Seis exposições gratuitas para conferir no fim de semana
Na Galeria Aymoré, na Glória, artistas como Rafael BQueer fazem um exercício de futurologia sobre o mundo pós-pandemia
Após um ano de convivência (não-pacífica) com um vírus que virou a vida de ponta-cabeça, os efeitos da pandemia podem ser vistos em obras de arte. Diversas exposições em cartaz na cidade reúnem obras produzidas na quarentena, que refletem o futuro ainda incerto de todos. Confira algumas opções:
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Futuração – Galeria Aymoré.
Como a arte pode apontar novas possibilidades para o futuro? A exposição Futuração, em cartaz na Galeria Aymoré a partir deste sábado (6) busca entender os caminhos do mundo pós-pandêmico, sejam eles possíveis ou não. O curador Lucas Albuquerque selecionou obras de Adriano Motta, André Niemeyer, Arthur Palhano, Betina Polaroid, Cabelo, Cadu, Darks Miranda, Eduardo Berliner, Elias Maroso, Gui Mauad, Gunga Guerra, Iryna Leblon, Osvaldo Carvalho, Otávio Barata, Pedro Paulo Honorato, Pedro Varela, Rafael Bqueer, Rodolpho Parigi, Vitória Cribb e Yan Copelli. Os trabalhos seguem três pilares: interferências digitais, diálogos com as possibilidades do corpo e suas reinvenções e, por fim, obras que lançam questionamentos sobre as atuais estruturas de poder que normatizam os corpos, questionando-os e propondo sua subversão.
Ladeira da Glória, 26, Glória. Ter. a sáb., 13h/18h. Grátis. Agendamento pelo site da galeria. Até 24 de abril.
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Sertão Rio – Saberes do Nordeste – Biblioteca Parque Estadual.
Até o dia 26 de março, a Biblioteca Parque Estadual, no Centro, recebe a mostra que celebra a arte, os ritmos e os sabores nordestinos. Estão expostas cerca de 100 obras de arte popular, a maioria vinda do Nordeste, entre elas, esculturas, quadros, bordados em couro e linha, bonecas de barro e de pano e ainda utensílios utilizados para remeter e exteriorizar a crendice e a cultura nordestina. Há, inclusive, duas relíquias do mítico Padre Cícero, como a escrivaninha e o baú que guardava suas roupas e cartas. També acontecem várias apresentações de forró e literatura de cordel no espaço.
Av. Presidente Vargas, 1261, Centro. Seg. a sex., 10h/16h. Grátis. Agendamento pelos telefones 21 98213-4934 e 98201-1060. Até 26 de março.
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Especular: Ser Transitória – Galeria Modernistas.
A mostra se propõe a fazer um recorte da produção em arte contemporânea através de nove trabalhos criados pelas artistas Anna Corina, Érica Magalhães, Luana Fonseca, Luciana Grizoti, Luiza Barbosa, Priscilla de Paula, Sophia Pinheiro, Sallisa Rosa e Thelma Innecco. A curadoria é de Ana Emília Lobo. Numa primeira mirada, interessa à exposição apresentar diferentes pesquisas, particularidades presentes nos trabalhos empenhados pelas artistas. Termos como autobiografia e arte feminina se misturam a diálogos. resultando numa mostra diversa.
Rua Paschoal Carlos Magno, 39, Santa Teresa. Qui. a sáb., 11h/17h. Dom., 9h/14h. Visita mediante agendamento pelo telefone 21 98393892 ou e-mail thelma.v.innecco@gmail.com. Até 20 de abril.
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Espectro Cromático, Liberdade e Catarsis – Centro Cultural Correios.
A primeira delas, Espectro Cromático, reúne a nova série de pinturas do carioca Eduardo Scatena. Partindo de uma técnica que recorre a aplicação de sucessivas e finas camadas de tinta acrílica líquida em tela umedecida, o artista manipula a tela, inclinando-a em diversos sentidos, fazendo com que a tinta sofra a ação da gravidade. O resultado é uma impressionante transição de cores e contrastes. A curadoria é de Carlos Bertão.
Liberdade é uma reflexão sobre o paradoxo de viver em tempos de pandemia, proposta pela artista Carla Carvalhosa. Há, na mostra sob curadoria de Márcia Costa, trinta pinturas em diversos estilos, duas instalações tridimensionais em papietagem e uma instalação com reaproveitamento de embalagens. Ao lidar com embalagens plásticas, Carla reconstruiu o próprio processo criativo, desenvolvendo uma nova forma de se expressar.
Já Catarsis reúne 90 obras da artista norueguesa radicada no Rio Cathrine Crawfurd. Na primeira sala, estão 27 pinturas abstratas de grandes formatos (175 x 140cm), alguns dípticos, usando a técnica de acrílica sobre tela, a maioria concebida durante a pandemia.
Já na segunda sala estão expostas fotografias. “A prática de transformar um trauma ou uma situação difícil em algo belo, que dê esperança e alívio é algo bastante recorrente em meus trabalhos”, afirma a artista. “Durante o infeliz desafio que enfrentamos este ano, essas habilidades vieram à tona como uma grande necessidade. A solidão e o isolamento não eram mais uma escolha para criar, e sim uma obrigação”, completa. A curadoria é de Susi Sielski Cantarino.
Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro. Ter. a sáb., 12h/19h. Grátis. Até 21 de março.