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Marcelo Serrado sobre show em drive-in: “Em vez de aplausos, buzinas”

Em artigo exclusivo para VEJA RIO, ator relata a experiência de se apresentar, com show musical, para uma plateia de carros

Por Marcelo Serrado
Atualizado em 20 ago 2020, 13h19 - Publicado em 20 ago 2020, 10h59
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  • Lembro de quando, adolescente, ia ao drive-in na Lagoa, aqui no Rio de Janeiro, com uma namorada da época.

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    Nós escutávamos o som do filme numa pequena caixa que nos davam na entrada e colocávamos na janela do carro. Era divertido estar ali e ver filmes de dentro carro, como nos filmes que víamos na época, que sempre tinham cenas de adolescentes em drive-in. Eram filmes românticos, “água com açúcar”, ou de terror bem trash.

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    Agora, com a pandemia, muitos países – como o Brasil – fizeram renascer essas minha memórias. Shows e teatros no drive-in para carros!! Um novo mundo!!

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    Emoção diferente: Marcelo Serrado falava com a plateia, que respondia piscando os faróis (Divulgação/Divulgação)

    No dia 15 deste mês, um sábado, fiz um show cantando old songs na Bahia, em Salvador, no Big Drive-in com minha querida pianista Claudia Elizeu e com mais dois músicos locais, Jôdir no baixo e Marquinhos na bateria.

    Em vez das caixas de som, o público sintonizava numa rádio no carro e já ouvia meu show.

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    Do palco, quando entrei, vi aquelas centenas de carros e me senti dentro de um filme da minha memória, mas do outro lado agora, como naquele filme do Woody Allen, A Rosa Púrpura do Cairo, onde você se vê dentro da tela.

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    Terminei a primeira música e ouvi buzinas e vi muitos faróis piscando em vez dos aplausos. Meu Deus, que mundo é esse novo??

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    Uma hora apresentei os músicos e pedi: “Uma salva de palmas, por favor”. Ato falho!!

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    No meio do show perguntava coisas para o público: “Qual música vocês querem ouvir? Estão curtindo?” Resposta: duas buzinas, três piscadas de farois, às vezes duas. Um novo código se estabeleceu ali. Estranho.

    Tive vontade de ver meu público, de tocar neles…

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    No final do show, depois dos aplausos – perdão, depois do BUZINAÇO – eu não aguentei e desci com minha máscara e me aproximei de alguns carros que saíam para dar um oi, ver as pessoas, como sempre faço quando termino uma peça no teatro.

    De Frank a Wando: show de Marcelo Serrado passeia por “músicas que as mães gostam” (Divulgação/Divulgação)

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    Tenho feito algumas lives e minha peça em teatros com câmeras para transmissões on-line, porém nada se compara à experiência diferente do drive-in.

    É como um filme de ficção, um livro de Aldous Huxley? Não sei, mas jamais esquecerei aquelas buzinas após eu cantar That’s Life, de Frank Sinatra.

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    Fim de show: Marcelo Serrado posa com os músicos Claudia Elizeu, Jôdir e Marquinhos em Salvador (Divulgação/Divulgação)

    Sim, essa é a nova vida, porém espero que seja por muito pouco tempo. Mas a arte sempre dá um jeito de sobreviver, mesmo que por aparelhos e com todas as dificuldades.

    Marcelo Serrado está em cartaz virtualmente com o show De Frank a Wando, ao lado da pianista e maestrina Claudia Elizeu. Quintas, 19h. Ingressos: grátis a R$ 30,00. Para comprar um bilhete e saber como assistir, basta acessar o site da Sympla.

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