Continua após publicidade

Nova exposição do MAR reúne 200 imagens feitas pelo francês Pierre Verger

Fotógrafo — que viveu no Brasil por 50 anos, até sua morte — fez retratos em suas viagens ao redor mundo, frutos de seu fascínio por outras culturas

Por Kamille Viola
9 fev 2023, 17h31

Na década de 1930, o fotógrafo Pierre Verger saiu da França em busca do contato com outras culturas, movido pelo fascínio pelas diferenças. Parte dos registros que fez em suas viagens está na mostra Todos Iguais, Todos Diferentes?, que chega neste sábado (11) ao Museu de Arte do Rio (MAR). A entrada é gratuita no dia de abertura.

+ Bloco Boitatá muda local de concentração e trajeto do desfile domingo (12)

São mais de 200 fotografias, expostas em diversos formatos e suportes — ampliações recentes e documentos originais, além de uma projeção com retratos realizados por Verger ao longo da sua vida. A curadoria de é Alex Baradel.

Compartilhe essa matéria via:

A exibição traz ainda depoimentos de artistas, intelectuais e pensadores dos países fotografados por Verger, entre eles Esteban Volkov e Juan Coronel Rivera, netos do revolucionário russo Leon Trótski e do pintor mexicano Diego Rivera, respectivamente.

+ Feira Junta Local faz edição inédita na Praça da Harmonia no fim de semana

Continua após a publicidade

Na exposição, também será vendido livro-catálogo homônimo, com retratos produzidos por Verger entre os anos 1930 e 1970, em mais de 20 países dos cinco continentes.

+ Carnaval no Jardim do Méier terá blocos Céu na Terra e Orquestra Voadora

Pierre Verger passou o período entre 1932 e 1946 viajando quase que ininterruptamente e vivendo de sua fotografia, que negociava para jornais, revistas, agências e centros de pesquisa. Em 1946, conheceu Salvador, que despertou nele o interesse em estudar as relações culturais e históricas entre a Costa do Benim e a Bahia. Embora nunca tenha deixado de viajar, escolheu a cidade para viver.

+ Beija Flor e Grande Rio encerram temporada de ensaios técnicos na Sapucaí

Tendo se iniciado no candomblé na em Salvador em 1948, pelas mãos de Mãe Senhora, na África se iniciou no culto de Ifá, recebendo o nome de Fatumbi, “nascido de novo graças ao Ifá”, em 1953. A intimidade com a religião, que tinha começado na Bahia, facilitou o seu contato com sacerdotes, e ele acabou se tornando babalaô, um adivinho do jogo do Ifá, com acesso às tradições orais dos iorubás. Nessa mesma época, começou a trabalhar também como pesquisador.

Continua após a publicidade

+ Zé Tubarino vai comandar o bailinho de Carnaval no aquário do Rio

A história e, sobretudo, a religião dos povos iorubás e de seus descendentes, na África Ocidental e na Bahia, passaram a ser os temas principais de suas pesquisas e de sua obra. Em 1988, criou em Salvador a Fundação Pierre Verger, transformando sua casa em um centro de pesquisa. Morreu em fevereiro de 1996, na capital baiana, aos 93 anos, devido a um edema agudo no pulmão e insuficiência cardíaca.

Museu de Arte do Rio. Praça Mauá, 5, Centro. Qui. a dom., 11h/18h (última entrada às 17h). Abertura: Sáb. (11), 11h. R$ 10,00 a R$ 20,00.

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.