Por que ir às quatro novas exposições do Paço Imperial
Daniel Lannes e Ricardo Ribenboim exibem seus trabalhos mais recentes, enquanto Adir Sodré (1962-2020) e Luiz Norões (1954-1989) ganham retrospectivas
Temporada de estreias no Paço Imperial: o edifício do século XVIII recebe quatro novas exposições, três delas a serem abertas nesta quarta (20) e uma recém-inaugurada, com visitação gratuita.
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Jaula, de Daniel Lannes, nome de destaque da atualidade, é composta pela produção recente do artista niteroiense, com pinturas a óleo que fazem uma releitura da história oficial do Brasil, no que a curadora, Lilia Schwarcz, chama de contra-história visual do país.
Além da crítica à escravatura e à desigualdade como alicerces do país, a mostra também aponta o caráter opressivo e racista da própria arte brasileira.
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Já Podre de Chique: Uma Retrospectiva Extraordinária de Adir Sodré reúne trabalhos inéditos para o público, presentes em diversas coleções brasileiras que, desde cedo, reconheceram a importância do artista, morto em 2020, aos 58 anos. Em sua obra, Sodré abordou temas ainda atuais décadas depois, como a sustentabilidade, a defesa dos povos indígenas e a liberdade de gêneros e sexualidade.
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Com curadoria de Guilherme Almayer e Leno Veras, a mostra está dividida em quatro temas: Cuyaverá (Cuiabá), Tapa na Cara Pálida (Horrores da Branquitude), Ditos e Malditos (Imundos das Artes), O Pop Não Poupa Ninguém (Cultura de Massas) e Manifestos Paus, Brasil! (Fabulações Estético-eróticas).
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Todos os Riscos, dedicada à obra de Luiz Norões (1954-1989), faz uma retrospectiva desse artista da chamada Geração 80, reunindo pinturas, gravuras, desenhos, poemas e documentos. Com curadoria de Ivair Reinaldim, a exibição busca jogar luz sobre a trajetória do artista, morto precocemente e frequentemente esquecido nas reavaliações históricas do período em que produziu.
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Nos trabalhos de Norões, há referências da história da arte e do seu cotidiano familiar, e o lúdico e o humor ácido se destacam. Entre os trabalhos, há uma série com elementos circenses, em um tom caricato que pode comparado à conjuntura festiva da redemocratização do país, segundo o curador.
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Por fim, O Rastro dos Restos, de Ricardo Ribenboim, aberta semana passada. A exibição reúne oitenta trabalhos de produção mais recente do artista, que está de volta ao está de volta ao circuito de arte carioca depois de uma ausência de 18 anos.
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Nas obras, criadas de cinco anos para cá, Ribenboim parte do passado para investigar o novo, refletindo sobre o tempo e a finitude das coisas. A curadoria é de Yuri Quevedo.
Paço Imperial. Praça XV de Novembro, 48, Centro. Ter. a sáb., 12h/17h. Grátis. De 20 de julho a 23 de outubro. O Rastro dos Restos: de 12 de julho a 14 de agosto.
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