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Mostra de monólogos femininos e estreias teatrais para assistir na cidade

Semana tem a volta dos monólogo Minha Vida Em Marte, com Mônica Martelli, a novo musical sobre Djavan, entre outros espetáculos

Por Kamille Viola
Atualizado em 15 jan 2024, 23h08 - Publicado em 8 jan 2024, 17h34

Arqueologias do Futuro

Com dramaturgia e direção de Fabiano Dadado de Freitas e Mauricio Lima, que também estrela o espetáculo, essa peça-performance transcende as fronteiras entre documentário e ficção para desafiar e transformar estigmas sociais relacionados aos corpos pretos favelados. O projeto um desdobramento do projeto Museu dos Meninos,  do Complexo do Alemão, espaço virtual que investiga procedimentos de preservação, inscrição e invenção de memórias a partir de uma perspectiva periférica.

Sesc Copacabana. Mezanino. Rua Domingos Ferreira 160. Qui. a dom., 20h30. R$ 7,50 a R$ 30,00. De 11 de janeiro a 4 de fevereiro.

As Crianças

Escrita em 2016 pela premiada dramaturga inglesa Lucy Kirkwood e dirigida por Rodrigo Portella nesta montagem, a peça conta a história de três físicos nucleares que se encontram numa casa isolada à beira-mar em região outrora bucólica. Dayse (Analu Prestes) e Robin (Mario Borges), vivem só e sem vizinhos em uma região assolada por um acidente nuclear. Após quase quarenta anos, Rose (Stela Freitas), antiga colega de profissão, chega a com uma missão que poderá mudar para sempre a vida do casal.

Teatro Poeira. Rua São João Batista, 104, Botafogo. Ter. e qua., 20h. R$ 35,00 e R$ 70,00. Ingressos pelo Sympla.

O Diabo Na Rua, No Meio do Redemunho!

O monólogo é um recorte do livro Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, feito pelo ator Gilson de Barros. No espetáculo Riobaldo, um ex-jagunço, hoje um velho fazendeiro, conversa com um interlocutor (o público) e conta passagens sua vida, refletindo sobre o bem e o mal. O espetáculo é parte de uma trilogia inspirada no romance de Rosa, que começou com o solo Riobaldo, também em cartaz na Cidade das Artes, e termina com O Julgamento de Zé Bebelo, previsto para 2024.

Cidade das Artes. Avenida das Américas, 5300, Barra. Dom., 19h. R$ 30,00 a R$ 60,00. Ingressos pelo Sympla. De 14 a 28 de janeiro.

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Djavanear — Um Tanto Flor, Um Tanto Mar

Idealizado e dirigido por Eduardo Barata e escrito por Mauro Ferreira, o musical celebra a obra do cantor, compositor e músico alagoano a partir dos afetos, por meio de quarenta músicas, sob as vozes e os olhares femininos. No repertório, sucessos como Flor-de-Lis, Açaí e Oceano. As atrizes Karen Julia, Leila Maria, Mattilla, Paula Santoro e Tontom Périssé se revezam no palco, vivendo diversos estágios do amor, em diferentes faixas etárias, combatendo o etarismo (discriminação de pessoas mais velhas).

Sesc Copacabana. Teatro de Arena. Rua Domingos Ferreira 160. Qui. a dom., 20h. R$ 7,50 a R$ 30,00. Ingressos somente na bilheteria. De 11 de janeiro a 4 de fevereiro.

Felicidade à Venda

Uma família (Alexandre Dacosta, Dora de Assis e Lucília de Assis, pai, filha e mãe também na vida real e autores do texto) há anos sobrevive de palestras motivacionais, promovendo a ideia de que a felicidade pode estar ao alcance do seu bolso. Com direção de Natasha Corbelino, a peça propõe uma bem-humorada reflexão sobre as fórmulas prontas para a felicidade.

Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF). Avenida Rio Branco, 241, Centro. Sex., 20h30. Sáb., 20h30. Dom., 19h. R$ 25,00 a R$ 50,00. Ingressos pelo Sympla. De 12 de janeiro a 4 de fevereiro.

A Inquilina

Com texto da americana Jen Silverman e direção de Fernando Philbert,  espetáculo gira em torno de duas mulheres com mais de 50 anos (vividas por Carolyna Aguiar e Luisa Thiré) que querem dar uma virada em suas vidas. Tão diferentes e com histórias tão distintas — uma mora no interior; a outra, na cidade grande —, elas têm em comum a solidão nas dores e delícias de estarem nessa fase da vida, sem a demanda de filhos e de um casamento. Participação especial em off de Lucas Drummond.

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Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Teatro II. Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Qui. a sáb., 19h. Dom., 18h. R$ 15,00 a R$ 30,00. Ingressos pelo site do CCBB. De 11 de janeiro a 4 de fevereiro.

