Cinco obras para prestar atenção na mostra Brasilidade Pós-Modernismo
Coletiva no CCBB exibe produções de cinquenta artistas e evidencia o legado da Semana de 1922
Voluta e Cercadura (2013) e Azulejão (Neoconcreto) (2016), de Adriana Varejão.
As telas da artista carioca formam um díptico de azulejos portugueses carcomidos pelo tempo, apontando para o desgaste da relação colonialista entre Brasil e Portugal.
Sem título (2019), de Maxwell Alexandre.
Exposta pela primeira vez, a pintura resgata a festa da socialite paulista, em 2019, que contratou modelos negras para posar de mucamas — um claro questionamento às relações escravocratas que se perpetuam até hoje.
Agarrados ao Poder (2021), de Luiz Hermano.
A escultura, por sua magnitude estética, é um deleite para o olhar. Ao chegar perto, o espectador percebe que a obra é composta de pequenos pregadores de cobre, numa crítica do artista cearense à ganância.
Xilogravuras (2019-2021), de Francisco de Almeida.
Presas à icônica rotunda do CCBB, as dezoito peças do artista cearense impressionam. Em grandes dimensões, partem da literatura de cordel e da temática popular para questionar a genuína identidade cultural no Brasil contemporâneo.
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Amoroso (2018), de Rosilene Ludovico.
No núcleo dedicado à natureza, a pintura integra uma nova corrente da arte brasileira calcada na pluralidade. Para a curadora Tereza de Arruda, “a brasilidade é múltipla e temos de explorar novos olhares”
Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Qua. a seg., 9h/21h. Grátis. Agendamento pelo https://www.eventim.com.br; https://www.bb.com.br. Até 22 de novembro.