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Grátis: festival on-line exalta produção musical feminina

Mana 2.0, que este ano homenageia a cantora paraense Dona Onete, terá diversos shows e debates até o dia 19 de dezembro

Por Marcela Capobianco
11 dez 2020, 18h05
Cantora paraense Dona Onete sorri e põe a mão nos cabelos presos, adornados com flores
Dona Onete: homenageada no festival Mana 2.0 (Julia Rodrigues/Divulgação)
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Se há ponto positivo no distanciamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, é o fato de que muitos eventos locais migraram para a internet, borrando fronteiras e alcançando um público infinitamente maior.

É o caso do festival Mana 2.0, que desde 2017, ficava restrito a Belém. Este ano, as discussões e shows que exaltam o papel da mulher na indústria musical estão ao alcance do mundo todo, gratuitamente, pela internet.

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A programação começa neste sábado (12). As múltiplas vozes, ritmos e vivências femininas que fazem o mercado da música girar, desde os bastidores até o palco, serão o assunto até o dia 19 de dezembro. São mais de 40 mulheres da Amazônia e de diversas regiões do Brasil no evento, que traz shows, painéis de debate, oficinas, mostra de videoclipes e projeções mapeadas nos centros urbanos do Brasil.

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Este ano, o projeto homenageia a cantora e compositora paraense Dona Onete, que nos últimos anos se tornou símbolo da cultura do Pará e desponta internacionalmente como grande mestra do carimbó chamegado. Também haverá show das Suraras do Tapajós, de Alter do Chão, o primeiro grupo de carimbó formado por mulheres indígenas.

A programação do Mana 2.0 promove ainda dois encontros musicais inéditos: a convite do festival, a multi-instrumentista Jade Guilhon criou o Chorinho das Manas, que vai reunir mulheres do choro, ritmo que formou gerações de músicos em Belém. No repertório, obras assinadas majoritariamente por compositoras.

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O line-up também conta com as paulistas Tulipa Ruiz e MC Tha, além de mulheres rappers e representantes femininas do tecnobrega.

Tulipa Ruiz, no centro de São Paulo, com prédio pichados. Ela mexe nos cabelos
Tulipa Ruiz: cantora preparou um show especial para o festival ao lado de MC Tha (Rodrigo Schmidt/Divulgação)

Com obras dirigidas e codirigidas por mulheres, a mostra de clipes do festival vai exibir os vídeos on-line e também projetá-los em prédios nos centros urbanos de Belém, Rio de Janeiro, São Paulo, entre outras cidades brasileiras.

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Oficinas voltadas para a capacitação das profissionais da música também estão no pacote do Mana.A primeira delas, ministrada por Neila Kadhí, cantora, compositora, multi-instrumentista e produtora musical baiana, integrante da banda do musical Elza Soares terá o tema Criação, Produção e Performance no Ableton Live.

Em seguida, Flora Guerra, de Minas Gerais, apresenta a palestra Som ok! Vídeo ok! Como fazer uma live em casa. Há mais de dez anos, ela pesquisa e trabalha com operação de som ao vivo, gravação e finalização de áudio para shows e espetáculos.

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A terceira oficina aborda o tema Vjing para Shows, com Lê Pantoja, do Rio, uma das vjs pioneiras no Brasil, que já assinou visuais para artistas como Fernanda Abreu, Marina Lima e Anitta. Todas as oficinas, gratuitas, terão inscrições abertas ao público via formulário, apenas para mulheres, e serão ministradas via plataforma Zoom.

Confira a programação completa e os formulários de inscrição no site do festival.

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