Minha Vida Em Marte

Mônica Martelli reestreia o espetáculo de sucesso, escrito por ela e dirigido por Susana Garcia, sua irmã. Na trama, Mônica vive Fernanda, casada há oito anos e em crise no relacionamento. A protagonista tenta encontrar saídas para os problemas que a rotina traz, como a falta de libido, o acúmulo de mágoas e as expectativas frustradas. É nas sessões de análise que ela narra as alegrias e os muitos problemas de sua relação, lidando com o medo da solidão, de ressignificar sua vida e, claro, de se separar aos 45 anos em uma sociedade machista.

Teatro Casa Grande. Avenida Afrânio de Melo Franco, 290-A, Leblon. Qui. a sáb., 21h. Dom., 19h. R$ 50,00 a R$ 200,00. Ingressos pelo Eventim. De 11 de janeiro a 25 de fevereiro.

Movimentos de Solo

Durante a mostra, o Teatro Domingos Oliveira terá sua programação dominada por monólogos de mulheres. A estreia é com Ubirajara, Uma Cantoria, que nasceu durante a pandemia, quando a atriz e cantora Soraya Ravenle interpretou números musicais da janela do prédio onde mora, em Botafogo. O espetáculo tem apresentações nesta quinta (11) e nos dias 12 e 18 de janeiro. Na sexta (12), é a vez de Próteses de Proteção (Apresentação de processo), em que a atriz e escritora Maria Lucas mescla histórias pessoais e teorias de gênero. Sábado (13) e domingo (14), serão apresentados Pipas, às 17h, e Dança Macabra, às 20h. Veja a programação completa.

Teatro Domingos Oliveira. Qui. a dom., 17h e 20h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Rio Cultura. De 10 de janeiro a 4 de fevereiro.

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Outra Revolução dos Bichos

A Revolução dos Bichos, de George Orwell, recebe nova encenação dirigida por Bruce Gomlevsky. Se em 2022 ele apostou em uma montagem com vinte atores, batizada com o nome do livro, em Outra Revolução dos Bichos, ele traz apenas um, Gustavo Damasceno. Para o diretor, é uma espécie de versão Dogma 95 do espetáculo, em referência ao movimento criado pelos cineastas Lars Von Trier e Thomas Vinterberg, que possui uma série de regras em busca de um cinema essencial, em contraponto às grandes produções.

Espaço Sergio Porto. Rua Humaitá, 163. Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 30,00 a R$ 60,00. Ingressos pelo Rio Cultura. De 12 a 28 de janeiro.

Palavras de Mulher

Escrita por Rachel Gutiérrez e dirigida por Sérgio Fonta, a peça gira em torno de quatro escritoras brasileiras: Eneida de Moraes (vivida por Izabella Bicalho), Carmen da Silva (Stella Maria Rodrigues), Clarice Lispector (Laura Proença) e Hilda Hilst (Helga Nemetik). Em uma biblioteca no Paraíso, elas conversam suas vidas e obras, abordando temas como a literatura e questões femininas até hoje presentes em nossa sociedade.

Teatro Candido Mendes. Rua Joana Angélica, 63, Ipanema. Qua. (10) e qui. (11), 20h. Sáb. (13) e dom. (14), 18h. 15 e 17 de janeiro, 20h. 20 e 21 de janeiro, 18h. R$ 17,50 a R$ 35,00. Ingressos pelo Sympla. De 11 a 21 de janeiro.

Peixes

Escrito, dirigido e interpretado pela artista mineira Ana Regis, o espetáculo solo é baseado em relatos reais de mulheres. A trama se passa em uma consulta da professora Cláudia, de 52 anos, no manicômio judiciário. Vítima de assédio moral e violência doméstica ao longo da vida, ela conta como rompeu o ciclo em que vivia inserida, lembrando histórias que são também as de muitas outras mulheres. 

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Sesc Copacabana. Sala Multiuso. Rua Domingos Ferreira, 160. Qui. a dom., 19h. R$ 7,50 a R$ 30,00. Ingressos somente na bilheteria. De 12 de janeiro a 4 de fevereiro. 

Pequena Dança Para Mulheres Que Voam

O espetáculo, resultado de uma oficina ministrada pelo diretor Hamilton Vaz Pereira no Parque Lage, gira em torno de uma reflexão: quando a cultura de um povo é abalada por uma catástrofe natural, por um desastre humano monstruoso, ela pode ser estimulada a uma reflexão sobre seus fundamentos e buscar no passado orientação para o seu presente e futuro.

Parque Lage. Rua Jardim Botânico, 414. Sex. a dom., 20h. Ingressos pelo Sympla. R$ 40,00 a R$ 80,00. De 12 a 14 de janeiro.

Por Elas Um Musical sobre a força do canto feminino

Idealizado por Eline Porto e dirigido por Stella Maria Rodrigues, o musical parte de histórias reais para celebrar resiliência feminina, por meio de mais de vinte músicas que ecoam em cada capítulo das vidas das mulheres retratadas. A trama é permeada por sucessos de nomes como Gal Costa, Rita Lee e Elza Soares, traçando um paralelo entre a força das mulheres brasileiras e a grandeza musical das cantoras homenageadas.

