Diversão sem Covid: dez programas on-line para curtir no fim de semana
De monólogos infantis a shows de MPB, passando por peças de teatro para adultos, as opções são para diversos gostos
Definitivamente, ficar em casa não é sinônimo de tédio. Afinal, não faltam programas – leia-se peças de teatro, shows, oficinas e palestras para assistir on-line, no conforto do lar e em segurança. VEJA Rio selecionou algumas opções para o fim de semana que está começando. Confira:
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Teatro on-line adulto:
Maria! — 100 Anos.
Na peça on-line, Claudio Mendes interpreta o cronista e compositor Antonio Maria, que traduziu os anos dourados do Rio em seus escritos. Dirigido por Inêz Viana, Claudio costura lembranças e músicas numa espécie de biografia cênica. O tempo cronológico do espetáculo é o de um dia na vida de Antonio Maria, o seu aniversário. Mendes estará no palco do PetraGold, sem plateia.
Sáb., 20h. R$ 20,00 pelo Sympla. Até 27 de fevereiro.
Cuidado com as Velhinhas Carentes e Solitárias.
A crueldade humana dá a tônica do trabalho que reúne quatro textos premiados do dramaturgo romeno radicado na França Matéi Visniec. O diretor Fernando Philbert quis traçar uma cartografia da alma das pessoas que estão vivendo nos tempos caóticos de hoje. Ester Jablonski e Joelson Medeiros estarão em cena na peça on-line que estreia neste sábado (2).
Seg., ter. e sáb., 21h. Dom., 19h. Grátis pelo canal da peça no YouTube. Até 30 de março.
As Mariposas.
O Grupo paulista Os Satyros estreia mais um espetáculo pela web nesta sexta (19). Em 2121, um grande desastre ecológico destruiu o planeta. Não existem mais florestas e a maioria dos animais foi dizimada. A água é escassa, não chove há anos e o ar é muito pesado. Muitos tiveram que trocar o dia pela noite, as ruas estão desertas. Um ditador tomou o poder há anos e, desde então, seus 87 filhos vêm se revezando no poder. São treze atores no total, e três deles estarão na sede da companhia.
Qui. a sáb., 21h. Dom., 18h. Grátis pelo sympla.com.br. Até 11 de abril.
Dentro.
O monólogo com Laura Nielsen integra um projeto da companhia Teatro Inominável e está disponível gratuitamente no YouTube com recursos de acessibilidade como legenda descritiva, interpretação em libras e audiodescrição. Com dramaturgia de Diogo Liberano e direção de Natássia Vello, a peça narra a história de uma mulher de 40 anos que volta à casa de sua família para um café com suas antepassadas mortas. A partir desse resgate de memórias, ela mergulha num processo de autoconhecimento, questionando suas escolhas e seu lugar no mundo de hoje.
Todos os dias, 20h. Grátis. Canal do YouTube Teatro Inominável. Até 28 de fevereiro.
Morra, Amor.
Depois de estrelar, em outubro, a websérie Morra, Amor, adaptação do livro homônimo da escritora argentina Ariana Harwicz, a atriz Camila Nhary apresentou uma performance teatral, ao vivo, ao vivo, na última quinta (18). O experimento, no entanto, pode ser revisto até domingo (21), pelo YouTube e Instagram, sempre às 21h. Dirigida por Karine Teles e José Eduardo Limongi, Camila vive uma mulher que tenta se enquadrar num papel que a sociedade espera dela e se vê pesa numa vida dita “normal” na qual ela exerce com angústia o papel de mãe e de esposa. O público é testemunha das confissões e consciência da personagem, e acompanha o cruel fluxo de seu pensamento. No sábado (20), às 19h30, haverá uma live bate-papo com a atriz e Karine Teles pelas redes sociais, com participação do público. A última apresentação, no dia 21, será legendada para ser acessível a pessoas com deficiência auditiva.
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Sexta (19), sábado (20) e domingo (21), 21h. Grátis, pelo Instagram (@morraamor) e canal do YouTube.
O Prazer É Todo Nosso.
A atriz Juliana Martins estreia o monólogo dirigido por Bel Kutner, no domingo (21), às 20h. Na história, uma mulher sozinha em cena conta, de maneira natural e bem humorada, suas experiências sexuais. Confissões pessoais se misturam a experiências de amigas próximas, relacionadas à trajetória do empoderamento feminino e da soltura de amarras que sempre cercearam a liberdade da mulher em exercer sua libido. Uma comédia recheada de fatos reais, um pouco ficcional, narrada com ironia e sinceridade. É confessional sem ser biográfico.
O espetáculo será transmitido pelo canal do YouTube do Coletivo Emma.
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Shows on-line:
Chico Chico e Fran.
No fim do ano passado, o filho de Cássia Eller se juntou a Fran, filho de Preta Gil e neto de Gilberto Gil, num EP com sete músicas inspiradas. Nesta sexta (19), às 22h, os dois vão tocar e cantar no festival Siacalme.
O show será transmitido pelo canal do YouTube do Coletivo Emma.
Multibloco.
O Carnaval on-line ainda não acabou! E o festejo deste ano, claro, é em casa. O Multibloco fará uma live no sábado (20), às 18h, com participação dos cantores Ana Bispo, Xandy Carvalho, Priscila Barreto, Adriano Góes, entre outros. A direção musical é de Thaís Bezerra e Lino Amorim. No mesmo dia, será lançado também o samba-enredo do Multibloco 2021, com clipe gravado com integrantes da Oficina de Percussão.
Para assistir, basta acessar o canal do YouTube do cortejo.
Teatro infantil on-line:
Marrom – Nem preto, nem branco?.
Com texto de Renata Mizrahi e direção de Marcelo Alonso Neves, o espetáculo Marrom – Nem preto, nem branco? estreou da forma convencional em 2016 e agora ganhou versão on-line. Vilma Melo interpreta Linda, uma menina de oito anos que não entende o conceito de raça, só de cor e acaba se definindo como marrom durante sua busca para entender a sua real identidade. A história foi inspirada na vida de Lorena de Melo Schaefer, filha de Vilma que, como não era branca como o pai, nem negra como a mãe, ela se definiu como marrom. Com uma narrativa divertida, ela enfrenta tudo com muito humor, personalidade e música, para fazer pessoas de todas as idades refletirem sobre a pluralidade cultural que existe ao nosso redor.
A peça está disponível gratuitamente no YouTube até o dia 25 de fevereiro e pode ser assistida a qualquer hora do dia.
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Dois Pais.
O monólogo dirigido por Manu Hashimoto e estrelado por Tauã Delmiro conta a história de uma família homoparental composta por dois pais e um filho que, apaixonados por botânica, cultivam um jardim nos fundos do apartamento, mas são surpreendidos com uma ordem dos condôminos que muda o rumo dessa relação familiar: eles precisam destruir o jardim. A família é expulsa do condomínio com a desculpa de que as raízes das plantas estão interferindo nas estruturas do prédio, quando na verdade tudo não passava de puro preconceito. Narrada pela perspectiva da criança, a peça tem como ponto de partida os desafios de comunicação do filho com o seu pai surdo. O espetáculo torna acessível para todos os públicos a reflexão de temas como adoção, diversidade e inclusão.
Recomendado: a partir de 7 anos. Domingo (21), 17h. Ingresso da transmissão on-line: R$ 10,00, pela Sympla.