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Maria — Ninguém Sabe Quem Sou Eu: os bastidores do filme que ninguém sabe

Dez curiosidades do longa de Carlos Jardim sobre Maria Bethânia, que chega aos cinemas no dia 1º de setembro

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 ago 2022, 11h13 - Publicado em 19 ago 2022, 12h23

1. O documentário traz um longo depoimento de Maria Bethânia, entremeado por imagens raras garimpadas nos arquivos da TV Globo e da TV Bahia, afiliada da Globo, como ensaios do show antológico que ela e Chico Buarque fizeram em 1975 no Canecão (registrado disco Chico Buarque & Maria Bethânia Ao Vivo), e do espetáculo que a cantora e o irmão Caetano Veloso realizaram em 1978 (que também rendeu um álbum). Há ainda imagens de A Hora da Estrela, de 1984, baseado na obra de Clarice Lispector.

2. O depoimento da cantora foi registrado foi no teatro do Copacabana Palace. No filme, Bethânia fala sobre sua ligação com o palco, para ela um lugar sagrado. E revela por que canta sempre descalça: “Os pés nus são um sinal de respeito, de devoção.”

3. A artista chegou para a gravação da entrevista já maquiada e com a roupa da gravação, acompanhada apenas de sua produtora-executiva. Bebeu somente água. Ao ir embora, levou as rosas vermelhas que a produção do filme comprou para ela.

4. Na entrevista, ela comenta sobre Olhos nos Olhos, composição de Chico Buarque que se tornou um clássico de sua carreira e que ela interpreta no longa. Bethânia lembra sua reação ao ouvir a música pela primeira vez, numa gravação enviada pelo autor. “Nos dois primeiros versos, eu senti uma coisa tão perfeita, tão devida, definitiva… Isso, enquanto eu viver, será”, diz.

5. Ela revela que gosta de cantar músicas épicas, e conta sobre sua predileção por um sucesso de Raul Seixas, que cantou no famoso show com Chico e também interpreta no longa: “Eu adoro cantar Gita… ‘sou o medo de amar’… ‘o início, o fim e o meio’. Tudo isso é muito forte, é como sei viver”, afirma a diva.

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6. A cantora lembra que Nara Leão mudou sua vida, ao indicá-la para substituí-la no espetáculo Opinião, em 1965. “Nara é uma heroína pra mim, igual a Maria Quitéria, heroína da história do Brasil’, diz no filme. E recita um trecho de um poema de Carlos Drummond de Andrade em homenagem a Nara.

7. Fernanda Montenegro participa do filme narrando cinco textos marcantes sobre a cantora, escritos por Ferreira Gullar, Nelson Motta, Fauzi Arap, Caio Fernando Abreu e Reynaldo Jardim, autor do livro Maria Bethânia Guerreira Guerrilha.

8. Bethânia conta, aliás, que, por causa do livro de Reynaldo Jardim e do espetáculo Opinão, chegou a ser presa de madrugada em sua casa e levada para o Dops (Departamento de Ordem Pública e Social) durante a ditadura. Maria Bethânia Guerreira Guerrilha foi publicado originalmente em 1968 e recolhido das livrarias pelo AI-5 quinze dias depois de lançado, tendo seus cinco mil exemplares queimados.

9. A estrela também fala de sua fé: ela é devota de Nossa Senhora e crê no Deus católico, ao mesmo tempo que cultua os orixás do candomblé. No longa, ela recorda que Vinicius de Moraes a apresentou à ialorixá Mãe Menininha do Gantois. “Uma grande senhora! Que sabedoria, que educação, que fineza, que qualidade especial de ser humano”, elogia no longa.

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10. A cantora lembra com afeto do pai e da mãe, e se emociona ao falar de Dona Canô, morta em 2012 aos 105 anos. “Dói muito. Às vezes fico revoltada por não tê-la. Mas na maior parte do tempo eu aceito. E faço questão de não perder a intimidade que tínhamos. Ela confiava muito em mim. E eu nela”, desabafa a artista.

Assista ao trailer do longa:

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