Teatro Clara Nunes. Shopping da Gávea. Rua Marquês de São Vicente, 52, 3º piso. Sex., 20h30. Sáb., 20h30. Dom., 19h. R$ 47,50 a R$ 120,00. Ingressos pelo Sympla. De 12 de janeiro a 4 de fevereiro.

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O Prazer é Todo Nosso

Casada por dezenove anos, dos 20 aos 39 anos, depois de se separar, a atriz Juliana Martins buscou viver intensamente sua liberdade sexual. Suas experiências e as de suas amigas inspiraram o monólogo, que estreia nova temporada. Na comédia escrita por Beto Brown e dirigida por Bel Kutner, ela fala com bom humor e sinceridade sobre muitas histórias reais, abordando o sexo de maneira despretensiosa e delicada, fazendo refletir sobre o papel da mulher na sociedade.

Teatro Vannucci. Shopping da Gávea. Rua Marquês de São Vicente, 52, 3º andar. Sex., 20h. R$ 60,00 a R$ 120,00. Ingressos pelo Sympla. De 12 de janeiro 2 de fevereiro.

Riobaldo

O ator e diretor Gilson de Barros leva duas peças de sua trilogia baseada Grande Sertão: Veredas, de de João Guimarães Rosa, à Cidade das Artes. O projeto, com direção de Amir Haddad, rendeu a ele indicações ao Prêmio Shell em duas categorias (dramaturgia e atuação). Riobaldo ilumina a importância dos amores do ex-jagunço que dá nome à peça, com as memórias dele sobre três pessoas que determinaram sua trajetória: Diadorim, Nhorinhá e Otacília.

Cidade das Artes. Avenida das Américas, 5300, Barra. Sex. (13 e 20) e sáb. (21), às 20h. R$ 30,00 a R$ 60,00. Ingressos pelo Sympla.

Só Vendo Como Dói Ser mulher do Tolstói

Escrito por Ivan Jaf, estrelado por Rose Abdallah, dirigido por Johayne Hildefonso e com música original de André Abujamra, o monólogo mostra o lado obscuro do casamento entre Sofia Tosltói e o célebre escritor russo Liev Tosltói. Em cena, uma atriz prepara-se para entrar em cena no papel a mulher. Alternando a rússia do início do século XX e o Brasil do século XXI, o espetáculo mostra que os 48 anos de relacionamento dos dois foram marcados por machismo e abusos.

Teatro Glauce Rocha. Avenida Rio Branco, 179, Centro. Sex. e sáb., 19h30. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Sympla. De 12 de janeiro a 3 de fevereiro.

Solteira, Inteira e Feliz

Colunista de uma revista famosa, Júlia (Yaya Gazal, também autora do texto) é uma mulher moderna, livre e feliz que enxerga a vida de maneira otimista. Prestes a sair do apartamento onde viveu os últimos vinte anos, Júlia faz uma retrospectiva e fica de frente para as vitórias e derrotas de sua vida amorosa. Embora sofra com os padrões impostos pela sociedade, ela tem a coragem necessária para realizar transformações. A direção é de Alexandre Contini.

Teatro dos Quatro. Shopping da Gávea. Rua Marquês de São Vicente, 52, 2º piso. Qua. e qui., 20h. R$ 50,00 a R$ 100,00. Ingressos pelo Sympla. De 10 de janeiro a 29 de fevereiro.

Taquicardia

Idealizada por Ana Abott, que também estrela o espetáculo, a peça conta a história de uma mulher que recebe a notícia de que a sua gata pode ter desaparecido e resolve não mais voltar para casa. Assim, ela não terá que lidar com a possível dor. A trama escrita por Nanda Félix e dirigida por Luciana Fróes, une ficção e a própria história da artista, a partir da morte de seu pai, ao mostrar uma mulher que teve perdas recentes e, ainda de luto, não quer ter que lidar com mais uma ausência.

Espaço Sérgio Porto. Galeria Marcantonio Vilaça. Rua Humaitá, 110. Ingressos pelo Rio Cultura. De 12 a 28 de janeiro.

Van Gogh Entre Corvos

O espetáculo é dirigido por Ary Coslov, que assina o texto com Marcelo Aquino, também ator deste solo. O ponto de partida é o ensaio Van Gogh – O Suicidado da Sociedade, do francês Antonin Artaud (1896-1948). Marcelo vive os conflitos de um ator que já não consegue mais distinguir os limites entre arte e vida, realidade e ficção, loucura e razão. Unindo das linguagens da dança, do teatro e das artes plásticas, a peça propõe uma reflexão sobre nossa incapacidade de lidar com tudo aquilo que não aceitamos ou não compreendemos.

Teatro Poeirinha. Rua São João Batista, 104, Botafogo. Ter. e qua., 20h. R$ 30,00 a R$ 60,00. Ingressos pelo Sympla. De 9 de janeiro a 27 de março.

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