Vida de Empreguete, que acaba viralizando nas redes. O trio começa a fazer sucesso, mas tem que lidar com as tramoias da cantora Chayene (Claudia Abreu), que quer destruí-las.
Senhora do Destino.
Sucesso absoluto em 2004 e 2005, a novela escrita por Aguinaldo Silva – cuja inspiração para escrever a trama foi a própria vida – brindou o público com uma das vilãs mais cruéis e carismáticas de todos os tempos: Nazaré Tedesco (Renata Sorrah). O que muita gente não sabe é que Susana Vieira foi a segunda opção para interpretar a protagonista Maria do Carmo. À época, Regina Duarte foi a escolhida, mas acabou recusando o papel por não conseguir incluir a filha, Gabriela Duarte, no papel de Lindalva, que já tinha sido prometido para Carolina Dieckmann. Susana, originalmente, encarnaria a maléfica Nazaré.
Enredo: Em 1968, Maria do Carmo, uma jovem pobre, deixa o sertão de Pernambuco com os cinco filhos. Aos chegar no Rio de Janeiro, em plena decretação do AI-5, ela conhece Nazaré, que sequestra a sua filha caçula, Lindalva, ainda bebê. Há uma passagem de tempo e Maria do Carmo se tornou uma próspera dona de loja de material de construção na Baixada Fluminense. Seu grande objetivo, no entanto, é reencontrar a filha. Para isso, ela conta com a ajuda do jornalista Dirceu (José Mayer) e do bicheiro Giovanni Improta (José Wilker), que disputam o amor da empresária.
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Celebridade.
Inicialmente, a novela escrita por Gilberto Braga substituiria o sucesso O Clone, mas como a trama se parecia muito com Desejos de Mulher, que ocupava a faixa das 19h, a produção acabou adiada. Braga queria que a protagonista Maria Clara (Malu Mader) fosse uma estrela do jornalismo, mas a ideia desagradou aos jornalistas da emissora, que temiam uma confusão do público entre ficção e realidade. A cena em que Maria Clara dá uma surra em Laura em um banheiro entrou para a história da TV brasileira como um das mais impactantes.
Enredo: Maria Clara Diniz é uma ex-modelo de renome internacional que se tornou uma bem sucedida produtora de eventos do Brasil, trazendo grandes shows para o país. A aparentemente batalhadora Laura (Clauda Abreu) finge ser uma grande admiradora de Maria Clara e consegue um emprego como sua assistente. Na verdade, Laura trama com o mercenário Marcos (Marcio Garcia) para destruir a rival e tomar posse de tudo que é seu. O motivo é vingança: no passado Ubaldo (Gracindo Júnior), padrasto de Laura, escreveu a canção Musa do Verão – uma espécie de Garota de Ipanema na história – em homenagem a Marília, mãe da moça, porém a música foi roubada pelo falecido noivo de Maria Clara, Wagner, que registrou-a como sua e mentiu que era em homenagem à empresária. Revoltado, Ubaldo matou Wagner e foi preso, enquanto a mãe de Laura entrou em depressão e se matou, deixando a garota crescer em uma vida pobre e miserável, jurando se vingar dos que destruíram sua família. O que ela não imagina é que Maria Clara é inocente e nunca soube da verdade, também sendo vítima dessa mentira. A reviravolta acontece após o assassinato de Lineu (Hugo Carvana), um rico empresário. Fica a pergunta: quem matou Lineu?
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O Rei do Gado.
Exibida nos anos de 96 de 97, a novela de Benedito Ruy Barbosa – escrita em parceria com as filhas – teve direção-geral de Luiz Fernando Carvalho. As cenas iniciais, que se passam na Segunda Guerra Mundial, foram gravadas na cidade de Craco, na Itália. A fazenda cenográfica de Bruno Mezenga (Antonio Fagundes) foi a maior construção feita no Projac até então, com 600 metros quadrados.
