Estrelado por um ótimo Ney Latorraca, “Vamp” traz pouca novidade
Claudia Ohana não sustenta solos e outros núcleos da novela tornam espetáculo enfadonho
Vamp, o Musical. Ao repetir parte da ficha técnica da novela de 1991, a produção do espetáculo aposta alto. Garante a atenção dos nostálgicos, mas, por outro lado, dispensa a novidade. Autor da trama original, Antônio Calmon retoma os núcleos do folhetim e pouco acrescenta. Alguns personagens e cenas viajam mal da TV dos anos 80 para o palco nos dias de hoje, mas nada disso importa quando o Conde Vlad está em cena: no papel principal, Ney Latorraca salva a pátria, derruba a quarta parede com muito humor e conquista a plateia em momentos como a hilariante paródia de Thriller, de Michael Jackson (foto). Claudia Ohana desdobra-se na pele de Natasha, mas a direção de Diego Morais (substituto de Jorge Fernando, afastado depois de sofrer um AVC) exige da atriz, em longos solos musicais, mais do que ela pode oferecer. Craque no gênero, Claudia Netto brilha como uma vampira portuguesa, mãe do protagonista. Completam a receita iluminação opulenta, cenários variados e efeitos especiais (120min). Livre. Teatro Riachuelo Rio. Rua do Passeio, 38, Cinelândia. Quinta e sexta, 20h30; sábado, 16h30 e 20h30; domingo, 18h. R$ 50,00 a R$ 130,00. Até 4 de junho.