Sonhos, Lama e Rock and Roll: vale a pena assistir ao musical de 40 anos do Rock in Rio?
Peça da grife Möeller & Botelho apresenta história do festival trazendo seu criador em uma saga heróica
Depois da experiência com Uirapuru em 2022, o Rock in Rio investiu em um novo musical de produção própria: Sonhos, Lama e Rock and Roll, que comemora as quatro décadas do festival.
Idealizada por Roberto Medina, a peça conta a história de Elizabeth Lobo, a Beth (vivida por Malu Rodrigues na juventude e Bel Kutner nos dias de hoje), que está lançando seu livro de memórias Fábrica de Sonhos e começa a lembrar sua trajetória, que se confunde com a do festival.
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Ela é transportada para seus 18 anos, quando vai trabalhar em uma agência de publicidade cujo dono, Roberto Medina (Rodrigo Pandolfo), que sonha em fazer o maior festival de música do mundo, e sua vida muda. Beth se envolve com o colega João (Beto Sargentelli), enquanto Medina enfrenta inúmeros obstáculos para realizar seu grandioso evento, que no Brasil de 1984 parecia impossível para muitos
O espetáculo é pontuado por trechos de diversos sucessos que marcaram o Rock in Rio, como Fireworks, de Katy Perry; América do Sul, cantada por Ney Matogrosso; Alagados, do Paralamas; Underpressure, do Queen; A Queda, de Gloria Groove; e mais.
E a trama conta até com a inusitada aparição do Dom Quixote, o personagem idealista de Cervantes, interpretado por André Dias, representando a luta por nossos sonhos — já que o projeto de Medina, na época, era considerado “quixotesco”, ou um devaneio.
Com a grife Charles Möeller e Claudio Botelho — os dois são responsáveis pela concepção, e Möeller assina a direção —, além da produção musical de Zé Ricardo, a peça conta com uma banda afiada e excelentes atores-cantores (entre eles, estão ainda Beto Sargentelli, André Dias, Gottsha e Guilherme Logullo) e bailarinos, em um time de mais de 40 artistas.
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A trilha sonora, recheada de trechos de clássicos e hits mais recentes, também empolga. Cenário e figurino também não deixam a dever em relação aos grandes musicais nacionais. O ponto mais frágil do musical é a trama.
Para começar, trata-se uma história já um tanto conhecida do público brasileiro, e o roteiro não traz nenhuma novidade nesse sentido. Além disso, o texto carrega um pouco nas tintas dramáticas ao falar dos obstáculos por enfrentados Medina para tornar o festival realidade. Mas, ainda assim, o alto nível da produção empolga o público.
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A Arena 2, que foi adaptada como teatro e que recebe as apresentações do espetáculo, fica bem distante dos palcos principais (ela está próxima da Rota 85) e um pouco escondida. São quatro sessões diárias: 15h30, 17h20, 19h15 e 21h05.
O evento acontece nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro, na Cidade do Rock, no Parque Olímpico, na Barra Olímpica. Ainda há ingressos disponíveis para três datas, com valores entre 397,50 e 795 reais, à venda no site da Ticketmaster.
O domingo (15) tem a banda de metal Avenged Sevenfold como headliner. Já o dia 19 de setembro traz o cantor pop Ed Sheeran como atração principal. Por fim, o dia 21 de setembro, o Dia Brasil, tem programação 100% nacional.
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