Enredo: As famílias Mezenga e Berdinazzi, vizinhas, se odeiam e vivem em guerra. Os jovens Enrico Mezenga (Leonardo Brício) e Giovanna Berdinazzi (Leticia Spiller), se apaixonam, se casam e fogem. Há uma passagem de tempo e o filho do casal, Bruno (Antonio Fagundes) se transformou num dos maiores criadores de gado do Brasil. Ele nunca conheceu os parentes da mãe, mas sabe que um tio, Geremias (Raul Cortez), também é um rico fazendeiro. Bruno vive um casamento fracassado com Léia (Silvia Pfeifer), mas a vida dele muda quando conhece Luana (Patricia Pillar), uma boia-fria sem passado por quem ele se apaixona. Já Geremias encontra Marieta (Glória Pires), que julga ser a sobrinha desaparecida, para quem deixará toda a sua riqueza.
Os Dias Eram Assim.
Também divulgada pela TV Globo como uma ‘supersérie’, O Dias Eram Assim ocupou a faixa das 23h em 2017. Escrita por Ângela Chaves e Alessandra Poggi e com direção de Carlos Araújo, a novela retrata o período da Ditadura Militar e teve algumas cenas gravadas no Chile. Maria Casadevall, que interpretou Rimena, entrou no elenco às pressas, para substituir Carol Castro, que descobriu que estava grávida.
Enredo: Em meio às comemorações do tricampeonato do Brasil na Copa do Mundo de 1970,e o contraste político e social desolador da Ditadura Militar, Alice (Sophie Charlotte) e Renato (Renato Góes) se apaixonam e vivem uma relação de idas e vindas que dura cerca de vinte anos. O médico Renato e seus irmãos são engajados contra o regime, cada um a seu modo. Gustavo (Gabriel Leone) sai às ruas pela liberdade, enquanto Maria (Carla Salle) usa a arte para se expressar e manifestar. Já Alice é filha de Arnaldo (Antonio Calloni), empreiteiro apoiador do governo. Vitor (Daniel de Oliveira), noivo abandonado por Alice, arma para que Renato seja acusado de subversão. Forçado a sair do Brasil, Renato parte para o Chile e espera que Alice o acompanhe, mas ela acaba por não embarcar.
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Sete Vidas.
A trama das 18h, que foi ao ar em 2015, foi pensada inicialmente para o horário das 23h. A autora Lícia Manzo se inspirou nos filmes Meus 533 Filhos e De Repente Pai, sobre homens doadores de sêmen.
Enredo: Miguel (Domingos Montagner), após provocar, sem intenção, a morte da mãe, Catarina (Cláudia Netto), se muda para os Estados Unidos. Lá, sem dinheiro, resolve doar seu esperma em um banco de sêmen. O que ele não sabe é que, décadas depois, seu material geraria seis filhos. Algum tempo depois, Miguel se separa da namorada, a jornalista Lígia (Débora Bloch), e parte com seu barco, sozinho, para uma expedição na Antártica. Durante a viagem, a embarcação colide com uma geleira e acaba naufragando. Lígia e Lauro (Leonardo Medeiros), melhor amigo de Miguel, pensam que ele está morto, mas na verdade ele foi resgatado por membros de uma aldeia no interior da Argentina, e perdeu a memória. Paralelamente, Júlia (Isabelle Drummond) descobre que foi gerada por inseminação artificial. Ela descobre, através de um site especializado, que possui um meio-irmão, Pedro (Jayme Matarazzo). Os dois se conhecem e se apaixonam, mas não conseguem viver uma relação. Ao longo do tempo, eles descobrem que têm mais meio-irmãos espalhados pelo Brasil.
O Profeta.
A versão remodelada do grande sucesso de Ivani Ribeiro foi transmitida pela TV Globo entre 2006 e 2007, com Thiago Fragoso no papel que pertenceu originalmente a Carlos Augusto Strazzer, na TV Tupi. A novela foi escrita pela dupla de sucesso Thelma Guedes e Duca Rachid. Paolla Oliveira, que interpretou a mocinha Sônia, chegou a fazer testes para o papel da vilã Ruth, mas foi reprovada. Mariana Ximenes foi a primeira escolha para encarnar Sônia, mas a atriz acabou indo para o elenco de Cobras e Lagartos, novela das 19h. Durante as gravações, Thiago Fragoso teve mononucleose e pneumonia e precisou se afastar por duas semanas da novela para se recuperar.
Enredo: Na década de 1950, Marcos (Thiago Fragoso) é um rapaz confuso do interior do Rio Grande do Sul que nasceu com o dom da clarividência, mas nunca soube lidar com isso. Após seu irmão morrer afogado apesar de diversos sonhos premonitórios, os pais de Marcos decidem ajudá-lo, enviando o rapaz para São Paulo. Ao chegar na cidade, Marcos se apaixona por Sônia (Paolla Oliveira), mas o romance se torna impossível quando ele descobre que ela é noiva de seu primo Camilo (Malvino Salvador). Além disso, a moça é alvo das investidas do inescrupuloso Clóvis (Dalton Vigh), dono da fábrica de cristais, capaz de tudo para tê-la e tirar qualquer um de seu caminho. Quem não gosta disso é a amante do empresário, a sensual Ruth (Carol Castro), que tenta há anos se casar com ele para tirar a família da falência. Ruth, porém, vê a chance de lucrar com Marcos ao descobrir seus dons premonitórios, passando a disputa-lo com a rival, emergindo o rapaz em uma vida de vaidade e dinheiro fácil.
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Cobras e Lagartos.
Em 2006, a novela de João Emanuel Carneiro teve a difícil responsabilidade de substituir Bang Bang, novela que teve um dos piores índices de audiência de todos os tempos na faixa das 19h. Na época, o cineasta Walter Salles acusou o autor da novela de plagiar o roteiro do filme Linha de Passe, no qual um motoboy vive um romance com uma instrumentista de música clássica.
Enredo: O milionário Omar Pasquim (Francisco Cuoco) é dono da loja de departamento Luxus. Sofrendo de uma grave doença que o matará em meses, o empresário – que nunca se casou ou teve filhos – teria como herdeira direta sua irmã Milu (Marilia Pêra), mãe de Leona (Carolina Dieckmann) e Tomás (Leonardo Miggiorin), um trio de interesseiros que trabalham na empresa e não veem a hora dele morrer para ficar com todo o dinheiro. Outra parente é a sobrinha Bel (Mariana Ximenes), uma violoncelista órfã que sempre renegou seu dinheiro por acreditar que vive suficientemente bem com o que os pais lhe deixaram. Omar começa se disfarçar de faxineiro para investigar os que o rodeiam, descobrindo não só a falsidade de Milu e seus filhos, como também que Bel é traída por seu noivo Estevão (Henri Castelli), com a prima Leona. Não tarda, porém, para Bel conhecer o verdadeiro amor com o office-boy Duda (Daniel de Oliveira), um rapaz generoso, que passa a disputar seu coração. Omar deixa sua herança para Bel e Duda, mas uma confusão de nomes faz o jovem Foguinho (Lázaro Ramos) se tornar o novo dono da Luxus.
O Cravo e a Rosa.
A novela das 18h exibida entre 2000 e 2001 é uma livre adaptação da peça de Shakespeare A Megera Domada e um remake da trama O Machão, escrita por Ivani Ribeiro e Sergio Jockyman na década de 70, que fez sucesso na TV Tupi. O texto é de Walcyr Carrasco e a direção-geral foi de Walter Avancini.
Enredo: Catarina Batista (Adriana Esteves) é uma mulher moderna na rígida sociedade paulista da década de 1920, que recusa o papel feminino de se restringir a lavar ceroulas em um tanque. Julião Petruchio (Eduardo Moscovis) acredita que a mulher deve ser a rainha do lar. Essas duas pessoas tão diferentes vivem um romance contraditório. Conhecida como ‘a fera’ por botar todos os seus pretendentes para correr, Catarina vai esbarrar na teimosia cínica de Petruchio que, inicialmente, decide conquistá-la para, com o dote do casamento, salvar sua fazenda de ser hipotecada. Eles acabam se apaixonando, mas não dão o braço a torcer, vivenciando cenas muito bem-humoradas de discussões e brigas vulcânicas. Na pequena cidade em que vivem, muitos personagens vão tentar destruir o relacionamento.
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